quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lectio Divina - 11/07/13


QUINTA-FEIRA -11/07/2013


PRIMEIRA LEITURA: Gênesis 44,18-21.23-29;45,1-5

• Esta passagem do AT mostra-nos com toda clareza, que “tudo convém para o bem daqueles que amam o Senhor”. Quando iam imaginar que Deus havia previsto a situação de adversidade que, durante tanto tempo José viveu como produto do pecado de seus irmãos, e que precisamente esse pecado agora se convertia em causa de salvação para todos eles. Paulo diz em sua carta aos Romanos “que onde abundou o pecado, superabundou a graça”. Irmãos, muitos de nossos problemas mais graves, possivelmente algum deles causados por injustiças e problemas provenientes de outras pessoas, e que afetaram gravemente nossa vida, postos nas mãos do Senhor, convertem-se, com o passar do tempo, em fonte de benção, inclusive para nós mesmos. Devemos confiar plenamente que temos um amoroso Deus que vela sempre por nós e a quem não passa desapercebido nem um só dos acontecimentos de nossa vida e que, por este amor, sabe converter todas nossas desgraças e injustiças em uma enorme fonte de bênçãos. Certo é que o momento da cruz não é agradável para ninguém, nem mesmo para o Filho de Deus, porém, precisamente é por essa cruz, aceita amorosamente que hoje temos a salvação e a possibilidade de ir viver no céu. Coloquemos nas mãos do Senhor todas nossas desventuras e, veremos estas transformarem-se, em fontes de bênçãos.


ORAÇÃO INICIAL 

• Oh Deus, que por meio da humilhação de teu Filho levantaste a humanidade caída; concede a teus fiéis a verdadeira alegria, para que, quem for libertado da escravidão do pecado, alcance também a felicidade eterna. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 10,7-15

• O evangelho de hoje nos apresenta a segunda parte do envio dos discípulos. Ontem vimos a insistência de Jesus em dirigir-se primeiro às ovelhas perdidas de Israel. Hoje vemos as instruções concretas de como realizar a missão.
• Mateus 10,78: O OBJETIVO DA MISSÃO: REVELAR A PRESENÇA DO REINO. “Ide e anunciai: O Reino do Céu está próximo”. O objetivo principal é anunciar a proximidade do Reino. Aqui está a novidade trazida por Jesus. Para os outros judeus faltava muito para que o Reino chegasse. Só chegaria quando eles houvessem se colocado à parte. A chegada do Reino dependia de seu esforço. Para os fariseus, por exemplo, o Reino chegaria só quando a observância da Lei fosse perfeita. Para os Essênios, quando o país fosse purificado. Jesus pensa de outra forma. Tem outra maneira de ler os fatos. Disse que o prazo já estava vencido (Mc 1,15). Quando disse que o Reino está próximo, Jesus não quer dizer que estava chegando naquele momento, mas que já estava ali, independentemente do esforço feito pelas pessoas. Aquilo que todos esperávamos, já estava presente no meio das pessoas, gratuitamente, porém, as pessoas não sabiam e não percebiam (cf. Lc 17,21). Jesus percebeu! Pois, Ele olha a realidade com um olhar diferente. E vai revelar e anunciar esta presença escondida do Reino no meio das pessoas pobres de sua terra (Lc 4,18). Eis aqui o grão de mostarda que receberá a chuva de sua palavra e o calor de seu amor.
• Mateus 10,8: OS SINAIS DA PRESENÇA DO REINO: ACOLHER OS EXCLUÍDOS. Como anunciar a presença do Reino? Só por meio de palavras e discursos? Não! Os sinais da presença do Reino são antes de tudo gestos concretos, realizados gratuitamente: “Curar enfermos, ressuscitar mortos, purificar leprosos, expulsar demônios. De graça recebestes, de graça deves dar”. Isto significa que os discípulos têm que acolher dentro da comunidade aqueles que da comunidade foi excluído. Esta prática solidária critica tanto a religião como a sociedade excludente, e aponta para saídas concretas.
• Mateus 10,.9-10: NÃO LEVAR NADA PELO CAMINHO. Ao contrário dos outros missionários, os discípulos e as discípulas de Jesus não podem levar nada: “Não procureis ouro, nem prata, nem cobre em vossas cintas, nem alforje pelo caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, porque o trabalhador merece seu sustento”. Isto significa que devem confiar na hospitalidade das pessoas. Pois, o discípulo que vai sem levar nada só a paz (Mc 10,13), mostra que confia nas pessoas. Acredita que será acolhido, que participará na vida e no trabalho das pessoas do lugar e que vai poder sobreviver com aquilo que receberá em troca, pois, o trabalhador tem direito a seu alimento. Isto significa que os discípulos têm que confiar no compartilhar. Por meio desta prática criticam as leis da exclusão e resgatam os antigos valores da convivência comunitária.
• Mateus 10,11-13: COMPARTILHAR A PAZ EM COMUNIDADE. Os discípulos não devem andar de casa em casa, mas, devem procurar ir onde existem pessoas de Paz e permanecer nesta casa. Isto é, devem conviver de forma estável. Assim por meio desta nova prática, criticam a cultura da acumulação que marcava a política do império romano e anunciam um novo modelo de convivência. No caso de haver respondido a todas estas exigências, os discípulos podiam gritar: O Reino chegou! Anunciar o Reino não consiste, em primeiro lugar, em verdades e doutrinas, mas, em procurar viver de forma nova e fraterna, e compartilhar a Boa Nova que Jesus nos trouxe: “Deus é Pai, e nós somos todos irmãos e irmãs”. 
• Mateus 10,14-15: A SEVERIDADE DA AMEAÇA. Como entender esta ameaça tão severa? Jesus veio nos trazer uma coisa totalmente nova. Veio resgatar valores comunitários do passado: a hospitalidade, o compartilhar, a comunhão ao redor da mesa, a acolhida dos excluídos. Isto explica a severidade contra os que rejeitam a mensagem. Pois, não rejeitam algo novo, mas sim, seu próprio passado, sua própria cultura e sabedoria. A pedagogia tem como objetivo desenterrar a memória, resgatar a sabedoria das pessoas e reconstruir a comunidade, renovar a Aliança, refazer a vida.


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Como realizar hoje a recomendação de não levar nada pelo caminho quando se vai em missão?
• Jesus manda dirigir-se a uma pessoa de paz, para poder viver em sua casa. Como seria hoje uma pessoa de paz à que dirigimos no anuncio da Boa Nova?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 80,15-16)
• Hoje meditarei a passagem de João 9,1-3 e repetirei constantemente, sobretudo, nos momentos difíceis: “é para que se manifeste a obra de Deus”.





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