quinta-feira, 14 de março de 2013

Lectio Divina - 14/03/13


QUINTA-FEIRA -14/03/2013


PRIMEIRA LEITURA: Êxodo 32,7-14

• De novo surge o tema e a importância da intercessão. O que teria sido do povo de Israel e, o que seria de nós, sem pessoas como Moisés, que incessantemente oram a Deus para que derrame seu amor e sua misericórdia sobre nós, sobretudo, quando no encontramos longe Dele? Pecar não é algo que seja estranho para nenhum de nós e bem sabemos disso, por experiência, que nem sempre é fácil sair do pecado, este nos paralisa e nos cega impedindo-nos retornar ao amor de Deus. É precisamente aqui onde necessitam nossa oração àqueles que, seja porque não conhecem Deus ou porque se afastaram Dele pensando que longe de seu amor encontrariam felicidade, paz e alegria. Por isso, dentro de tua oração pessoal acostume-se, como nos pedia a Santíssima Virgem em Fátima, a orar pela conversão dos pecadores. Se todos nós fizermos isto, dado que todos somos pecadores, estaremos orando uns pelos outros, entretanto, não esqueça de dizer: “Senhor, em teu infinito amor, lembra-te, sobretudo, dos que hoje estão mais necessitados de tua misericórdia”. 




ORAÇÃO INICIAL 


• Pai, cheio de amor pedimos-te que, purificados pela penitência e pela prática das boas obras, nos mantenhamos fiéis à teus mandamentos, para chegar, bem dispostos, as festas da Páscoa. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 5,31-47

João interprete de Jesus. João é um bom interprete das palavras de Jesus. Um bom interprete deve ter uma dupla fidelidade. Fidelidade às palavras daquele que fala, e fidelidade à linguagem daquele que ouve. No Evangelho de João, as palavras de Jesus não são transmitidas materialmente ao pé da letra, mas sim, são traduzidas e transpostas à linguagem das pessoas das comunidades cristãs do final do primeiro século na Ásia Menor. Por este motivo, as reflexões do Evangelho de João nem sempre são fáceis de entender. Pois, nelas se juntam as palavras de Jesus e as palavras do evangelista que reflete a linguagem de fé das comunidades da Ásia Menor. Por isso mesmo, não basta o estudo erudito ou científico das palavras para poder captar o pleno e profundo sentido das palavras de Jesus. É necessário ter em nós também uma vivência comunitária da fé. O evangelho do dia de hoje é um típico exemplo da profundidade espiritual e mística do discípulo amado.
• Iluminação mutua entre vida e fé. Aqui valer repetir do que João Cassiano disse a respeito do descobrimento do pleno e profundo sentido dos salmos: “Instruídos por aquilo que sentimos, não percebemos o texto como algo que somente ouvimos, mas sim, como algo que experimentamos e tocamos com nossas mãos; não como uma história estranha e inaudita, mas como algo que damos a luz a partir do mais íntimo de nosso coração, como se fosse sentimentos que são partes de nosso ser. Repetimos: não é a leitura (estudo) o que nos faz penetrar no sentido das palavras, mas sim a própria experiência adquirida anteriormente na vida de cada dia” (Collationes, X11). A vida ilumina o texto, o texto ilumina a vida. Se, às vezes, o texto não nos diz nada, não é por falta de estudo nem por falta de oração, mas, simplesmente por falta de intimidade em nossa vida. 
• João 5,31-32: O valor do testemunho de Jesus. O testemunho de Jesus é verdadeiro, porque não promove a si mesmo, nem exalta a si mesmo. “Outro é que dá testemunho de mim”, e é o Pai. E seu testemunho é verdadeiro e merece fé.
• João 5,33-36: O valor do testemunho de João Batista e das obras de Jesus. João Batista também deu testemunho a respeito de Jesus e o apresentou a multidão como enviado de Deus que devia vir a este mundo (Cf. Jo 1.29.33-34;3,28-34). Por isto, por mais importante que seja o testemunho de João, Jesus não depende dele. Ele tem um testemunho a seu favor que é maior que o testemunho de João, a saber, as obras que o Pai realiza por meio Dele (Cf. Jo 14,10-11).
• João 5,3738: O pai dá testemunho a favor de Jesus. Anteriormente, Jesus havia dito: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8,47). Os judeus que acusam Jesus não têm a mente aberta para Deus. Por isso, não conseguem perceber o testemunho do Pai que lhe chega através de Jesus.
• João 5,39-41: A escritura dá testemunho a favor de Jesus. Os judeus dizem ter fé nas escrituras, porém, na realidade não entendem a Escritura, pois, a própria Escritura fala de Jesus (Cf. Jo 5,46;12,16.41;20,9).
• João 5,42-47: O pai não julga, porém, confia o juízo ao Filho. Os judeus se dizem fiéis à Escritura e a Moisés e, por isso, condenam Jesus. Na realidade, Moisés e a escritura falam a respeito de Jesus e pedem para acreditar Nele.





PARA REFLEXÃO PESSOAL



A vida ilumina o texto e o texto ilumina a vida. Experimentou isso alguma vez?
• Procure se aprofundar no valor do testemunho de Jesus.





ORAÇÃO FINAL 


(SALMO 144)
• Hoje farei uma oração especial por cinco pessoas a meu redor que necessitam desesperadamente conhecer Deus e lhe farei chegar uma mensagem, ou algo que lhes fale de Deus.





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