segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lectio Divina - 13/05/13


SEGUNDA-FEIRA -13/05/2013



PRIMEIRA LEITURA: Atos 19,1-8

• A grande novidade do Novo Testamento é o “dom do Espírito Santo”, isto é, a “habitação de Deus em nós”. A partir de “Pentecostes”, a ação de Deus no homem não é a partir de fora, mas sim de dentro. Todavia, dado que sua presença é espiritual, só a podemos reconhecer por sua ação. Esta é talvez, a razão pela qual na igreja primitiva um dos “sinais sensíveis” que indicavam a presença do Espírito Santo no coração daqueles que acreditava é o que se chama “Dom de Línguas”, ou, o começar a falar em línguas desconhecidas. Esta manifestação, a encontraremos ao longo do livro dos Atos e está sempre associada com o batismo e com a oração. No meio deste mundo incrédulo que vivemos, esta manifestação é de novo um dom manifesto em muitos cristãos, associado hoje em dia ao batismo, que se recebe de pequeno, com a “aceitação pessoal da salvação de Cristo” e o compromisso de viver conforme o Evangelho. Por isso, em muitas reuniões de oração, como na primeira comunidade, se “ouve os cristãos orar em línguas que só os anjos conhecem”. Como todos os dons na Igreja, este também dever ser discernido para não enganar-nos na vida espiritual. Deixe que o Espírito manifeste sua presença viva em você.






ORAÇÃO INICIAL 


• Derrama Senhor, sobre nós a força do Espírito Santo, para que possamos cumprir fielmente tua vontade e darmos testemunho de ti com nossas obras. Por Nosso Senhor...





REFLEXÃO

João 16,29-33

• O contexto do evangelho do hoje continua sendo o ambiente da Última Ceia, ambiente de convivência e de despedida, de tristeza e de expectativa, na qual se reflete a situação das comunidades da Ásia Menor dos finais do primeiro século. Para poder entender bem os evangelhos, não podemos nunca esquecer que não relatam as palavras de Jesus como se fossem gravadas em um CD para transmiti-las literalmente. Os evangelhos são escritos pastorais que procuram encarnar e atualizar as palavras de Jesus nas novas situações em que se encontram as comunidades na segunda metade do primeiro século na Galiléia (MATEUS), na Grécia (LUCAS), na Itália (MARCOS) e na Ásia Menor (JOÃO). No evangelho de João, as palavras e as perguntas dos discípulos não são somente dos discípulos, mas dessas perguntas afloram também a os problemas e as perguntas das comunidades. São espelhos, nos quais as comunidades, tanto as daquele tempo como as de hoje, se reconhecem com suas tristezas e angustias, com suas alegrias e esperanças. Encontram luz e força nas respostas de Jesus.
• João 16,29-30: AGORA ESTAS FALANDO CLARAMENTE. Jesus havia dito aos discípulos: pois o Pai mesmo os quer, porque me quereis a mim e acreditais que vim de Deus. Sai do Pai e vim ao mundo. Agora deixo outra vez o mundo e volto para o Pai (Jo 16.27-28). Ao ouvir esta afirmação de Jesus, os discípulos respondem: Agora sabemos que fala claro, e não diz nenhuma parábola. Sabemos agora que sabes tudo e não necessitas que ninguém te pergunte. Por isto acreditamos que veio de Deus. Os discípulos pensavam que o entendiam em tudo. Sim, realmente, eles captaram uma verdadeira luz para aclarar seus problemas. Porém, era uma luz ainda muito pequena. Captaram a semente, porém, de momento não conheciam a árvore. A luz ou a semente era uma intuição básica da fé: Jesus é para nós a revelação de Deus como Pai: por isto acreditamos que tenhas saído de Deus. Mas, isto não era o começo, da semente. O próprio Jesus era e continua sendo uma grande parábola ou revelação de Deus para nós. Nele Deus chega até nós e nos é revelado. Porém, Deus não cabe em nossos esquemas. Supera tudo, desarma nossos esquemas e nos traz surpresas inesperadas que, às vezes, são muito dolorosas.
• João 16,31-32: DEIXARAM-ME SÓ, PORÉM, EU NÃO ESTOU SÓ. O PAI ESTÁ COMIGO. Jesus pergunta: “Agora acreditam? Ele conhece seus discípulos. Sabe que falta muito para a compreensão total do mistério de Deus e da Boa Nova de Deus. Sabe que, apesar da boa vontade e apesar da luz que acabaram de receber naquele momento, eles tinham que enfrentar, todavia, a surpresa inesperada e dolorosa da Paixão e da Morte de Jesus. A pequena luz que captaram não era o bastante para vencer a escuridão da crise: Olhem que chega a hora (e já chegou) em que dispersareis cada um para um lado e me deixareis só. Porém, eu não estou só, porque o Pai esta comigo. Esta é a fonte da certeza de Jesus e, através de Jesus, esta é e será a fonte da certeza de todos nós: o Pai está comigo. Quando Moisés foi enviado para a missão para libertar o povo da opressão do Egito, recebeu esta certeza: “Vá, Eu estou contigo” (Ex 3,12). A certeza da presença libertadora de Deus expressa no nome de Deus assumiu na hora de iniciar o Êxodo e libertar seu povo: JHWH, Deus conosco: Este é meu nome para sempre (Ex 3,15). Nome que está presente mais de seis mil vezes só no Antigo Testamento.
• João 16,33: CORAGEM! EU VENCI O MUNDO. E vem agora a última frase de Jesus que antecipa a vitória e que será fonte de paz e de resistência tanto para os discípulos daquele tempo como para todos nós, até hoje: Tenho-vos dito estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulação. Porém, coragem: eu venci o mundo!. “Com seu sacrifício por amor, Jesus vence o mundo e a Satanás. Seus discípulos são chamados a participar da luta e da vitória. Sentir a coragem que Ele infunde já é ganhar a batalha”. 





PARA REFLEXÃO PESSOAL


Uma pequena luz ajudou os discípulos a dar um passo, porém, não iluminou todo o caminho. Você já teve uma experiência assim em tua vida?
• Coragem. Eu venci o mundo! Esta frase de Jesus te ajudou alguma vez na vida?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO: 16,1-2,5)
• Quando fizer oração, pessoal ou em comunidade, pedirei ao Senhor que vá habilitando meu coração para receber os dons que Ele quer manifestar através de mim e colocá-los a serviço da Igreja.






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