quinta-feira, 29 de maio de 2014

Lectio Divina - 29/05/14


QUINTA-FEIRA -29/05/2014



PRIMEIRA LEITURA: Atos 18,1-8


Em alguns períodos de sua vida Paulo teve que trabalhar com suas próprias mãos para ganhar seu sustento. Isto fazia que, como a maioria de nós, tivesse que administrar seu tempo entre o trabalho e as demais atividades. Dado que par ele sua atividade principal era a pregação, utilizava o tempo livre falando de Jesus. No mundo corrido em que vivemos nós também devemos administrar bem nosso tempo e atender as obrigações que nos vem por sermos cristãos. Entre elas estão o dedicar tempo a família (pais, filhos, irmãos e demais parentes). E quando dizemos dedicar tempo não quer dizer, simplesmente sentar-se e ver televisão com eles, implica compartilhar nossa vida, nossos problemas e necessidades, é buscar caminhos comuns que nos levem a amar-nos mais. Esta é uma das fontes mais importantes de evangelização que podemos ter na família, pois, ao dar-nos tempo para estar com eles, não faltará a oportunidade para orarmos juntos e para instruir-nos uns aos outros nas coisas do Senhor. Lembre que é preciso trabalhar para viver e não viver para trabalhar.



ORAÇÃO INICIAL 

Ouça Senhor, nossa oração e concede-nos que assim como celebramos na fé a gloriosa ressurreição de Jesus Cristo, assim também, quando Ele voltar com todos seus santos, possamos alegrar-nos com sua vitória. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

João 16,16-20


João 16,16: AUSÊNCIA E PRESENÇA. Jesus disse um “pouco”, isto é, um tempo muito breve, como um “instante”. Por cima de múltiplos matizes, que enfatizar a brevidade do tempo. Se o tempo que Jesus passou junto aos seus, como verbo encarnado foi muito breve, igualmente será breve o tempo que separará sua partida e seu retorno. Não haverá mudança na situação interior de seus discípulos porque não muda sua relação com Jesus: existe uma proximidade permanente. Por isso, a visão de Jesus não sofrerá interrupção, mas terá como característica a comunhão de vida com Ele (Jo 14,19). É interessante o uso repetido do verbo “ver” no v.16: “Dentro de pouco não me vereis e dentro de outro pouco tempo voltareis a me ver”. A expressão “um pouco e não me vereis” lembra o modo em que os discípulos vêm o Jesus histórico o Filho de Deus, a outra expressão “um pouco e voltareis a me ver” remete a experiência do Cristo ressuscitado. Parece que Jesus quer dizer a seus discípulos que por brevíssimo tempo permanecerão ainda na condição de vê-lo, de reconhecê-lo em sua carne visível, mas, o contemplarão com uma visão diferente porque Ele se mostrará transformado, transfigurado. 

João 16,17-19: A INCOMPREENSÃO DOS DISCÍPULOS. Alguns discípulos não conseguem compreender o que significa esta ausência de Jesus, isto é, sua ida ao Pai. Entretanto, experimentam algum desconcerto diante das palavras de Jesus, e a expressam com quatro perguntas, unidas na mesma expressão: “O que é que está nos dizendo?”. O leitor tem ouvido outras vezes as perguntas de Pedro, de Felipe, de Tomé, de Judas –não o Iscariotes- e agora dos discípulos que pedem explicações. Os discípulos não entendem do que Ele fala. Não compreendem como Jesus, se vai ao Pai, pode ser visto de novo por eles (vv.16-19). Mas a pergunta parece concentrar-se naquele “pouco”, que para o leitor parece ser um tempo longo que não acaba nunca, sobretudo, quando se está na angústia e na tristeza. De fato, o tempo de tristeza não passa. Espera-se uma resposta por parte de Jesus, porém, o evangelista retoma antes a pergunta: Andais perguntando sobre o que tenho dito: Dentro de pouco não me vereis e dentro de outro pouco tornareis a me ver?” (v.19).

João 16,20: A RESPOSTA DE JESUS. De fato, Jesus não responde a pergunta que lhe fazem: “o que é que quer dizer esse dentro de pouco?”, porém, os convida à confiança. É verdade que os discípulos serão provados, sofreram muito, se acharam sozinhos diante de uma situação hostil, abandonados a um mundo que desfruta com a morte de Jesus, porém, Jesus assegura que sua tristeza se converterá em alegria. A tristeza se contrapõe a um tempo em que tudo se inverterá. O inciso adversativo “porém vossa tristeza se converterá em alegria” sublinha esta mudança de perspectiva. Para o leitor é evidente que a expressão “um pouco”, “dentro de um breve tempo” corresponde àquele instante, ou, momento em que a situação será mudada, porém, até então tudo é tristeza e provação. Em definitivo, os discípulos recebem de Jesus uma promessa de felicidade e de alegria; em virtude daquele instante que inverte a situação difícil para “os seus”, para a comunidade eclesial, na qual são submetidos, eles entraram na realidade de um mundo iluminado pela ressurreição.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Estou convencido de que passará o tempo da prova e Ele voltará a estar comigo?
Vocês estarão tristes, porém, vossa tristeza se converterá em alegria. Que efeito tem nos acontecimentos de tua vida estas palavras de Jesus? Como vive tuas situações de tristeza e de angustia?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 98,3-4)
Hoje farei uma recontagem de como estou manejando meu tempo e minha atenção as diferentes funções que me tocam, e ajustarei o que seja necessário para que tudo ande como deve.





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