quarta-feira, 12 de junho de 2013

Lectio Divina - 12/06/13

QUARTA-FEIRA -12/06/2013


PRIMEIRA LEITURA: 2Corintios 3,4-11


• Em um contexto judaizante, no qual os fariseus continuavam pretendendo que a salvação vinha da observância da lei de Moisés, Paulo opõe a força vivificante do Espírito, que é que dá vida, inclusive a própria Lei. Isto, ainda que pareça longe de nós, é de grande atualidade, pois, ainda encontramos com irmãos que pensam que o cumprimento da “lei”, a margem do Espírito, lhes dará vida. E assim, por exemplo, temos irmãos que vão a missa, não para encontrar-se com o Senhor e para alimentar-se da palavra de Deus e do corpo e sangue do Senhor, mas, simplesmente porque a lei da igreja manda: “Assistir a missa aos domingos”. Isto faz que se busque o mínimo (pois, em tudo o que fazemos por amor ou sob a influência do Espírito, procuramos sempre fazer o mínimo), chega-se o mais tarde possível, ou que se procure lugar onde não existe, ou a homilia seja muito breve para poder “cumprir”, assim com o preceito. Por isso, Paulo diz: “A letra mata, porém o Espírito é que dá a vida”. Convido-te, portanto, a deixar que seja o Espírito, o próprio amor, que te inspire todas tuas ações, para que tuas obrigações sejam feitas com alegria, procurando dar sempre o máximo e o melhor de ti, sobretudo, com Deus e com tua família.






ORAÇÃO INICIAL 

• Oh Deus, fonte de todo o bem, ouça sem cessar nossas súplicas, e conceda-nos, inspirados por ti, pensar no que é reto e cumprir com sua ajuda. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Mateus 5,17-19

• O evangelho de hoje ensina como observar a lei de Deus de maneira que sua prática mostre em que consiste o pleno cumprimento da lei. Mateus escreve para ajudar as comunidades de judeus convertidos a superar as críticas dos irmãos de raça que os acusam dizendo: “Vocês são infiéis à Lei de Moisés”. O próprio Jesus havia sido acusado de infidelidade à Lei de Deus. Mateus trás a resposta esclarecedora de Jesus aos que o acusavam. Assim, nos dá uma luz para ajudar as comunidades a resolver seu problema.
• Mateus 5,17-19: NEM UMA VÍRGULA DA LEI CAIRÁ. Entre os judeus convertidos havia duas tendências. Uns pensavam que não era necessário observar as leis do AT, porque é pela fé em Jesus que somos salvos e não pela observância da Lei (Rm 3,21-26). Outros pensavam que eles, sendo judeus, deviam continuar a observar as leis do AT (At 15,1-2). Em cada uma das duas tendências havia grupos mais radicais. Diante deste conflito, Mateus procura chegar a um equilíbrio entre o dois extremos. A comunidade deve ser o espaço onde este equilíbrio pode ser alcançado e vivido. A resposta dada por Jesus aos que o criticavam continua sendo bem atual: “Não vim para abolir a Lei, mas sim, para dar-lhe cumprimento!”. As comunidades não podem ir contra a Lei, nem podem fechar-se na observância da lei. Igualmente Jesus, devem dar um passo e mostrar, na prática, que o objetivo que lei quer alcançar na vida é a prática perfeita do amor.
• AS DIVERSAS TENDÊNCIAS NAS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS. O plano de salvação tem três etapas unidas entre si pela terra da vida: (a)-O Antigo Testamento: a caminhada do povo hebreu, orientada pela lei de Deus. (b)-A vida de Jesus de Nazaré: renova a lei de Deus a partir de sua experiência de Deus como Pai/Mãe. (c)-A vida das comunidades: através do Espírito de Jesus, procuram viver a vida como Jesus a viveu. A unidade destas três etapas engendra a certeza de fé de que Deus está no meio de nós. Os intentos de quebrar ou enfraquecer a unidade deste plano de salvação engendram vários grupos e tendências nas comunidades: (01)-Os fariseus não reconheciam Jesus como Messias e aceitavam só o AT. Dentro das comunidades havia pessoas simpatizantes com a linha dos fariseus (At 15,5). (02)-Alguns judeus convertidos aceitavam Jesus como Messias, porém, não aceitavam a liberdade do Espírito com que as comunidades viviam na presença de Jesus ressuscitado (At 15,1). (03)-Outros, tanto judeus como pagãos convertidos, pensavam que com Jesus havia chegado o fim do AT. Daqui em diante, só Jesus e a vida no Espírito. (04)-Havia também cristãos que viviam tão plenamente a vida na liberdade do Espírito que não olhavam mais a vida de Jesus de Nazaré nem o Antigo Testamento (1Cor 12,3). (05)-Agora, a grande preocupação do Evangelho de Mateus é mostrar que o AT, Jesus de Nazaré e a vida no Espírito não podem separar-se. As três formam parte do mesmo e único projeto de Deus e nos comunicam a certeza da fé: o Deus de Abraão e Sara está presente no meio das comunidades pela fé em Jesus de Nazaré.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Para você, em tua experiência de vida, para que serve o sal? Tua comunidade, está sendo sal? De que maneira tua comunidade está sendo luz?
• As pessoas do bairro, como vêm a tua comunidade? Tua comunidade tem atração? É sinal? De que? Para quem?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 25,10-11)
• Hoje procurarei ter um tempo de silêncio com Deus, só pelo fato de estar com Ele, desfrutando de sua presença.





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