quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lectio Divina - 12/04/12







QUINTA-FEIRA - 12/04/2012




PRIMEIRA LEITURA: Atos 3,11-26

• O milagre realizado agora dá oportunidade a Pedro de explicar a mensagem de salvação a todos os que se aproximam dele por curiosidade. A cura do paralítico é o sinal do que Jesus quer e pode fazer com todos aqueles que têm fé em sua ressurreição. Jesus quer que todos nós caminhemos e que sejamos totalmente renovados pela força de seu Espírito. Veio para trazer-nos uma vida nova como a que agora se manifesta no paralítico. Já não pedirá mais esmolas, agora se integrará ao grupo de testemunhos de Cristo. Nós somos chamados a manifestar, como o paralítico, que o nem de Jesus tem poder, que por seu amor temos uma vida nova cheia de paz e alegria, porém, ao mesmo tempo, como Pedro, nós devemos aproveitar toda oportunidade para que os demais conheçam sobre este nome poderoso que é capaz de transformar a vida do homem.



ORAÇÃO INICIAL

• Oh Deus, que reuniu povos diversos na confissão de Teu nome, concede ao que renasceu na fonte batismal uma mesma fé em seu espírito e uma mesma caridade em sua vida. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 24,35-48

• Nestes dias depois da Páscoa, os textos do evangelho relatam as aparições de Jesus. No começo, nos primeiros anos depois da morte e ressurreição de Jesus, os cristãos se preocuparam em defender a ressurreição por meio das aparições. Eles mesmos, a comunidade viva, era a grande aparição de Jesus ressuscitado. Porém, na medida em que iam crescendo as críticas dos inimigos contra a fé na ressurreição e que, internamente, surgiam críticas e dúvidas a respeito de várias funções nas comunidades (Cf. 1Cor 1,12), eles começaram a lembrar das aparições de Jesus. Existem dois tipos de aparição: (a)-as que enfatizam dúvidas e resistências dos discípulos em acreditar na ressurreição, e (b)-as que chamam a atenção sobre as ordens de Jesus aos discípulos e as discípulas conferindo-lhes alguma missão. As primeiras respondem às criticas vindas de fora. Elas mostram que os cristãos não são pessoas ingênuas e crédulas que aceitam qualquer coisa. Ao contrário. Eles mesmos tiveram muitas dúvidas em crer na ressurreição. As outras respondem às críticas de dentro e fundamentam as funções e as tarefas comunitárias não nas qualidades humanas sempre discutíveis, mas sim, na autoridade e nas ordens recebidas de Jesus ressuscitado. A aparição de Jesus narrada no evangelho de hoje combina os dois aspectos: as dúvidas dos discípulos e a missão de anunciar e perdoar recebidas de Jesus.
• Lucas 24,35: O RESUMO DE EMÁUS. Retornando para Jerusalém, os dois discípulos encontraram a comunidade reunida e comunicam a experiência que tiveram. Narram o que aconteceu pelo caminho e como reconheceram Jesus na fração do pão. A comunidade reunida lhes comunica, por sua vez, como Jesus apareceu a Pedro. Foi um compartilhar mútuo da experiência da ressurreição, como até hoje acontece quando as comunidades se reúnem para compartilhar e celebrar sua fé, sua esperança e seu amor.
• Lucas 24,36-37: A APARIÇÃO DE JESUS CAUSA ESPANTO NOS DISCÍPULOS. Neste momento Jesus, se faz presente no meio deles e diz: “A Paz esteja convosco!”. É a saudação mais freqüente de Jesus: “A Paz esteja convosco!” (Jo 14,27;16,33;20,19.21.26). Porém, os discípulos, vendo Jesus, ficam com medo. Eles se espantam e não reconhecem Jesus. Diante deles está o Jesus real, mas, eles imaginam que estão vendo um espírito, um fantasma. Existe um desencontro entre Jesus de Nazaré e Jesus ressuscitado. Não conseguem acreditar.
• Lucas 24,38-40: JESUS OS AJUDA A SUPERAR O MEDO E A INCREDULIDADE. Jesus faz duas coisas para ajudar os discípulos a superar o espanto e a incredulidade. Mostra-lhes as mãos e os pés, dizendo: “Sou eu!”, e manda apalpar seu corpo, dizendo: “Porque um espírito não tem carne e ossos como vêem que eu tenho”. Jesus mostra as mãos e os pés, porque neles estão as marcas dos cravos (cf. Jo 20,25-27). Cristo ressuscitado é Jesus de Nazaré, o mesmo que foi morto na Cruz, e não um Cristo fantasma como imaginavam os discípulos vendo-o. Ele mandou apalpar o corpo, porque a ressurreição é ressurreição da pessoa toda, corpo e alma. A ressurreição não tem nada a ver com a teoria de imortalidade da alma, ensinada pelos gregos.
• Lucas 24,41-43: OUTRO GESTO PARA AJUDÁ-LOS A SUPERAR A INCREDULIDADE. Porém, não basta. Lucas diz que por causa de tanta alegria eles não podiam acreditar. Jesus pede que lhe dêem algo para comer. Eles lhe deram um pedaço de pescado e Ele comeu diante deles, para ajudá-los a superar a dúvida.
• Lucas 24,44-47: UMA CHAVE DA LEITURA PARA COMPREENDER O NOVO SENTIDO DA ESCRITURA. Uma das maiores dificuldades dos primeiros cristãos foi aceitar um crucificado como sendo o messias prometido, pois, a própria lei ensinava que uma pessoa crucificada era “um maldito de Deus” (Dt 21,22-23). Por isso, era importante saber que a Escritura já havia anunciado “que o Cristo devia padecer e ressuscitar dentre os mortos ao terceiro dia e que se pregaria em seu nome a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações”. Jesus lhes mostrou que isto já estava escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. Jesus ressuscitado, vivo no meio deles, se torna a chave para abrir o sentido total da Sagrada Escritura.
• Lucas 24,48: VOCÊS SÃO TESTEMUNHOS DISTO. Nesta ordem final está a missão das comunidades cristãs: ser testemunhos da ressurreição, para que fique manifesto o amor de Deus que nos acolhe e nos perdoa, e querer que vivamos em comunidade como seus filhos e filhas, irmãos e irmãs uns dos outros.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Às vezes, a incredulidade e a dúvida se aninham no coração e procuram enfraquecer a certeza que a fé nos dá diante da presença de Deus em nossa vida. Você já viveu isto alguma vez? Como conseguiu superar?
• Ser testemunhos do amor de Deus revelado em Jesus é nossa missão, é sua missão. Faço isso?


ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 08)
• Hoje falarei constantemente aos que me rodeiam de algo muito bom que Deus tenha feito comigo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário