sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Lectio Divina - 16/08/13

SEXTA-FEIRA -16/08/2013

PRIMEIRA LEITURA: Josué 24, 1-13


• Toda nossa história é uma história de salvação na qual Deus está presente e a vai realizando seu projeto de amor para cada um de nós, nossas famílias e nossa comunidade. É importante de quando em quando lembrar as obras de amor e salvação que deus tem feito em nossa vida e em nossa família, já que isto faz com que a fé se mantenha viva. Esta também é a razão do por que devemos todos os dias ter tempo para a leitura da Palavra de Deus, nela encontraremos a história de nosso povo, a história do “Deus amor” que entregou seu Único Filho para que todo aquele que crê tenha vida Nele, é a história do Deus que tendo perdoado e nos enche com seu Espírito fazendo de nós um verdadeiro templo onde Ele habita. Do Deus que dia após dia, em cada oração e em cada sacramento nos salva, nos santifica e nos enche de paz, do Deus que caminha conosco dia após dia até a consumação dos tempos.


ORAÇÃO INICIAL 

• Deus todo poderoso e eterno, a quem podemos chamar Pai; aumenta em nossos corações o espírito filial, para que mereçamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Mateus 19,3-12

• CONTEXTO. Até o capítulo 18, Mateus tem mostrado como os discursos de Jesus têm marcado as várias fases da constituição e formação progressiva da comunidade dos discípulos em torno de seu Mestre. Agora, em 19,1, este pequeno grupo se afasta das terras da Galiléia e chega ao território da Judéia. O chamamento de Jesus, que tem atraído seus discípulos, continua avançando até a escolha definitiva: a acolhida ou a rejeição da pessoa de Jesus. Esta fase tem lugar no longo caminho que leva à Jerusalém (cap. 19-20), e ao templo, depois de finalmente chegar a cidade (cp. 21-23). Todos os encontros que Jesus efetua nestes capítulos têm lugar ao longo do caminho da Galiléia à Jerusalém.
• O ENCONTRO COM OS FARISEUS. Ao passar pela Transjordânia (19,1) Jesus tem o primeiro encontro com os fariseus, e o tema da discussão de Jesus com eles é motivo de reflexão para o grupo dos discípulos. A pergunta dos fariseus se refere ao divórcio e de maneira particular coloca Jesus em apuros sobre o amor dentro do matrimônio, que é na realidade mais sólido e estável para a comunidade judia. A intervenção dos fariseus pretende acusar como “um colocar à prova”, como “um tentar”. A pergunta é certamente crucial: “É lícito a um homem repudiar a própria mulher por qualquer motivo?” (19,3). Ao leitor não escapa a intenção distorcida dos fariseus ao interpretar o texto de Dt 24,1, para colocar Jesus em apuros: “Se um homem toma uma mulher e se casa com ela, e acontece que esta mulher não agrada seus olhos, porque descobre nela algo que o desagrada, lhe redigirá um libelo de repudio, colocará em sua mão e despedi-la-á de sua casa”. Ao longo dos séculos, este texto havia dado lugar a numerosas discussões: admitir o divórcio por qualquer motivo, exigir um mínimo de má conduta, ou um verdadeiro adultério. 
• É DEUS QUE UNE. Jesus responde aos fariseus citando Gn 17:2,24 e remetendo a questão a vontade de Deus. O amor que une o homem e a mulher vem de Deus, e por esta origem, une e não pode separar. Se Jesus cita Gn 2,24 “O homem abandonará seu pai e sua mãe e se unirá a sua esposa e serão os dois uma só carne”, (19,5) é porque quer sublinhar um princípio singular e absoluto: a vontade criadora de Deus é unir o homem e a mulher. Quando um homem e uma mulher se unem em matrimônio, é Deus que os une; o termo “cônjuges” vem do verbo “conjugar”, isto é, a união dos dois esposos que acarreta acordo sexual é efeito da palavra criadora de Deus. A resposta de Jesus aos fariseus alcança seu auge: o matrimônio é indissolúvel em sua constituição originária. Jesus prossegue cirando Ml 2,13-16: repudiar a própria mulher é romper a aliança com Deus, aliança que, segundo os profetas, os esposos a vivem, sobretudo, em sua união conjugal (Os 1-3; Is 1,21-26; Jr 2,2;3,1.6-12; Ez 16; 23; Is 54,6-10;60-62). A resposta de Jesus aparece em contradição com a lei de Moisés que concede a possibilidade de dar um certificado de divórcio. Dando razão a sua resposta, Jesus lembra aos fariseus: se Moisés decidiu esta possibilidade, é pela dureza de vosso coração (v.8), mas concretamente, por vossa desobediência a Palavra de Deus. A Lei de Gn 1,26;2,24 não se modificou jamais, porém, Moisés se viu obrigado a adaptá-la a uma atitude de desobediência. O primeiro matrimônio não é anulado pelo adultério. A palavra de Jesus diz claramente ao homem de hoje, e de modo particular a comunidade eclesial, que não deve haver divórcios, e, no entanto, observamos que existem; na vida pastoral, os divorciados são acolhidos e para eles sempre está aberta a possibilidade de entrar no reino. A reação dos discípulos é rápida: “Se esta é a condição do homem a respeito de sua mulher, não vale a pena casar-se” (v.10). A resposta de Jesus continua mantendo a indissolubilidade do matrimônio, impossível para a mentalidade humana, porém, possível para Deus. O eunuco do qual Jesus fala não é o que não pode “gerar”, ma sim, o que uma vez separado da própria mulher, continua vivendo na castidade e permanecendo fiel ao primeiro vinculo matrimonial: é eunuco com relação a todas as demais mulheres. 



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Sabemos acolher o ensinamento de Jesus no qual se refere ao matrimônio com a simples vontade de adaptá-lo a nossas legítimas escolhas e conveniência?
• A passagem evangélica não lembra que o desígnio do Pai sobre o homem e a mulher é uma maravilhoso projeto de amor. Você está consciente de que o amor tem uma lei imprescindível que comporta a doação total e plena da própria pessoa ao outro?



ORAÇÃO FINAL 

• (SALMO 51,12-13)
• Hoje me conscientizarei da presença de Deus e de seu amor, me darei tempo para orar e para ler mais a Escritura. Descobrirei em minha vida os rastros do amor de Deus, do amor que salva.





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