DIA
29/04/15
PRIMEIRA
LEITURA à Atos 12,24-13,5
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Começa
uma nova etapa na história da Igreja: a difusão do Evangelho em ambiente pagão.
A igreja de Antioquia já se apresenta organizada: funções partilhadas e
decisões tomadas pela assembléia, em clima de oração e discernimento, clima
referendado pelo Espírito Santo. A missão não nasce por iniciativa de
indivíduos, mas a partir de uma comunidade cheia de vida, que escolhe e designa
indivíduos para a missão. A difusão e “crescimento da palavra de Deus” não
se deve só à iniciativa isolada de um indivíduo. Com Paulo e Barnabé e toda uma
comunidade (Antioquia) que, obediente à inspiração do Espírito, se organiza e
toma a iniciativa de uma evangelização sistemática do mundo pagão. A missão dos
dois “enviados especiais” é sinal, por um lado, da extraordinária vitalidade
religiosa da comum idade e, por outro lado, da exata tomada de vitalidade
religiosa da comunidade e, por outro lado, da exata tomada de consciência da
destinação universal do evangelho, que o cristianismo primitivo sente como
tarefa sua. É a exata e maravilhosa verificação da predição de Jesus. Como o
grãozinho de mostarda, como o fermento na massa, como a semente na terra, “a
palavra de Deus crescia e se difundia”. Nesse crescimento e nessa difusão
colaboram hoje não apenas Paulo e Barnabé, mas todos aqueles que, em qualquer
setor, se põe a serviço da palavra: pais, educadores, catequistas,
religiosos...
ORAÇÃO
INICIAL
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Pai,
como discípulo da luz, quero deixar-me sempre guiar por teu Filho. Só, assim,
as ciladas do demônio não prevalecerão sobre mim. Vem em meu auxílio!
REFLEXÃO
à João 12,44-50
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Toda
idéia ou teoria sobre Deus que não esteja de acordo com a palavra e ação de
Jesus é falsa. Porque Jesus é a revelação do próprio Deus. E a missão de Jesus
se estende a todos, mas cada um permanece livre de aceitar a sua oferta. A
recusa da vida, porém, traz consigo a escolha da própria morte.
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A
presença de Jesus no mundo tem um objetivo bem preciso: ser luz para a
humanidade mergulhada nas trevas do pecado. Portanto, presença de salvação! A
missão de Jesus insere-se na longa história de relacionamento do ser humano com
Deus, da criatura com o seu Criador, história pontilhada de infidelidade e
insensatez por parte da criatura, e de fidelidade e esperança de reconciliação,
por parte do Criador.
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A
correta compreensão da identidade de Jesus exige situá-lo no contexto das
iniciativas salvíficas de Deus. Assim, torna-se compreensível por que a
pregação de Jesus faz constantes referências ao Pai. Crer no Filho leva
necessariamente a crer no Pai. A credibilidade de um enviado está em estreita
relação com a credibilidade de quem o enviou.
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Foi
por esta razão que Jesus afirmou: “As coisas que digo a vocês, eu as digo como
o Pai disse a mim”. E mais: quem o rejeita, na qualidade de enviado, será
julgado por quem o enviou, o Pai, já que sua missão consiste em salvar e não em
condenar. O discípulo prudente deixa-se iluminar pelo Mestre, por saber-se
iluminado por Deus.
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Caminhando
como discípulo da luz, estará em condições de desmascarar as artimanhas do
príncipe das trevas que insistem em fazê-lo desviar-se do caminho para o Pai.
Quem, pelo contrário, rejeita a luz oferecida por Jesus, torna-se inimigo de
Deus, pois se recusa a aceitar sua proposta de salvação. E caminhará para o
julgamento!
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Em
sua última visita a Jerusalém, por ocasião da festa da Páscoa dos judeus, Jesus
é aclamado pelo povo ao chegar à cidade. Neste contexto, o evangelista João nos
apresenta a última fala pública de Jesus, após um diálogo com os discípulos e
com a multidão, conforme o evangelho de hoje.
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Como
é característico de João, no seu texto, ele retoma os temas fundamentais já
apresentados no Prólogo e ao longo de seu evangelho: crer em Jesus é crer em
Deus Pai; Jesus é a luz do mundo, e quem crer nele não permanece nas trevas; o
que Jesus fala é o que o Pai ordenou; o julgamento não será feito por Jesus,
mas sim pela própria acolhida ou rejeição de suas palavras.
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E,
como núcleo do evangelho de João, Jesus, em união com o Pai, veio comunicar a
todos a vida eterna. A participação na vida eterna é opção de cada um. Deus
conta com a nossa adesão na fé e com o nosso dom de amor a serviço da vida, a
qual, assumida em Deus, é eterna. Estas palavras de Jesus transcendem o tempo e
o espaço, sendo proclamadas para nós, hoje.
PARA
REFLEXÃO PESSOAL
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Você
acha que Jesus é a revelação do próprio Deus?
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Por
que as pregações de Jesus sempre fazem referência ao Pai?
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Onde
se deu a última fala pública de Jesus?
ORAÇÃO
FINAL
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(SALMO
66/67)
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É
através da justiça que todos poderão usufruir da colheita e, portanto, da
bênção de Deus.
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