terça-feira, 26 de março de 2013

Lectio Divina - 26/03/13


TERÇA-FEIRA -26/03/2013


PRIMEIRA LEITURA: Isaías 49,1-6

• Novamente o Senhor nos lembra que é Ele precisamente quem vence nossas batalhas, que em vão nos esforçamos, quando o seu poder é o que nos dá a vitória. É que Deus nos escolheu e nos chamou para viver em sua plenitude, por isso, o grande erro do homem é o querer ser auto-suficiente, o buscar a independência de tudo e de todos, inclusive do próprio Deus. Precisamente com Deus somos mais que vencedores; Jesus para isto morreu e ressuscitou, para que nele tenhamos a vitória sobre nossos pecados e debilidades. Aproveitemos esta semana para intensificar nossa relação com Deus. Conheçamo-lo mais a cada dia e não só de “ouvidos”, mas sim com uma experiência pessoal. Preparemo-nos constantemente, intensificando nossa oração e procurando que a vitória de Deus se manifeste em nossa caridade para com os demais. 




ORAÇÃO INICIAL 

• Deus todo poderoso e eterno, concede-nos participar tão vivamente nas celebrações da paixão do Senhor, que alcancemos teu perdão. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 13,21-33.36-38

Estamos no segundo dia da Semana Santa. Os textos do evangelho destes dias nos confrontam com os terríveis fatos que levaram a detenção e a condenação de Jesus. Os textos nos trazem só as decisões das autoridades religiosas e civis contra Jesus, mas, não nos relatam as traições e negações dos discípulos que possibilitaram a detenção de Jesus por parte das autoridades e contribuíram enormemente para aumentar o sofrimento de Jesus.
• João 13,21: O anuncio da traição. Depois de haver lavado os pés dos discípulos e de haver falado da obrigação que temos de lavar-nos os pés uns dos outros (Jo 13,12-16), Jesus se comove profundamente. E não era para menos. Enquanto Ele estava fazendo aquele gesto de total entrega de si mesmo, a seu lado um discípulo estava tramando como lhe trair naquela mesma noite. Jesus expressa sua comoção e diz: “Em verdade vos digo: um de vós me entregará”. Não disse: “Judas me entregará”, mas sim, “um de vós”. Alguém do círculo de amizade será o traidor.
• João 13,22-25: A reação dos discípulos. Os discípulos se assustam. Não esperavam esta declaração tão séria de que um deles lhe ia trair. Pedro faz um sinal a João e pergunta a Jesus quem dos doze ia cometer a traição. Sinal de que não entendiam quem podia ser o traidor. Ou seja, sinal de que a amizade entre eles não havia chegado, todavia, a mesma transparência de Jesus para com eles (cf. Jo 15,15). João se inclina próximo de Jesus e pergunta: “Quem é?”.
• João 13,26-30: Jesus indica Judas. Jesus disse: “É aquele a quem der o bocado que vou molhar”. Aquele a quem vou dar um pedaço de pão molhado. Toma um pedaço de pão, o molha e o dá a Judas. Era um gesto comum e normal que os participantes em uma ceia costumavam ter entre eles. E Jesus disse a Judas: “O que vai fazer, faça-o logo!”. Judas tinha uma bolsa comum. Era o encarregado de comprar as coisas e de dar esmola aos pobres. Por isso, ninguém percebeu nada de especial no gesto e na palavra de Jesus. Nesta descrição do anuncio da traição esta é uma evocação do salmo no qual o salmista se queixa do amigo que o traiu: “Até meu amigo de confiança, que meu pão compartilhava, me trata com desprezo” (Sl 41,10; cf. Sl 53,13-15). Judas percebe que Jesus estava sabendo de tudo (Cf. Jo 13,18). Mesmo assim, não volta atrás, e se mantém na decisão de trair Jesus. É quando ocorre a separação entre Judas e Jesus. João disse que Satanás entrou nele. Judas se levantou e se foi. Colocou-se do lado do adversário (satanás). João comenta; “Era de noite”. Era a escuridão.
• João 13,31-33: Começa a glorificação de Jesus. É como se a história houvesse esperado este momento de separação entre a luz e as trevas. Satanás (o adversário) e as trevas entram em Judas quando decide executar aquilo que está tramando. No mesmo instante se faz a luz em Jesus que declara: “Agora foi glorificado o Filho do homem e Deus foi glorificado Nele. Se Deus foi glorificado Nele, Deus também o glorificará em si mesmo e o glorificará de imediato!”. O que vai acontecer daqui em diante é contagem regressiva. As grandes decisões foram já tomadas, tanto de parte de Jesus (Jo 12,27-28) como agora de parte de Judas. Os fatos se precipitam. E Jesus avisa: “Filhos meus, pouco tempo vou estar com vocês”. Falta pouco para que se realize a passagem, a Páscoa. 
• João 13,34-35: O mandamento novo. O evangelho de hoje omite estes versos sobre o mandamento novo do amor e passa a falar do anuncio da negação de Pedro.
• João 13.36-38: Anuncio da negação de Pedro. Junto com a traição de Judas, o evangelho trás também a negação de Pedro. São os dois fatos que mais farão Jesus sofrer. Pedro disse que está disposto a dar a vida por Jesus. Jesus lhe chama à realidade: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo antes que tu me tenhas negado três vezes” (Mc 14,30). Todo mundo sabe que o canto do galo é rápido. Quando amanhece o galo começa a cantar, quase ao mesmo tempo todos os demais galos cantam. Pedro é mais rápido na negação que o canto do galo.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Judas, amigo, se torna traidor. Pedro, amigo, se torna negador. E você?
• Colocando-me na situação de Jesus: como se enfrenta a negação e a traição, o desprezo e a exclusão?





ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 70)
• Hoje, na hora de qualquer tentação, direi em meu interior: sou mais que vencedor em Cristo e resistirei sem cair.




Nenhum comentário:

Postar um comentário