segunda-feira, 21 de abril de 2014

Lectio Divina - 21/04/14


SEGUNDA-FEIRA -21/04/2014


PRIMEIRA LEITURA: Atos 2,14-22.32


Pedro atua como porta-voz dos Doze, explicando o sinal que as pessoas haviam acabado dever e ouvir. Para Lucas, os eventos milagrosos, como o túmulo vazio e a cura do aleijado, precisam ser explicados. Como ele mostra, por si só, os milagres estão abertos a interpretações de crença ou descrença. Quando faz um milagre, Deus não força as pessoas a crer. É por isso que Lucas não os chama de milagres, mas de sinais – sinais do poder e da bondade de Deus que convidam à crença, mas não a forçam. Lucas acrescenta palavras às citações de Joel para mostrar com mais clareza como Pentecostes faz com que se cumpra à profecia. Mudou Joel 3,1 “depois disto” para “nos últimos dias” At 2,17. A citação de Joel mostra como os cristãos podem estar vivendo “nos últimos dias” e, contudo tem de esperar “o dia do Senhor, grande e glorioso”, o ultimo dia de julgamento. No dia do juízo, todos os que invocam o nome do Senhor, serão salvos. 


ORAÇÃO INICIAL 

Senhor Deus, que por meio do batismo faz crescer tua Igreja, dando-lhe sempre novos filhos, concede a quantos têm renascido na fonte batismal viver sempre de acordo com a fé que professaram. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 28,8-15


Páscoa! O evangelho de hoje descreve a experiência de ressurreição das discípulas de Jesus. No começo de seu evangelho, ao apresentar Jesus, Mateus havia dito que Jesus é Emanuel, Deus conosco (Mt 1,23). Agora, no final, ele comunica e amplia a mesma certeza de fé, pois, proclama que Jesus ressuscitou (Mt 28,6) e que estará sempre conosco, até o final dos tempos! Nas contradições da vida, esta verdade é muitas vezes contestada. Não faltam as oposições. Os inimigos, os chefes dos judeus, se defendem contra a Boa Nova da ressurreição e mandam dizer que o corpo foi roubado pelos discípulos (Mt 28,11-13). Tudo isto acontece hoje. Por um lado, o esforço de tanta gente boa para viver e testemunhar a ressurreição. Por outro, tanta gente má, que combate a ressurreição e a vida.

No evangelho de Mateus, a verdade da ressurreição de Jesus se conta através de uma linguagem simbólica, que revela o sentido escondido dos acontecimentos. Mateus fala de um tremor de terra, de relâmpagos e anjos que anunciam a vitória de Jesus sobre a morte (Mt 28,2-4). É a linguagem apocalíptica, muito comum naquela época, para anunciar que, finalmente, o mundo foi transformado pelo poder de Deus! Realizou-se a esperança dos pobres que reafirmaram sua fé: “Ele está vivo, no meio de nós!”.

Mateus 28.8: A ALEGRIA DA RESSURREIÇÃO VENCE O MEDO. Na madrugada do domingo, o primeiro dia da semana, duas mulheres foram ao sepulcro, Maria Madalena e Maria de Tiago, chamada a outra Maria. De repente, a terra tremeu e um anjo apareceu como um relâmpago. Os guardas que estavam vigiando o túmulo desmaiaram. As mulheres ficaram com medo, porém, o anjo as reanimou, anunciando a vitória de Jesus sobre a morte e enviou-as para que reunissem os discípulos de Jesus na Galiléia. Na Galiléia, elas poderão vê-lo novamente. Ali, onde tudo começou, acontecerá a grande revelação do Ressuscitado. A alegria da ressurreição começa a vencer o medo. Inicia-se o anuncio da vida e da ressurreição.

Mateus 28,9-10: A APARIÇÃO DE JESUS ÀS MULHERES. As mulheres saem correndo. Sentem-se habitadas por uma mescla de medo e alegria. Sentimentos próprios de quem faz uma profunda experiência do Mistério de Deus. De repente, o próprio Jesus vai a seu encontro e diz: “Alegrem-se!”. Elas se prostram e adoram. É a postura de quem crê e acolhe a presença de Deus, ainda que, surpreende e supera a capacidade humana de compreensão. Agora o próprio Jesus dá a ordem de reunir os irmãos na Galiléia: “Não temais. Ide avisai aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, ali me verão!”. 

Mateus 28,11-15: A ASTÚCIA DOS INIMIGOS DA BOA NOVA. A mesma oposição que Jesus encontrou em vida, aparece agora depois de sua ressurreição. Os chefes dos sacerdotes se reunirão e deram dinheiro para os guardas. Estes tinham que apoiar a mentira de que os discípulos roubaram o corpo de Jesus e inventam algo sobre a ressurreição. Os chefes rejeitam e lutam contra a Boa Nova da Ressurreição. Preferem acreditar que tudo foi uma invenção dos discípulos e discípulas de Jesus.

O SIGNIFICADO DO TESTEMUNHO DAS MULHERES. A presença das mulheres na morte, no enterro e na ressurreição de Jesus é significativa. Testemunharam a morte de Jesus. No momento do enterro, ficaram sentadas diante do sepulcro, portanto, elas puderam dizer qual era o lugar onde foi colocado o corpo de Jesus (Mt 27,61). Agora, no domingo de madrugada, estão de novo ali. Sabem que aquele sepulcro vazio é realmente o sepulcro de Jesus! A profunda experiência da morte e da ressurreição que fizeram lhes transforma a vida. Elas mesmas ressuscitaram e se tornaram testemunhas qualificadas nas comunidades cristãs. Por isto, recebem a ordem de anunciar: “Jesus está vivo! Ressuscitou!”. 



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Qual é a experiência de ressurreição em minha vida? Existe em mim alguma força que combate a experiência de ressurreição? Qual é a minha reação? 
Hoje, qual é a missão de nossa comunidade como discípulos e discípulas de Jesus?
De onde podemos tirar força e coragem para cumprir nossa missão?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 15) 






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