quinta-feira, 4 de julho de 2013

Lectio Divina - 04/07/13

QUINTA-FEIRA -04/07/2013


PRIMEIRA LEITURA: Gênesis 22,1-19 


• É fácil dizer que se é cristãos e que amamos Deus quando tudo em nossa vida caminha perfeitamente, quando desfrutamos de todas as suas bênçãos, quando existem pão e saúde suficiente em nossa vida e em nossas casas, quando não dá trabalho bendizer e dar glória Àquele que de tudo nos tem provido. Por isso, de vez em quando, Deus nos pergunta: Ama-me verdadeiramente? Amar-me-ia ainda que não tivesse o que agora tens? Seria capaz de entregar-me – SEM RESERVAS – o que mais quer na vida? (pensemos no que mais queremos na vida). A resposta definirá com exatidão até onde amamos verdadeiramente o Senhor. Para Abraão pediu seu próprio filho, o único, aquele que Ele próprio lhe havia dado, e Abraão não o negou. Em seu coração o entregou com tudo o que isto significava para ele. Para Abraão não havia nada maior e fundamental que obedecer a Deus, ainda quando sua vontade tocara o mais amado para ele. Abraão provou a Deus que o amava. Você também estaria disposto, se Deus pedisse, provar-lhe o quanto o amas?






ORAÇÃO INICIAL 


• Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fez filhos da luz; concede-nos viver fora das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da verdade. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 9,1-8

• A AUTORIDADE EXTRAORDINÁRIA DE JESUS. Jesus aparece diante do leitor como pessoa investida de uma extraordinária autoridade mediante a palavra e o sinal (Mt 9,6.8). A palavra autoritária de Jesus ataca o mal em sua raiz: no caso do paralítico ataca o pecado que corrói o homem em sua liberdade e bloqueia suas forças vivas: “Teus pecados são perdoados”; “Levanta-te, toma tua cama e vai para casa”. Em verdade, todas as paralisias do coração e da mente com as quais alguém é encarcerado, a autoridade de Jesus as anula, pelo fato de encontrar-se com Ele na vida terrena. A palavra autoritária e eficaz de Jesus desperta à humanidade paralisada e lhe dá o dom de caminhar com uma fé renovada. 
• O ENCONTRO COM O PARALÍTICO. Jesus, depois da tempestade e de uma visita ao país dos gadarenos, volta para Cafarnaum, sua cidade. Durante o regresso tem lugar o encontro com o paralítico. A cura não se realiza em uma casa, mas sim, ao longo do caminho. Assim, pois, durante o caminho que conduz a Cafarnaum o levaram um paralítico e Jesus se dirige a ele chamando-o de “filho”, um gesto de atenção que logo se converterá em um gesto salvífico: “teus pecados são perdoados”. O perdão dos pecados que Jesus invoca sobre o paralítico de parte de Deus alude a união entre enfermidade, culpa e pecado. É a primeira vez que o evangelista atribui a Jesus de maneira explicita este particular poder divino. Para os judeus, a enfermidade no homem era considerada um castigo pelos pecados cometidos; o mal físico, a enfermidade, sempre eram sinal e conseqüência do mau moral dos pais (Jo 9,2). Jesus restitui ao homem sua condição de salvação ao libertá-lo tanto da enfermidade como do pecado.
• Para alguns dos presentes, como os escribas, as palavras de Jesus anunciando o perdão dos pecados são uma verdadeira blasfêmia. Para eles Jesus é um arrogante, já que só Deus pode perdoar. Este juízo sobre Jesus não era manifestado abertamente, mas, murmurado entre eles. Jesus, que escruta seus corações, conhece suas considerações reprova sua incredulidade. A expressão de Jesus “para que saibais que o Filho do homem tem poder de perdoar os pecados...” indica que não só Deus pode perdoar, mas, que Jesus, também pode perdoar um homem.
• Diferente dos escribas, a multidão se enche de assombro e glorifica Deus diante da cura do paralítico. As pessoas estão impressionadas pelo poder de perdoar os pecados manifestados na cura, e se alegram porque Deus concedeu tal poder ao Filho do Homem. É possível atribuir isto a comunidade eclesial onde se concedia o perdão dos pecados pelo mandato de Jesus? Mateus coloca este episódio sobre o perdão dos pecados com a intenção de aplica-lo às relações fraternas dentro da comunidade eclesial. Nela já se tinha a prática de perdoar os pecados por delegação de Jesus; esta era uma prática que a sinagoga não compartilhava. O tema do perdão dos pecados aparece de nova em Mt 18 e no final do evangelho se afirma que isso tem suas raízes na morte de Jesus na cruz. Porém, em nosso contexto o perdão dos pecados aparece unido à exigência da misericórdia como se faz presente no seguinte episódio, a vocação de Mateus: “...quero misericórdia, e não sacrifício. Porque na vem chamar os justos, mas sim aos pecadores” (Mt 9,13). Estas palavras de Jesus pretendem dizer que Ele tornou visível o perdão de Deus, sobretudo, em suas relações com os publicanos e pecadores, ao sentar-se com eles na mesa.
• Este relato que retoma o problema do pecado e reclama a conexão com a miséria do homem, é uma prática do perdão que se tem que oferecer, porém, é, sobretudo, uma história que deve ocupar um espaço privilegiado na pregação de nossas comunidades eclesiais.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Na sociedade de hoje, as divergências e tensões de raça, classe, religião, gênero e cultura são enormes e crescem a cada dia. Como realizar hoje a missão de reconciliação? 
• Em tua família e em tua comunidade, existe algum “grão de mostarda” que aponta para uma sociedade reconciliadora?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 117)
• Sabendo que um dia no céu poderemos abraçar a cada membro da Família celestial; hoje abraçarei as pessoas possíveis, sendo consciente de que eles também são parte ou podem ser integrantes desta.




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