quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Lectio Divina - 13/08/14


QUARTA-FEIRA -13/08/2014



PRIMEIRA LEITURA: Ezequiel 9,1-7;10,18-22


O tempo do castigo chegou. O profeta com grande dramatismo apresenta ao povo o juízo que Deus emitiu sobre o povo rebelde e desobediente, que apesar de todos os emissários (Isaias e Jeremias) não havia se voltado para Yahvé. Entretanto, apesar de tudo, o Senhor permanece fiel a Aliança e por isso destinou um resto fiel que continuará a história da Salvação. Quando vemos o estado de corrupção que priva em nossas comunidades, onde os batizados enchem as cantinas, os centros de prostituição e os espetáculos indecentes; quando é difícil encontrar pessoas justas e honestas nos governos e nas empresas, sendo que estes são como nós, também batizados, nos enchemos de tristeza, mas, ao mesmo tempo vemos que as coisas, como em Jerusalém, não poder continuar assim e que Deus certamente fará, como tem feito sempre com seu povo, algo para purificá-lo. Naquele tempo foram os Caldeus encarregados de realizar esta purificação, hoje em dia, quem será? É, pois, tempo de pregar, de procurar com todas as nossas forças e com o poder do Espírito Santo ajudar a nossos próximos (os que estão em nossos círculos de amizades, familiar e no trabalho) a retornar ao Senhor. Hoje contamos com a assistência poderosa do Espírito que nos dá palavras de sabedoria. Não nos sintamos alheios ao grande problema que pesa sobe nosso povo cristão e anunciemos a Vida em Cristo, e sem medo denunciemos o pecado do povo para que o Senhor não tenha que castigar-nos para que regressemos à Ele.







ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno, a quem podemos chamar Pai, aumenta em nossos corações o espírito filial, para que mereçamos alcançar a herança prometida. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Mateus 18,15-20


No evangelho de hoje e de amanhã vamos ler e meditar a segunda parte do Sermão da Comunidade. O evangelho de hoje fala da correção fraterna e da oração em comum. O de amanhã fala do perdão e fala da parábola do perdão sem limites. A palavra chave desta segunda parte é “perdoar”. O acento cai na reconciliação. Para que possa haver reconciliação que permita o retorno dos pequenos, é importante saber dialogar e perdoar, pois, o fundamento da fraternidade é o amor gratuito de Deus. Só assim a comunidade será sinal do Reino. Não é fácil perdoar. Certas dores continuam machucando o coração. Existem pessoas que dizem: “Perdôo, porém não esqueço!”. Rancor, tensões, broncas, opiniões diferentes, ofensas, provocações dificultam o perdão e a reconciliação.
A organização das palavras de Jesus, nos cinco grandes Sermões do evangelho de Mateus mostra que no final do primeiro século, as comunidades tinham formas bem concretas de catequese. O Sermão da Comunidade (Mt 18,1-35), por exemplo, trás instruções atualizadas de como proceder no caso de algum conflito entre os membros da comunidade e de como encontrar critérios para solucionar os conflitos. Mateus reúne aquelas frases de Jesus que pode ajudar as comunidades de finais do século primeiro a superar os dois problemas agudos aos quais enfrentavam naquele momento, a saber, a saída dos pequenos por causa do escândalo de alguns e a necessidade de diálogo para superar o rigor de outros e acolher aos pequenos, os pobres, a comunidade. 
Mateus 18,15-18: A correção fraterna e o poder de perdoar. Estes versículos trazem normas simples de como proceder no caso de conflito na comunidade. Se um irmão ou uma irmã pecam, isto é, se houver comportamento não de acordo com a vida da comunidade, não se deve imediatamente denunciá-lo. Primeiro, tratemos de saber os motivos do outro. Se não der resultado, levemos a duas ou três pessoas da comunidade para ver se consegue algum resultado. Só em caso extremo, deve-se levar o problema à toda comunidade. E se a pessoa não quiser ouvir a comunidade, que seja para ti “como um publicano ou um pagão”, isto é, como alguém que já não é parte da comunidade. Não é que você está excluindo, mas, é a própria pessoa, que se exclui. A comunidade reunida apenas constata e ratifica a exclusão. A graça de poder perdoar e reconciliar em nome de Deus foi dada à Pedro, aos apóstolos e, aqui no Sermão da Comunidade, à própria comunidade (Mt 18,18). Isto revela a importância das decisões que a comunidade toma com relação a seus membros.
Mateus 18,19: A oração em comum. A exclusão não significa que a pessoa seja abandonada a sua própria sorte. Não! Pode estar separada da comunidade, porém, nunca estará separada de Deus. No caso de que a conversa na comunidade não chegue a bom termo, e a pessoa não quiser integrar-se na vida da comunidade, fica como último recurso o orar juntos ao Pai para conseguir a reconciliação. E Jesus garante que o Pai escutará: “Os asseguro também que se dois de vós se colocam de acordo na terra para pedir algo, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus”. 
Mateus 18,20: A presença de Jesus na comunidade. O motivo da certeza de ser ouvidos pelo Pai é a promessa de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles!”. Jesus é o centro, o chefe da comunidade e, como tal, junto com a Comunidade, estará rezando ao Pai, para que conceda o dom do retorno ao irmão ou a irmã que se excluiu.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Por que será que é tão difícil perdoar? Em nossa comunidade, existe espaço para a reconciliação? De que maneira? Jesus disse: “ali onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. O que é que isso significa para nós hoje?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 113,1-2)
Hoje revisarei que classe de amigos eu tenho e, verei se eu sou um verdadeiro amigo, que age com misericórdia para com os demais.




Nenhum comentário:

Postar um comentário