terça-feira, 2 de abril de 2013

Lectio Divina - 02/04/13



TERÇA-FEIRA -02/04/2013


PRIMEIRA LEITURA: Atos 2,36-41

• Um leigo dedicado completamente à evangelização, dizia que na antiguidade bastava um sermão para converter mil pessoas, hoje, nem com mil sermões conseguimos converter uma pessoa. A razão disto, talvez seja que Pedro estava realmente convencido daquilo que dizia. Para ele, Cristo não havia sido uma filosofia, mas sim, uma pessoa real, alguém que lhe havia mudado a vida, de pescador de peixes a pescador de homens. Não somente sabia que havia recebido o Espírito Santo, mas, que experimentava seu poder. Por isto, quando falava a mensagem ia carregada da presença de Deus, pois, falava de sua experiência. Reconhecer que Jesus havia ressuscitado, significa aceitar sua vida e amor; significa deixar-se transformar por Ele. A Igreja necessita de homens e mulheres que estejam profundamente convencidos da ressurreição de Cristo e que o testifiquem em seu trabalho, em suas escolas, em todos os lugares, vivendo de acordo com a mensagem do Evangelho, e sendo corajosos para dar razão de sua fé quando for necessário. Você é uma destas pessoas. 




ORAÇÃO INICIAL 

• Tu, Senhor, que nos salvastes pelo mistério pascal, continua favorecendo com dons celestes à teu povo, para que alcance a liberdade verdadeira e possa gozar da alegria do céu, que já começou a experimentar na terra. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 20,11-18

O evangelho de hoje descreve a aparição de Jesus a Maria Madalena. A morte de seu grande amigo leva Maria a perder o sentido da vida. Porém, ela continua buscando. Vai ao sepulcro para encontrar àquele que a morte lhe havia roubado. Existe momentos na vida nos quais tudo desmorona. Parece que tudo terminou. Morte, desastre, enfermidade, decepção, traição! Tantas coisas podem levar a aparência de que a terra foge de nossos pés, e, joga-nos em uma crise profunda. Porém, também acontece o seguinte: de repente, o encontro com uma pessoa amiga pode refazer a vida e fazer-nos descobrir que o amor é mais forte que a morte e a derrota. 
• O capítulo 20 de João, além da aparição de Jesus à Maria Madalena, trás vários outros episódios que revelam a riqueza da experiência da ressurreição: “a)-do discípulo amado e de Pedro (Jo 20,1-10); b)-de Maria Madalena (Jo 20,11-18); c)-da comunidade dos discípulos (Jo 20,19-23) e d)-do apóstolo Tomé (Jo 20,24-29). O objetivo da redação do Evangelho é levar as pessoas à acreditar em Jesus e, crer Nele, ter vida (Jo 20,30,3)”.
• Na maneira de descrever a aparição de Jesus a Maria Madalena se vêem as etapas da travessia pela qual teve que passar, desde a busca dolorosa até o reencontro da Páscoa. Estas também são as etapas pelas quais passamos todos nós, ao longo da vida, em nosso caminho para Deus e na vivência do Evangelho.
• João 20,11-13: MARIA MADALENA CHORA, PORÉM, PROCURA. Havia um amor muito grande entre Jesus e Maria Madalena. Ela foi uma das poucas pessoas que tiveram o valor de ficar com Jesus, até a hora de sua morte na cruz. Depois do repouso obrigatório do sábado, ela voltou ao sepulcro para estar no lugar onde havia encontrado o Amado pela última vez. Porém, viu com surpresa que o sepulcro estava vazio! Os anjos lhe perguntam: “Por que choras agora?”. Resposta: “Levaram meu Senhor e ninguém sabe onde o colocaram”. Maria Madalena procurava Jesus, aquele mesmo Jesus que ela havia conhecido e com quem havia convivido durante três anos. 
• João 20,14-15: MARIA MADALENA CONVERSA COM JESUS SEM RECONHECÊ-LO. Os discípulos de Emaús vêem Jesus e não o reconhecem (Lc 24,15-16). O mesmo acontece com Maria Madalena. Vê Jesus, porém, não o reconhece. Pensa que é o encarregado do horto. Como os anjos, Jesus também pergunta: “Por que choras”. E acrescenta: “A quem estais procurando?”. Resposta: “Se foi você que o levou, diz-me onde o colocastes, e eu o levarei”. Ela continua procurando o Jesus do passado, o mesmo que de três dias atrás. É a imagem de Jesus do passado que a impede de reconhecer o Jesus vivo, presente diante dela.
• João 20,16: MARIA MADALENA RECONHECE JESUS. Jesus pronuncia o nome: “Maria!”. Foi o sinal de reconhecimento: a mesma voz, a mesma maneira de pronunciar o nome. Ela responde: “Mestre!”. Jesus havia voltado, o mesmo que havia morrido na cruz. A primeira impressão é que a morte havia sido apenas um momento doloroso ao longo do ocorrido, porém, agora tudo havia voltado a ser como antes. Maria abraça Jesus com força. Era o mesmo que ela havia conhecido e amado. Realiza-se o que dizia a parábola do Bom Pastor: “Ele as chama pelo nome e elas o reconhecem”. – “Eu conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem” (Jo 10,3.4.14).
• João 20,17-18: MARIA MADALENA RECEBE A MISSÃO DE ANUNCIAR A RESSURREIÇÃO AOS APÓSTOLOS. De fato, é o próprio Jesus, porém, a maneira de estar junto Dele não é a mesma. Jesus lhe diz: “Não me toques, pois, ainda não subi ao Pai”. Ela vai para junto do Pai. Maria Madalena deve soltar Jesus e assumir sua missão: anunciar aos irmãos que Ele, Jesus, subiu para o Pai. Jesus abriu o caminho para nós e faz com que Deus fique de novo próximo de nós.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Você teve alguma experiência que lhe deu a sensação de perda e de morte? Como foi? O que é que te deu vida nova e te devolveu a esperança e a alegria de viver?
• Que mudança aconteceu com Maria Madalena ao longo do diálogo? Maria Madalena procurava Jesus segundo de um modo e o encontra de outra forma. Como acontece isto hoje em nossa vida?





ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 32)
• Este dia farei uma recontagem de todas as áreas de minha vida e nas que agora Jesus é quem realmente tem o controle lhe darei graças por isto. Por outro lado, também farei uma recontagem das áreas de minha vida nas qual Jesus não é quem tem o domínio, e em oração as entregarei.






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