segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lectio Divina - 10/09/12






SEGUNDA-FEIRA -10/09/2012

PRIMEIRA LEITURA: 1Corintios 5,1-8


• Um dos grandes perigos e desafio que temos que enfrentar hoje em dia é a: Permissividade. Fomos acostumados a ver com “normalidade” muitas situações, sobretudo, de tipo imoral, que as consideramos ou corremos o grave risco de considerá-las normais e inclusive boas. Hoje se discute sobre a legalidade do aborto, dos matrimônios homossexuais, do uso “limitado” da droga, não se questiona grandemente a infidelidade conjugal nem as relações sexuais pré-matrimoniais. Vamo-nos acostumando e aceitando sem maiores problemas. Esta passagem da Escritura nos revela que isto não é novo, já acontecia em Corinto, mas, Paulo zeloso pela salvação de todos aqueles que haviam iniciado no caminho do Evangelho, os repreende com força, e com intolerância. E isto não quer dizer que devemos “entregar a Satanás” aqueles que vivem situações desordenadas dentro de nossa comunidade cristã. O convite é a “não aceitar tais situações” e que seja manifesta nossa posição contra tudo o que impede a salvação do homem e que está a margem da moral cristã. É o convite à orar por tais pessoas, inclusive por aquelas de quem depende que isto continue tolerando e propagando, a fim de que eles também mudem sua “levedura de vicio e de maldade por uma sinceridade verdadeira”.



ORAÇÃO INICIAL

• Senhor, tu que tens se dignado a redimir-nos e quer fazer-nos filhos teus, olhe-nos sempre com amor de pai e faz que todos aqueles que crêem em Cristo, teu Filho, alcancem a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 6,6-11

• CONTEXTO. Nesta passagem Jesus se apresenta curando um homem que tinha uma mão seca. A diferença do contexto dos cap. 3-4 nos quais Jesus aparece só, aqui Jesus aparece rodeado de seus discípulos e das mulheres que o acompanhavam. Nos primeiros trechos deste caminho o leitor encontrará diversos modos de ouvir a palavra de Jesus por parte dos que o seguem que em definitivo poderiam sintetizar em duas experiências que por sua vez, reclamam dois tipos de aproximação de Jesus: de Pedro (5,1-11) e o do centurião (7,1-10). O primeiro encontra Jesus que, depois da pesca milagrosa, o convida a ser pescador de homens, e depois cai de joelhos diante de Jesus: “Afasta-te de mim, Senhor, que sou um homem pecador” (5,8). O segundo não tem nenhuma comunicação direta com Jesus: tinha ouvido falar muito bem sobre Jesus e lhe envia intermediários para pedir-lhe a cura de seu criado que está morrendo; pede algo não para si, mas, para um pessoa muito querida. A figura de Pedro representa a atitude do que, sentindo-se pecador, coloca seu trabalho sob o influxo da Palavra de Jesus. O centurião, mostrando sua solicitude pelo criado, aprende a ouvir a Deus. Pois bem, a cura do homem que tem uma mão seca se coloca entre estas vias ou atitudes que caracterizam o itinerário da vida de Jesus. O fato milagroso se produz em um contexto de debate ou controvérsia: as espigas arrancadas no sábado e uma cura também no sábado, precisamente o homem da mão seca. Entre as discussões, a palavra de Jesus joga um papel crucial: “O Filho do homem é senhor do sábado” (6,5). Voltando a nossa passagem, perguntemo-nos o que é que significa esta mão seca? É símbolo da salvação do homem que é conduzido a sua situação original, a da criação. Além disso, a mão direita expressa o trabalho humano. Jesus devolve neste dia da semana, o sábado, seu mais profundo sentido: é o dia de alegria, de restauração, e não de limitação. O sábado que Jesus apresenta é o sábado messiânico, não é sábado legalista; as curas realizadas por Ele são sinais do tempo messiânico, da restauração e libertação do homem.
• DINÂMICA DO MILAGRE. Lucas coloca diante de Jesus um homem com uma mão sem força, seca, paralisada. Ninguém se interessa para pedir sua cura e menos ainda o diretamente interessado. Porém, a enfermidade não era só um problema individual, mas, seus efeitos repercutem em toda a comunidade. Em nosso relato não emerge tanto o problema da enfermidade, mas sim, sua relação com o sábado. Jesus é criticado porque curava no sábado. A diferença com os fariseus consiste em que estes, no dia de sábado, não agiam com base no mandamento do amor que é a essência da lei. Jesus, depois de ordenar ao homem para colocar-se no centro da assembléia, faz uma pergunta decisiva: “é licito ou não curar no sábado?”. Os espaços para a resposta são reduzidos: curar ou não curar, ou seja, curar ou destruir. Imaginemos a dificuldade dos fariseus: teriam que excluir que no sábado se pudesse fazer o mal ou conduzir o homem a perdição e menos ainda curar já que ajudar no sábado era permitido só em casos de extrema necessidade. Os fariseus se sentem provocados, e ficam agressivos. Aparece como evidente que a intenção de Jesus ao curar no sábado é procurar o bem do homem, em primeiro lugar o que está enfermo. Esta motivação de amor nos convida a refletir sobre nosso comportamento e a fundamentá-lo no de Jesus, que salva. Jesus não presta atenção só na cura do enfermo, mas, também está interessado pela de seus adversários: cura-los de sua forma errônea de observar a lei; observar o sábado sem reanimar o próximo de suas enfermidades não está em conformidade como que Deus quer. Para o evangelista, a função do sábado é fazer o bem, salvar como Jesus faz em sua vida terrena.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Você sente “urgentes” as palavras de Jesus? Como se compromete em teu serviço à vida? Sabe criar condições para que o outro viva melhor?
• Sabe colocar no centro de tua atenção a todos os homens e a suas necessidades?




ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 5,12)
• Hoje terei muita atenção em meu dia, para dar-me conta de quantas coisas estou fazendo como “normais” sem que estas pertençam ao plano amoroso de Deus.



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