segunda-feira, 30 de abril de 2012

Lectio Divina - 30/04/12







SEGUNDA-FEIRA - 30/04/2012

PRIMEIRA LEITURA: Atos 11,1-18

• Novamente aparece em cena o binômio: ORAÇÃO – VONTADE DE DEUS. Foi precisamente estando em oração como Pedro e o homem que foi batizado por este, foram advertidos. É que a oração é o meio ordinário pelo qual Deus vai comunicando sua vontade à seus filhos, de maneira que uma pessoa que ora todos os dias, e que busca com todo seu coração o Senhor, sem ter lugar para dúvidas que, ainda na mais escura das noites, encontrará o caminho seguro; no meio da crise, caminhos de solução; na vergonha e na dor, a consolação, e sobretudo, em todo momento irá descobrindo a vontade de Deus para cada um de seus projetos e iniciativas. A oração é o “meio” na qual o Espírito se manifesta, concedendo a seus fiéis abundantes dons, carismas e consolações. De maneira que não orar pode ser considerado como um verdadeiro suicídio espiritual. Um santo sacerdote dizia: “Nunca deixes o importante para fazer o urgente”. Lembre sempre que o mais importante de teu dia é tua oração.



ORAÇÃO INICIAL

• Pedimos-te Senhor todo poderoso, que a celebração das festas de Cristo ressuscitado aumente em nós a alegria de saber-nos salvos. Por Jesus Cristo Nosso Senhor...



REFLEXÃO

João 10,1-10

• Em Jesus temos o modelo do verdadeiro pastor, nele chega seu cumprimento a espera do bom pastor prometido por Deus: o “grande pastor”, maior que Moisés (Hb 13,20).
• João 10,1-6: A PORTA DO APRISCO. João nos diz que Jesus é a “porta” pela qual se chega até as ovelhas e, por onde elas são conduzidas aos pastos (Jo 10,7.9-10). O tema das ovelhas também é tratado em Jo 2,15 e de maneira particular em Jo 5,2 onde se indica a porta das Ovelhas com cinco pórticos ao longo das quais ficavam os enfermos para serem curados. Neste contexto, as ovelhas indicavam o povo oprimido pelos seus dirigentes. Em Jo 10,1 Jesus conecta o tema das ovelhas com o átrio do templo, instituição judia gerenciada por homens poderosos que violam o direito e a justiça e exploram o povo. Estes são identificados por Jesus como “ladrões e bandidos”. Jesus inicia seu longo discurso de enfrentamento com os fariseus, obstinados em sua incredulidade e auto-suficiência (Jo 9,40-41), com uma afirmação genérica: o modo mais seguro para entrar em contato com as ovelhas é entrar pela porta do recinto onde elas se encontram. O entra de outro modo não o faz movido pelo amor às ovelhas, mas sim, para explorá-las em beneficio próprio. O pecado dos guias do povo era este: apropriar-se do que era propriedade de todos. Jesus qualifica esta conduta com o termo “ladrão”. Esta foi a acusação que Jesus fez aos dirigentes do povo em sua primeira visita ao templo (Jo 2,13ss). Outro termo com o qual Jesus qualifica aos que oprimem o povo que é seu é “bandido”. Esta qualificação assinala aos que, além disso, usam a violência. Portanto, os dirigentes do templo obrigam o povo a submeter-se à violência de seu sistema (Jo 7,13;9,22). O efeito que isto produz é um estado de morte (Jo 5,3.2125). O pastor entra pela porta para cuidar das ovelhas, não para humilhá-las. De fato, as ovelhas reconhecem sua autoridade (sua voz) e o seguem. Para elas, a voz de Jesus não existe uma multidão anônima de pessoas, mas sim, as identifica pessoalmente. Para Jesus não existe uma multidão anônima de pessoas, mas sim, cada um tem um rosto, um nome, uma dignidade. O templo (recinto das ovelhas) passou a ser um lugar de trevas, marcado só pelos interesses econômicos; o dinheiro substituiu a atenção exclusiva de Deus: o templo passou a ser casa de comércio (Jo 2,16). Jesus conduz o povo para tirá-lo para fora das trevas. Não o faz de maneira fictícia, mas real, porque esta é a tarefa que o Pai lhe confiou. Os passos fundamentais desta missão são: entrar e chamar. Os que respondem o chamado a liberdade chegam a ser uma nova comunidade: “os seus”.
• João 10,7-10: JESUS É A NOVA PORTA. Jesus usa de novo o simbolismo da porta nos vv. 7-8, aplicando-os a si mesmo. Ele é a nova porta, não só em relação com o velho recinto de Israel representado pelos dirigentes do povo, mas também a respeito dos que o seguem. Aos primeiros lembra-lhes sua legitimidade de ser Ele o único acesso às ovelhas, pois, é o messias disposto a dar a vida pelas ovelhas. Para manter relação com o rebanho não se entra através do domínio e da prevaricação, mas, adotando a atitude da qual dá a vida. Suas palavras é um claro convite a mudar o modo de pensar e de relacionar-se. Entrar através de Jesus supõe colocar o bem do homem como tarefa prioritária e usar todas as energias para consegui-lo. O que não entra nesta nova lógica é um opressor. O leitor, certamente, encontrará duras e fortes as palavras que Jesus dirige à seus contemporâneos, em modo particular aos dirigentes do povo que usava o domínio e a violência para explorá-lo. Jesus é a nova porta com relação a todo homem. Mas, o que é que quer dizer para o homem de hoje entrar pela porta que é Jesus? Isso admite “aproximar-se Dele”, “confiar Nele” (Jo 6,35), segui-lo e deixar-se guiar pela mensagem (8,31.51); permite, em definitivo, participar da entrega de Jesus para que se realize a verdadeira felicidade do homem.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Jesus é o bom pastor porque sempre te reconhece, porém, você o reconhece? É o pastor que vem a tua vida como porta por onde pode se entrar e sair: você se deixa conduzir por Ele quando se relaciona com os demais?
• Você também é, em tua comunidade e em tua família, uma porta, não fechada, mas, permanece aberto à comunicação fraterna e deixa passar o amor e a confiança?



ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 43,3)
• Organizarei minha agenda de tal maneira que a primeiro e a última coisa que faça cada dia, é estar um momento em oração diante de Deus.




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