quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lectio Divina - 18/07/12







QUARTA-FEIRA -18/07/2012

PRIMEIRA LEITURA: Isaías 10,5-7.13-16


•    Esta passagem de Isaias nos ajuda a entender que tudo, em nossa vida e no mundo, está sob o controle de Deus e que, como dirá mais adiante Paulo, tudo obedece a um projeto amoroso de Deus para com seus filhos, ainda nas situações mais adversas. Se lermos os primeiros versículos de Isaias 1, veremos que o povo de Deus de desviou completamente do caminho do Senhor e que Deus buscou por todos os meios fazê-los compreender que só Nele serão felizes, porém, seu coração se fechou. De maneira que usará a Assíria como uma “vara de correção” para que seus filhos possam dar-se conta de seu erro. Entretanto, como se vê nesta passagem, a Assíria crê que destruirá Judá, porque é muito poderosa e nada lhe podia fazer frente, não se dá conta que é só um instrumento de Deus. Isto, pois, nos ajuda a entender que os acontecimentos cotidianos que vemos como “negativos” e contrários a nossos interesses, são só um instrumento de Deus para ajudar-nos a mudar e a regressar a Ele: “Pois tudo convém para aqueles que amam o Senhor”. O Reino do Sul, com sua capital Jerusalém, não entendeu a lição que Deus deu em seus irmãos do Reino do Norte, quando estes foram esmagados e destruídos totalmente pelos assírios e continuaram com sua rebeldia, até que a mesma sorte que eles ocorreu também ocorra à Jerusalém. Reflitamos seriamente sobre os acontecimentos de nossa vida e descubramos neles os sinais que Deus nos dá para que não nos apartemos Dele, e se nos afastarmos, para que regressemos a Ele e não soframos as conseqüências de nossa desobediência.



ORAÇÃO INICIAL

• Oh Deus, que mostra a luz de tua verdade ao que andam extraviados, para que possam voltar ao bom caminho, concede a todos os cristãos rejeitar o que é indigno deste nome e cumprir quanto ele e significativo. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 11,25-27

•    CONTEXTO. Esta passagem de Mateus representa um giro em seu evangelho: são formuladas à Jesus as primeiras perguntas sobre a chegada do reino dos céus. O primeiro que pergunta sobre a identidade de Jesus é João Batista, que através de seus discípulos lhe dirige uma pergunta concreta: “És tu o que há de vir ou devemos esperar outro?”. Entretanto, os fariseus junto com os escribas se dirigem à Jesus com palavras de reprovação e de juízo: “Teus discípulos fazem o que não lícito fazer no sábado”. Até agora, nos capítulos 1-10, a chegada do reino dos céus na pessoa de Jesus não parecia encontrar obstáculos, porém, a partir do capítulo 11 começam a aparecer dificuldades concretas. Ou seja, muitos começam a tomar posição diante da pessoa de Jesus: às vezes é “objeto de escândalo”, de queda, “esta geração”, no sentido de descendência humana, não tem uma atitude de acolhida para o reino que vem, as cidades situadas ao longo do lago não se convertem, se desencadeia uma verdadeira controvérsia sobre o comportamento de Jesus, e mais, se começa a pensar como matá-lo. Este é o clima de desconfiança e de contestação em que Mateus marca esta passagem. Agora, chegou o momento de perguntar-se sobre a atividade de Jesus: como interpretar estas “obras de Cristo”? Como explicar estas ações milagrosas? Estas perguntas tocam na questão crucial da messianidade de Jesus. Entretanto, as obras messiânicas de Jesus colocam sob juízo não só “esta geração”, mas também as cidades em torno do lago que não se converteram ao chegar o reino na pessoa de Jesus.
• FAZER-SE PEQUENO. Para realizar esta conversão, o itinerário mais eficaz é fazer-se “pequeno”. Jesus transmite esta estratégia da “pequenez” em uma oração de reconhecimento (11,27) que tem um paralelo esplêndido no testemunho dado pelo Pai na ocasião do batismo. Os estudiosos gostam de chamar esta oração de “hino de júbilo”, O ritmo da oração de Jesus começa com uma confissão: “Eu te bendigo”, “te confesso”. Esta expressão introdutória dá uma atitude muito solene à Palavra de Jesus. A oração de louvor que Jesus pronuncia tem as características de uma resposta para o leitor. Jesus se dirige a Deus com a expressão: “Senhor do céu e da terra”, isto é, Deus como criador e protetor do mundo. No judaísmo, ao contrário, era costume dirigir-se a Deus com a invocação “Senhor do mundo”, mas, sem o termo “Pai”, que é uma característica distintiva da oração de Jesus. O motivo do louvor é a revelação de Deus: porque as ocultou..., e as revelou. Este esconder, referido aos “sábios e inteligentes”, afeta os escribas e fariseus, considerados como totalmente fechados e hostis a chegada do Reino. Revela-se aos pequenos, o termo grego diz “crianças”, aos que ainda não falam. Portanto, Jesus considera ouvintes privilegiados da proclamação do reino dos céus os inexperientes da lei, os não instruídos. Quais são “estas coisas” que se ocultam ou revelam? O conteúdo desse revelar, ou, ocultar é Jesus, o Filho de Deus, o revelador do Pai. É evidente para o leitor que o revelar-se de Deus é inseparavelmente unido a pessoa de Jesus, a sua palavra, a suas ações messiânicas. Ele é quem permite o revelar-se de Deus e não a lei ou os fatos que pressagiavam o tempo final.
• O REVELAR-SE DE DEUS, DO PAI AO FILHO. Na última parte do discurso, Jesus faz uma apresentação de si mesmo como aquele a quem tudo foi revelado pelo Pai. No contexto da chegada do Reino, Jesus tem a função e a missão de revelar em tudo o Pai do céu. Nesta função e missão, Ele recebe a totalidade do poder e do saber, e a autoridade para julgar. Para confirmar esta tarefa tão comprometedora, Jesus invoca o testemunho do Pai, o único que tem um real conhecimento de Jesus: “Ninguém conhece o Filho, mas sim, o Pai” e vice-versa, “ninguém conhece o Pai, mas sim, o Filho”. O testemunho do Pai é insubstituível para que a dignidade única de Jesus como Filho seja entendida por seus discípulos. Afirma-se, além disso, a exclusividade de Jesus no revelar o Pai, assim afirmava o evangelho de João: “A Deus ninguém jamais viu: o Filho único, que está no seio do Pai, Ele é o que o tem revelado” (1,18). Em síntese, o evangelista faz entender a seus leitores que o revelar-se de Deus acontece através do Filho. E mais: o Filho revela o Pai a quem quer.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

• Você sente na oração a necessidade de expressar ao Pai todo teu agradecimento pelos dons derramados em tua vida? Tem tempo de confessar e de exaltar publicamente o Senhor pelas obras maravilhosas que realiza no mundo, na Igreja, em tua vida?
• Em tua busca de Deus, coloca tua confiança em tua sabedoria e inteligência, ou, te deixas guiar pela sabedoria de Deus? Qual é a atenção que prestas em tua relação com Jesus? Escuta sua Palavra? Tem os mesmos sentimentos para descobrir sua fisionomia como Filho do Pai do céu?




ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 71,15.17)
• Hoje colocarei muito mais atenção na correção e na repreensão de meus próximos e as tomarei como instrumento de Deus para guiar-me a uma vida muito mais plena.



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