terça-feira, 16 de abril de 2013

Lectio Divina - 16/04/13


TERÇA-FEIRA -16/04/2013

PRIMEIRA LEITURA: Atos 7,51-8,1

• Duras, porém certas as palavras de Santo Estevão dirigidas a todos nós: “Homens de cabeça dura, fechados de coração e de ouvidos. Vocês sempre resistem ao Espírito Santo”. É que na verdade, pensemos, quantas vezes temos tido a oportunidade de crescer mais nos amor de Jesus, de participar de um retiro? Quantas vezes por preguiça ou por dar prioridade a outras coisas temos faltado a missa? Quantas vezes, podendo fazer a caridade, um favor, um serviço não temos feito? Quantas vezes temos preferido ver televisão no lugar de atender a nossos filhos, irmãos ou nossos pais? Ou quantas vezes temos deixado a oração por alguma outra atividade? Nesta Páscoa, Jesus nos oferece de novo a possibilidade de abrir-lhe totalmente nosso coração e deixar que seja o Espírito Santo quem dirija nossa vida; faz de novo o convite para que tomemos o Evangelho como norma de nosso trabalho diário e para que façamos da caridade um estilo de vida.






ORAÇÃO INICIAL 

• Senhor tu que abres as portas de teu reino aos que tem renascido da água e do Espírito, acrescenta a graça que tens dado a teus filhos, para que, já purificados de seus pecados, alcancem todas as tuas promessas. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 6,30-35

• O Discurso do Pão da Vida não é um texto que precisa discutir ou dissecar, mas sim, um texto que é necessário meditar e ruminar. Por isto, se não é entendido de todo, não existe porque preocupar-se. Este texto do Pão da Vida exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Um texto assim, a gente o deve ler, meditar, rezar, pensar, ler de novo, repetir, como fazemos com um bom caramelo na boca. Tê-lo na boca, dando voltas, até que se acabe. Quem lê o Quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, é possível perceber que não se trata que não se trata de repetições. O autor do Quarto Evangelho tem sua própria maneira de repetir o mesmo assunto, porém, em um nível cada vez mais profundo. Parece como uma escada em caracol. Girando, chega-se ao mesmo lugar, mas, a um nível mais profundo.
• João 6,30-33: Que sinal realiza para que possas acreditar? As pessoas haviam perguntado: O que é que devemos fazer para realizar as obras de Deus? Jesus responde: “A obra de Deus é acreditar naquele que foi enviado”, isto é, acreditar em Jesus. Por isto as pessoas formulam uma nova pergunta: “Que sinal realiza para que possamos ver e crer em ti? Qual é a tua obra?”. Isto significa que não entenderam a multiplicação dos pães como um sinal de parte de Deus para legitimar Jesus diante do povo como um enviado de Deus. E continuam argumentando: No passado, nossos pais comeram o maná que lhes foi dado por Moisés. Eles o chamaram “pão do céu” (Sb 16,20), ou seja, “pão de Deus”. Moisés continua sendo um grande líder, em quem eles acreditam. Se Jesus quer que as pessoas acreditem Nele, tem que fazer um sinal maior que o de Moisés. “Qual é a tua obra?”.
• Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o verdadeiro pão do céu. Vinha de cima, sim, porém, não era o pão de Deus, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos morreram no deserto (Jo 6,49). O verdadeiro pão do céu, o pão de Deus, é o pão que vence a morte e traz a vida. É aquele que descendo do céu dá vida ao mundo. É Jesus! Jesus procura ajudar as pessoas a libertarem-se dos esquemas do passado. Para Ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas antigas e não aceitar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.
• João 6,34-35: Senhor dê-nos sempre desse pão! Jesus responde claramente: “Eu sou o pão da vida!”. Comer o pão do céu é o mesmo que acreditar em Jesus e aceitar o caminho que ele nos ensinou, a saber: “Meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!” (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, que dá um rumo à vida, e que trás vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6,35) será retomado como primeiro versículo do evangelho de amanhã (Jo 6,35-40).





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Fome de pão, fome de Deus. Qual dos dois predomina em mim?
• Jesus disse: “Eu sou o pão da vida”. Ele sacia a fome e a sede. Que experiência eu tenho disto?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 31,2-3)
• Hoje farei aquilo que Deus me tem pedido e que tenho adiado.




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