terça-feira, 2 de julho de 2013

Lectio Divina - 02/07/13

TERÇA-FEIRA -02/07/2013


PRIMEIRA LEITURA :Gênesis 19,15-29

• O autor nos coloca em evidência que Deus sempre está pendente dos seus, daqueles que Deus ama, entretanto, Deus não faz acepção de pessoas, isto é, Deus não prefere uns para rejeitar outros, mas, Deus em todo momento tem interesse e preocupação pelo ser humano. O texto sagrado faz ênfase no cuidado que Deus tem para tratar o homem. Lot propõe a condição em que se sente seguro, pois, tem medo de ir às montanhas, assim que pede ao anjo que o conceda ir a uma cidade próxima para poder se colocar a salvo. Diante deste pedido, o anjo do Senhor concorda, pois, o importante é a salvação e a segurança de Lot. Mesmo assim, a salvação é um dom que Deus oferece à todos aqueles que rodeiam o sujeito da salvação, isto é, Deus não só olha pela salvação de Lot, mas, de sua mulher e filhas, porque Deus olha com amor e compaixão a seus eleitos (todos fomos eleitos por Deus para viver primeiro aqui na terra e depois com Ele no céu). Por uns poucos, Deus realiza a salvação para todos quantos lhes rodeiam, tal como acontecerá com seu Filho Jesus, quem com sua morte, dará a salvação a todos os homens que estão em torno seu. Neste caso, somos todos aqueles em torno de Jesus nos fazemos sujeitos da salvação. Se Deus concedeu a salvação de Lot por atenção a Abraão, o que não fará por todos os seres humanos em atenção a seu próprio Filho e aos méritos deste conseguidos por sua paixão, morte e ressurreição? 


ORAÇÃO INICIAL 

• Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Mateus 8,23-27

• Mateus escreve para as comunidades de judeus convertidos dos anos 70 que se sentiam como um barco no mar revolto da vida, sem muita esperança de poder alcançar o porto desejado. Jesus parece que dorme no barco, porque eles não viam nenhum poder divino que os salvasse da perseguição. Mateus lembra diversos episódios da vida de Jesus para ajudar as comunidades a descobrir, no meio da aparente ausência, a acolhedora e poderosa presença de Jesus vencedor, que domina o mar, que vence e expulsa o poder do mal e que tem poder de perdoar os pecados. Com outras palavras, Mateus quer comunicar a esperança e sugerir que as comunidades não devem temer nada. Este é o motivo do relato da tormenta acalmada do evangelho de hoje. 
• Mateus 8,23: O ponto de partida: entrar no barco. Mateus segue o evangelho de Marcos, porém, o encurta e o inclui no novo esquema que ele adotou. Em Marcos, o dia foi pesado por muito trabalho. Uma vez terminado o discurso das parábolas, os discípulos levam Jesus ao barco e, de tão cansado que está Jesus dorme em cima de um travesseiro. O texto de Mateus é muito mais breve. Somente diz que Jesus entra no barco, e os discípulos o acompanham. Jesus é o Mestre, os discípulos seguem o mestre.
• Mateus 8,24-25: A situação é desesperadora: “Estamos a ponto de perecer!”. O lago da Galiléia está próximo de altas montanhas. Às vezes, pelos resquícios das rochas, o vento sopra forte sobre o lago produzindo repentinas tormentas. Vento forte, mar agitado, barco cheio de água. Os discípulos eram pescadores experimentados. Se eles pensam que estão a ponto de afundar, quer dizer que a situação é perigosa. Porém, Jesus não parece dar-se conta, e continua dormindo. Eles gritam: “Senhor salve-nos! Que estamos perecendo!”. Em Mateus, o sono profundo de Jesus não é só sinal de cansaço, é também expressão de confiança tranqüila de Jesus em Deus. O contraste entre a atitude de Jesus e dos discípulos é grande!
• Mateus 8,26: A reação de Jesus: “Por que têm medo?” Jesus acorda, não pelas ondas, mas, pelos gritos desesperados dos discípulos. Dirige-se a eles e diz: “Por que é que têm medo? Homens de pouca fé!”. Logo, Ele se levanta, ameaça os ventos e o mar, e tudo fica calmo. A impressão que se têm é que não era necessário aplacar o mar, pois, não havia nenhum perigo. É como quando alguém chega a casa de um amigo, e um cachorro, ao lado do dono da casa, começa a latir para o visitante. Porém, não é preciso ter medo, porque o dono está presente e controla a situação. O episódio da tormenta acalmada evoca o êxodo, quando a multidão, sem medo, atravessou as águas do mar. Jesus refaz o êxodo. Evoca o profeta Isaias, que dizia ao povo: “Quando atravessares as águas, eu estarei contigo!”. Por fim, o episódio da tormenta acalmada evoca a profecia anunciada no Salmo 107,23-30. 
• Mateus 8,27: O medo dos discípulos: “Quem é este homem?” Jesus perguntou: “Por que é têm medo?”. Os discípulos não sabem o que responder. Admirados, se perguntam: “Quem é este, a quem até os ventos e o mar obedecem?”. Apesar de haver vivido tanto tempo com Jesus, não sabem, ainda, quem é Ele. Jesus continua sendo um estranho para eles! Quem é este? 
• Quem é este? Quem é Jesus para nós, para mim? Esta deve ser a pergunta que nos leva a continuar a leitura do Evangelho, todos os dias, com o desejo de conhecer mais e mais o significado e o alcance da pessoa de Jesus em nossa vida. Desta pergunta nasce a Cristologia. Não nasceu de altas considerações teológicas, mas sim, do desejo que os primeiros cristãos tinham de encontrar sempre novos nomes e títulos para expressar o que Jesus significava para eles. São dezenas e dezenas de nomes, de títulos e de atributos, desde carpinteiro até filho de Deus, que Jesus recebe: Messias, Cristo, Senhor, Filho amado, Santo de Deus, Nazareno, Filho do Homem, Esposo, Filho de Deus, Filho do Altíssimo, Filho de Maria, carpinteiro, Profeta, Mestre, Filho de Davi, Raboni, Bendito o que vem em nome do Senhor, Filho Pastor, Pão da Vida, Ressurreição, Luz do Mundo, Caminho, Verdade, Vida, Rei dos Judeus, Rei de Israel, etc., etc. Cada nome, cada imagem é uma intenção de expressar o que Jesus significava para eles. Porém, um nome, por muito bonito que seja, nunca chega a revelar o mistério de uma pessoa, muito menos da pessoa de Jesus. Jesus não cabe em nenhum destes nomes, em nenhum esquema, em nenhum título. Ele é maior que tudo, supera tudo. Não pode ser marcado. O amor capta a cabeça não! É a partir da experiência viva do amor, que os nomes, os títulos e as imagens recebem seu pleno sentido. Afinal, quem é Jesus para mim, para nós?


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Qual era o mar agitado no tempo de Jesus? Qual era o mar agitado na época em que Mateus escreveu seu evangelho? Qual é hoje o mar agitado para nós? Alguma vez, as águas agitadas da vida ameaçaram te afogar? Quem é que te salvou?
• Quem é Jesus para mim? Qual é o nome de Jesus que melhor expressa minha fé e meu amor?


ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 145,4-5)
• Hoje vou fazer oração por meus seres amados e dedicarei alguns minutos para pedir por alguém a quem fará bem um momento de oração em seu favor.



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