quinta-feira, 4 de abril de 2013

Lectio Divina - 04/04/13



QUINTA-FEIRA -04/04/2013

PRIMEIRA LEITURA: Atos 3,11-26


• O milagre realizado agora dá a Pedro a oportunidade de explicar a mensagem de salvação a todos os que se aproximam dele por curiosidade. A cura do paralítico é o sinal do que Jesus quer e pode fazer com todos aqueles que têm fé na ressurreição. Jesus quer que todos nós caminhemos, e, que sejamos totalmente renovados pela força de seu Espírito. Ele veio para nos trazer uma vida nova como a que agora se manifesta no paralítico. Já não pedirá mais esmolas, agora está integrado no grupo de testemunhos de Cristo. Nós somos chamados a manifestar, como o paralítico, que o nome de Jesus tem poder, que por seu amor temos uma vida nova cheia de paz e alegria, porém, ao mesmo tempo, como Pedro, devemos aproveitar toda a oportunidade para que os demais conheçam tudo sobre este “nome” poderoso que é capaz de transformar a vida do homem. 




ORAÇÃO INICIAL 

• Oh Deus que reunistes povos diversos na confissão de teu nome, concede aos que têm renascido na fonte batismal uma mesma fé em seu espírito e uma mesma caridade em sua vida. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Lucas 24,35-48

Nestes dias depois da Páscoa, os textos do evangelho relatam as aparições de Jesus. No começo, nos primeiros anos depois da morte e ressurreição de Jesus, os cristãos se preocuparam em defender a ressurreição por meio das aparições. Eles mesmos, a comunidade viva, era a grande aparição de Jesus ressuscitado. Porém, à medida que iam crescendo as críticas dos inimigos contra a fé na ressurreição e que, internamente, surgiam críticas e dúvidas a respeito de várias funções nas comunidades (cf. 1Cor 1,12), eles começaram a recordar as aparições de Jesus. Existem dois tipos de aparição: (a)-as que aumentam as dúvidas e as resistências dos discípulos em acreditar na ressurreição, e (b)-as que chamam a atenção sobre as ordens de Jesus aos discípulos e as discípulas conferindo-lhes alguma missão. As primeiras respondem as críticas vindas de fora. Elas mostram que os cristãos não som pessoas ingênuas e crédulas que aceitam qualquer coisa. Pelo contrário. Eles mesmos tiveram muitas dúvidas em acreditar na ressurreição. As outras respondem às críticas de dentro e fundamentam as funções e tarefas comunitárias não nas qualidades humanas sempre discutíveis, mas sim, na autoridade e nas ordens recebidas de Jesus ressuscitado. A aparição de Jesus narrada no evangelho de hoje combina os dois aspectos: as dúvidas dos discípulos e a missão de anunciar e perdoar recebida de Jesus.
• Lucas 24,35: O RESUMO DE EMAÚS. Retornando para Jerusalém, os dois discípulos encontram a comunidade reunida e comunicam a experiência que tiveram. Narram o acontecido pelo caminho e como reconheceram Jesus na fração do pão. A comunidade reunida lhes comunica, por sua vez, como Jesus apareceu à Pedro. Foi um compartilhar mutuo da experiência da ressurreição, como até hoje acontece quando as comunidades se reúnem para partilhar e celebrar sua fé, sua esperança e seu amor. 
• Lucas 24,36-37: A APARIÇÃO DE JESUS CAUSA ESPANTO AOS DISCÍPULOS. Neste momento, Jesus se faz presente no meio deles e diz: “A Paz esteja convosco!”. É a saudação mais freqüente de Jesus: “A paz esteja convosco!” (Jo 14,27; 16,33; 20,19.21.26). Porém, os discípulos, vendo Jesus, ficam com medo. Eles se espantam e não reconhecem Jesus. Diante deles esta o Jesus real, porém, eles imaginam que estão vendo um espírito, um fantasma. Existe um desencontro entre Jesus de Nazaré e Jesus ressuscitado. Não conseguem acreditar.
• Lucas 24,38-40: JESUS OS AJUDA A SUPERAR O MEDO E A INCREDULIDADE. Jesus faz duas coisas para ajudar aos discípulos a superar o espanto e a incredulidade. Mostra-lhes as mãos e os pés, dizendo: “Sou Eu!”, e manda tocar seu corpo, dizendo: “Porque um espírito não tem carne e ossos como vês que eu tenho”. Jesus mostra as mãos e os pés, porque neles estão as marcas dos cravos (cf. Jo 20,25-27). Cristo ressuscitado é Jesus de Nazaré, o mesmo que foi morto na cruz, e não um Cristo fantasma como imaginavam os discípulos. Ele mandou tocar seu corpo, porque a ressurreição é ressurreição da pessoa inteira, corpo e alma. A ressurreição não tem nada a ver com a teoria de imortalidade da alma, ensinada pelos gregos.
• Lucas 24,41-43: OUTRO GESTO PARA AJUDÁ-LOS A SUPERAR A INCREDULIDADE. Lucas diz que por causa de tanta alegria não podiam acreditar. Jesus pede que lhe dêem algo para comer. Eles lhes deram um pedaço de peixe e Ele comeu diante deles, para ajudá-los a superar a dúvida.
• Lucas 24,44-47: UMA CHAVE DE LEITURA PARA COMPREENDER O NOVO SENTIDO DA ESCRITURA. Uma das maiores dificuldades dos primeiros cristãos foi aceitar um crucificado como sendo o messias prometido, pois, a própria lei ensinava que uma pessoa crucificada era “um maldito de Deus” (Dt 21,22-23). Por isso, era importante saber que a Escritura já havia anunciado “que o Cristo devia padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregaria a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações”. Jesus lhes mostrou que isto já estava escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. Jesus ressuscitado, vivo no meio deles, se torna a chave para abrir totalmente o sentido da Sagrada Escritura.
• Lucas 24,48: VOCÊS SÃO TESTEMUNHOS DISTO. Nesta ordem final está a missão das comunidades cristãs: ser testemunhos da ressurreição, para que fique manifesto o amor de Deus que nos acolhe e nos perdoa, e o querer que vivamos em comunidade como seus filhos e filhas, irmãos e irmãs uns dos outros.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Às vezes, a incredulidade e a dúvida se abrigam no coração e procuram enfraquecer a certeza que a fé nos dá diante da presença de Deus em nossa vida. Você já viveu isto alguma vez? Como conseguiu superar?
• Ser testemunho do amor de Deus revelado em Jesus é nossa missão, é minha missão. Você é testemunho?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 8)
• Hoje falarei constantemente aos que me rodeiam de algo muito bom que Deus tenha feito comigo.






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