terça-feira, 14 de maio de 2013

Lectio Divina - 14/05/13


TERÇA-FEIRA -14/05/2013



PRIMEIRA LEITURA: Atos 1,15-17.20-26

• Uma das coisas que mais chama atenção na primeira comunidade é a oportunidade que davam continuamente para que o Espírito Santo agisse em suas vidas e em suas decisões. Não havia praticamente nada que não se colocasse primeiro a oração, de maneira que a decisão ou a ação fosse confirmada. É triste que hoje, muitos de nós tenhamos perdido este contato e, sobretudo, fechado o espaço para que seja o próprio Deus quem dirija nossas vidas e nossas decisões. Vejam quantas das decisões importantes em tua vida você consultou a Deus (noivado, matrimônio, escolha da carreira, chegada de um novo filho na família, etc.). É, pois, necessário que regresse à oração e que nela oremos a Jesus, que prometeu estar sempre conosco para que, guiados por seu Espírito, o Espírito da Verdade, possamos novamente deixar que o próprio Deus aja em todas as áreas de nossa vida. Se fizermos isto veremos como as nossas decisões serão sempre tomadas com paz e com alegria. Não espere pelo amanhã, faça a prova hoje mesmo.






ORAÇÃO INICIAL 


• Senhor Deus todo poderoso, que, sem mérito algum de nossa parte, nos tem feito passar da morte para a vida e da tristeza para a alegria, não nos negue seus dons, nem cesses de realizar tuas maravilhas em nós, e conceda à quem já foi justificado pela fé a força necessária para perseverar sempre nela. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 15,9-17


• O evangelho de hoje é de apenas três versículos que arrojam mais luz para aplicar a comparação da videira à vida das comunidades. A comunidade é como uma videira. Passa por momentos difíceis. É no momento da poda, momento necessário para que produza mais fruto.
• João 15,9-11: Permanecer no amor, fonte da perfeita alegria. Jesus permanece no amor do Pai observando os mandamentos que Dele recebeu. Nós permanecemos no amor de Jesus observando os mandamentos que Ele nos deixou. E devemos observá-los do mesmo modo que Ele observou os mandamentos do Pai: “Se guardais meus mandamentos, permanecereis em meu amor, como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço em seu amor”. E nesta união de amor do Pai e de Jesus está a fonte da verdadeira alegria: “Os tenho dito isto, para que minha alegria esteja em vós, e vossa alegria seja completa”.
• João 15,12-13: Amar os irmãos como Ele nos amou. O mandamento de Jesus é um só: “Amar-nos uns aos outros como Ele nos amou!” (Jo 15,12). Jesus supera o Antigo Testamento. O critério antigo era: “Amarás teu próximo como a ti mesmo” (Lev 18,19). O novo critério é: “Amar-nos uns aos outros como Eu vos tenho amado”. Aqui Jesus disse a frase: “Não existe amor maior do que aquele que dá a vida por seus irmãos!”.
• João 15,14-15: Amigos e não servos. “Sereis meus amigos. Vós sois meus amigos, se fazeis o que Eu os mando”, a saber, a prática do amor até o dom total de si. Em seguida, Jesus coloca um ideal para a vida dos discípulos e das discípulas. E lhes diz: “Já não os chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz seu amo, a vós chamarei amigos, porque tudo o que tenho ouvido meu Pai lhes dei a conhecer”. Jesus não tinha segredos para seus discípulos e suas discípulas. Tudo o que ouvia do Pai lhes contava. É este o bonito ideal da vida em comunidade: chegarmos a total transparência, a ponto de não ter segredos entre nós e de podermos confiar totalmente um no outro, de podermos compartilhar a experiência que temos de Deus e da vida e, assim, enriquecermos mutuamente. Os primeiros cristãos conseguiram realizar este ideal durante alguns anos. Eles “eram um só coração e uma só alma” (At 4,32). 
• João 15,16-17: Foi Jesus quem nos escolheu. Não fomos nós que escolhemos Jesus. Foi Ele que nos encontrou, nos chamou e nos deu a missão de ir e dar fruto, fruto que permaneça. Nós necessitamos Dele, mas também Ele quer precisar de nós e de nosso trabalho para poder continuar fazendo hoje o que Ele fez para o povo da Galiléia. A última recomendação: “Isso vos mando: que vos ameis uns aos outros!”.
• O símbolo da Videira na Bíblia. O povo da Bíblia cultivava vinhas e produzia um bom vinho. A colheita da uva era uma festa, com cantos e danças. Foi daí que teve origem o canto da vinha, usado pelo profeta Isaias. Ele compara o povo de Israel com uma vinha. Antes dele, o profeta Oséias já havia comparado Israel com uma vinha exuberante que quanto mais frutos produzia, mais multiplicava suas idolatrias (Os 10,1). Este tema foi também utilizado por Jeremias, que comparou Israel a uma vinha bastarda (Jr 2,21), de lá que iam ser arrancados os ramos. Jeremias usa estes símbolos porque ele próprio teve uma vinha que foi pisada e devastada pelos invasores (Jr 12,10). Durante o cativeiro da Babilônia, Ezequiel usou o símbolo da videira para denunciar a infidelidade do povo de Israel. Contou três parábolas sobre a videira:a)-A videira queimada que já não serve para nada (Ez 15,1-8); b)-A videira falsa plantada e protegida pelas águas, símbolos dos reis da Babilônia e do Egito, inimigos de Israel (Ez 17,1-10); c)-A videira destruída pelo vento oriental, imagem do cativeiro da Babilônia (Ez 19,10-14). A comparação da videira foi usada por Jesus em várias parábolas: os trabalhadores da vinha, os dois filhos que devem trabalhar na vinha; os que aniquilaram a vinha, não pagaram o dono, espantaram seus servos e mataram seu filho; a figueira estéril plantada na vinha; a videira e os sarmentos.





PARA REFLEXÃO PESSOAL


Somos amigos e não servos. Como vivo isto em minha relação com as pessoas?
• Amar como Jesus nos amou. Como cresce em mim este ideal de amor?



ORAÇÃO FINAL 


• (SALMO 96,2-3)
• Durante este dia, para fazer-me consciente da importância e prioridade de Jesus em minhas decisões, perguntarei verbalmente ao Senhor sobre cada coisa que ocorra, desde as mais simples até as mais sérias.








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