terça-feira, 10 de abril de 2012

Lectio Divina - 10/04/12






TERÇA-FEIRA - 10/04/2012

PRIMEIRA LEITURA: At 2,36-41

• A multidão ter dirigido sua pergunta a “Pedro e aos outros discípulos” indica que Pedro falava por eles todos, como hoje o papa muitas vezes fala pelo colégio dos bispos. A reação do discurso de Pedro faz paralelo com a resposta ao discurso de João Batista em Lc 3,10-18. As duas multidões perguntam o que deveriam fazer, à ambas é dito que se arrependam e ambas são batizadas. A promessa do Espírito Santo foi feita “a vós... e aos vossos filhos” (At 2,39). Isto é, aos judeus de todo o mundo reunidos para a festa e às gerações futuras. “A todos os que estão longe, quantos o Senhor nosso Deus chamar” anuncia a pregação aos pagãos mais tarde nos Atos. Os ouvintes devem salvar-se “desta geração transviada”. Essa frase é de passagens bíblicas sobre castigo (Dt 32,5). Lucas aplica-a à geração que rejeitou Jesus. É mencionado o número de três mil para mostrar que uma parte substancial do povo judeu acreditou no Messias, e assim continuou como o povo das promessas divinas. Somos batizados para fazer parte do povo de Deus e salvos como membros da Igreja.



ORAÇÃO INICIAL

• Tu, Senhor, que nos salvou pelo mistério pascal, continua favorecendo com dons celestes teu povo, para que alcance a liberdade verdadeira e possa gozar da alegria do céu, que já começou a experimentar na terra. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 20,11-18

• O evangelho de hoje descreve a aparição de Jesus à Maria Madalena. A morte de seu grande amigo leva Maria a perder o sentido da vida. Porém, ela continua procurando. Vai ao sepulcro para encontrar àquele que a morte havia lhe roubado. Existem momentos na vida em que tudo desmorona. Parece que tudo havia terminado. Morte, desastre, enfermidade, decepção, traição! Tantas são as coisas que podem levar a que falte a terra sob nossos pés e a jogar-nos em uma crise profunda. Mas, também acontece o seguinte. Como que de repente, o reencontro com uma pessoa amiga pode refazer a vida e fazer-nos descobrir que o amor é mais forte que a morte e a derrota.
• O capítulo 20 de João, além da aparição de Jesus à Maria Madalena, trás vários outros episódios que revelam a riqueza da experiência da ressurreição: (a)-do discípulo amado e de Pedro (Jo 20,1-10)/ (b)-de Maria Madalena (Jo 20,11-18); (c)-da comunidade dos discípulos (Jo 20,19-23) e (d)-do apóstolo Tomé (Jo 20,24-29). O objetivo da redação do evangelho é levar as pessoas a acreditar em Jesus e, ao crer Nele, ter vida (Jo 20,30-3).
• Na maneira de descrever a aparição de Jesus a Maria Madalena se vêem as etapas da travessia pela qual teve que passar, desde a busca dolorosa até o reencontro da Páscoa. Estas são também as etapas pelas quais passamos todos nós, ao longo da vida, em nosso caminho para Deus e na vivência do Evangelho.
• João 20,11-13: MARIA MADALENA CHORA, MAS, PROCURA. Havia um amor muito grande entre Jesus e Maria Madalena. Ela foi uma das poucas pessoas que tiveram a coragem de ficar com Jesus, até a hora de sua morte na cruz. Depois do repouso obrigatório do sábado, ela voltou ao sepulcro para estar no lugar onde havia encontrado o Amado pela última vez. Mas, viu com surpresa que o sepulcro estava vazio! Os anjos lhe perguntam: “Por que choras agora?”. Resposta: “Levaram meu Senhor e ninguém sabe onde o puseram”. Maria Madalena procurava Jesus, aquele mesmo Jesus que ela havia conhecido e com quem havia convivido durante três anos.
• João 20,14-15: MARIA MADALENA CONVERSA COM JESUS SEM RECONHECER-LHE. Os discípulos de Emaus viram Jesus e não o reconheceram (Lc 24,15-16). O mesmo acontece com Maria Madalena. Vê Jesus, porém, não o reconhece. Pensa que é o encarregado do horto. Como os anjos, Jesus também pergunta: “Por que choras?” E acrescenta: “A quem está procurando?”. Resposta: “Se tu o levaste, diga-me onde o colocaste, e eu o levarei”. Ela continua procurando o Jesus do passado, o mesmo de três dias atrás. É a imagem de Jesus do passado que a impede de reconhecer o Jesus vivo, presente diante dela.
• João 20,16: MARIA MADALENA RECONHECE JESUS. Jesus pronuncia o nome: “Maria!”. Foi o sinal de reconhecimento: a mesma voz, a mesma maneira de pronunciar o nome. Ela responde: “Mestre!”. Jesus havia voltado, o mesmo que havia sido morto na cruz. A primeira impressão é que a morte havia sido apenas um momento doloroso ao longo do ocorrido, porém, agora a tudo havia voltado a ser como antes. Maria abraça Jesus com força. Era o mesmo que ela havia conhecido e amado. Realiza-se o que dizia a parábola do Bom Pastor: “Ele a chama por seu nome e elas o reconhecem”. “Eu conheço as minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem!” (Jo 10,3.4.14).
• João 20,17-18: MARIA MADALENA RECEBE A MISSÃO DE ANUNCIAR A RESSURREIÇÃO AOS APÓSTOLOS. De fato, é o mesmo Jesus, porém, a maneira de estar junto a Ele não é a mesma. Jesus lhe diz: “Deixa de tocar-me, que ainda não subi ao Pai”. Ele vai para junto do Pai. Maria Madalena deve soltar Jesus e assumir sua missão: anunciar aos irmãos que Ele, Jesus, subiu para o Pai. Jesus abriu o caminho para nós e faz com que Deus fique de novo próximo de nós.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Você tem tido alguma experiência que lhe tem dado a sensação de perda e de morte?
• Como foi? O que é que te deu vida nova e te devolveu a esperança e a alegria de viver?
• Que mudança teve lugar em Maria Madalena ao longo do diálogo? Maria Madalena procurava Jesus segundo certo modo e o volta a encontrar de outra forma. Como isto acontece hoje em nossa vida?



ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 32)




Nenhum comentário:

Postar um comentário