segunda-feira, 6 de maio de 2013

Lectio Divina - 06/05/13


SEGUNDA-FEIRA -06/05/2013




PRIMEIRA LEITURA: Atos 16,11-15

• Nesta passagem podemos apreciar como para Paulo toda ocasião é uma oportunidade para se fazer conhecer o Evangelho; de fato, busca insistentemente que se apresente esta oportunidade. No entanto, nós muitas vezes agimos de modo contrário: quando nas conversas se fala de algum tema de fé ou de religião preferimos escapulir, com a típica desculpa: “Em questões de política e religião não se pode discutir, pois, nunca se chega a nada”. Pensemos que se este tivesse sido o pensamento dos primeiros cristãos, nós hoje viveríamos na ignorância do amor de Deus. Talvez nós não nos sintamos chamados como Paulo para ir buscar “pelas margens do rio” àqueles que não conhecem Jesus, porém, o que por vocação universal temos nós os batizados é aproveitar toda oportunidade que se apresente para anunciar o amor de Deus. Aproveite hoje, todas as oportunidades que Deus te apresenta para fazer conhecer seu amor aos demais. Lembre-se que a fé nasce da pregação.






ORAÇÃO INICIAL 

• Pedimos-te, Senhor de misericórdia que os dons recebidos nesta Páscoa dêem fruto abundante em toda nossa vida. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 15,26-16,4A

• Nos capítulos de 15 a 17 do Evangelho de João, o horizonte se amplia além do momento histórico da Cena. Jesus ora ao Pai “não peço somente por eles, mas sim, por todos aqueles que pos sua palavra acreditaram em mim” (Jo 17,20). Nestes capítulos, é constante a alusão e a ação do Espírito na vida das comunidades depois da Páscoa.
• João 15,26-17: A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DAS COMUNIDADES. A primeira coisa que o Espírito faz é dar testemunho de Jesus: “Ele dará testemunho de mim”. O Espírito não é um ser espiritual sem definição. Não! Ele é o Espírito da verdade que vem do Pai, e que será envidado pelo mesmo e nos introduzirá na verdade plena (Jo 16,13). A verdade plena é o próprio Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14,6). No final do primeiro século, havia alguns cristãos tão fascinados pela ação do Espírito que haviam deixado de olhar para Jesus. Afirmavam agora, depois da ressurreição, não precisavam fixar-se em Jesus de Nazaré, aquele “que veio na carne”. Afastaram-se de Jesus e ficaram somente como Espírito, dizendo: “Anátema seja Jesus!” (1Cor 12,3). O Evangelho de João toma posição e não permite separar a ação do Espírito da memória de Jesus de Nazaré. Não podemos isolar o Espírito Santo como uma grandeza independente, separada do mistério da encarnação. O Espírito Santo está inseparavelmente unido ao Pai e a Jesus. É o Espírito de Jesus que o Pai nos envia, aquele mesmo Espírito que Jesus nos conquistou por sua morte e ressurreição. E nós, ao receber este Espírito no batismo, devemos ser a extensão de Jesus: “E vós também dareis testemunho!”. Não podemos nunca esquecer que foi precisamente às vésperas de sua morte quando Jesus nos prometeu o Espírito. Foi no momento em que Ele se entregava pelos irmãos. Hoje em dia, o movimento carismático insiste na ação do Espírito de Jesus de Nazaré que, por amor aos pobres e aos marginalizados, foi perseguido preso e condenado à morte e que, por isto mesmo, nos prometeu seu Espírito para que nós, depois de sua morte continuássemos sua ação e fossemos para a humanidade a mesma revelação do amor do Pai pelos pobres e oprimidos.
• João 18,1-2: NÃO TER MEDO. O Evangelho adverte que ser fiel a este Jesus vai trazer dificuldade. Os discípulos serão expulsos da sinagoga. Serão condenados à morte. Acontecerá a eles o mesmo que a Jesus. Por isto mesmo, no final do século primeiro, havia pessoas que, para evitar a perseguição, diluíam a mensagem de Jesus transformando-a em uma mensagem gnóstica, vaga, sem definição, que não contrastava com a ideologia do império. A estes se aplica o que Paulo dizia: “Não querem ser perseguidos pela cruz de Cristo” (Gl 6,12). E o próprio João em sua carta dirá a respeito deles: “Existe muitos impostores pelo mundo, que não querem reconhecer que Jesus Cristo veio na carne (se fez homem). Quem assim procede é impostor e Anti-Cristo” (2Jo 1,7). A mesma preocupação aflora na exigência de Tomé: “Não acreditarei senão ver as marcas dos cravos em suas mãos, e coloque meus dedos no lugar dos cravos e apalpe a ferida de suas costas” (Jo 20,25). O Cristo ressuscitado que nos prometeu o dom do Espírito é Jesus de Nazaré que continua até hoje com as marcas da tortura e da cruz em seu corpo ressuscitado.
• João 16,3-4: NÃO SABEM O QUE FAZEM. Tudo isto acontece “porque não conheceram nem o Pai nem a mim”. Estas pessoas não têm uma imagem correta de Deus. Têm uma imagem vaga de Deus em sua cabeça e em seu coração. Seu Deus não é o Pai de Jesus Cristo que congrega a todos na unidade e na fraternidade. No fundo, é o mesmo motivo que o levou a dizer: “Pai, perdoa-os, porque não sabem o que fazem!”Lc 23,34). Jesus foi condenado pelas autoridades religiosas porque, segundo sua maneira de pensar, Ele tinha uma falsa imagem de Deus. Nas palavras de Jesus não afloram nem o ódio nem a vingança, mas sim, a compaixão: são irmãos ignorantes, que não sabem nada de nosso Pai.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

O mistério da Trindade está presente nas afirmações de Jesus, não como uma verdade teórica, mas sim, como expressão do compromisso do cristão com a missão de Jesus. Como vivo em minha vida este mistério central de nossa fé?
• Como vivo a ação do Espírito em minha vida?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 149,1-2)
• Hoje terei muita atenção em cada conversa na qual participe e aproveitarei para deixar uma mensagem e testemunho da presença de Deus às pessoas que ali estejam.






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