quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Lectio Divina - 21/01/15



DIA 21/01/15
PRIMEIRA LEITURA -- Hebreus 7,1-3.15-17
  • Jesus Cristo, nesta figura do AT nos ilustra nosso ser sacerdotal, no qual não pertencemos à um ordem (ou a uma tribo como neste caso), mas sim, pela graça conferida no batismo. Neste texto nos mostra como, na força de seu batismo, um das ações sacerdotais do cristão consiste em estabelecer a paz. Por isso, nossa ação sacerdotal, diferente das ações sacerdotais do sacerdote “ministerial”, é sermos construtores da paz, principalmente em nossas famílias e comunidades. Dizemos que é uma ação sacerdotal porque para podê-la construir é necessário sacrificar algo. O sacrifício de nosso egoísmo, de nosso “EU”. É necessário morrer para nós mesmos e para nossos gostos e prazeres para que nossa ação sacerdotal seja eficaz e traga paz e alegria a nosso mundo. Exerça teu sacerdócio batismal e converta-te em um autêntico construtor da paz.
ORAÇÃO INICIAL
  • Deus todo poderoso, que governa o céu e a terra, ouça paternalmente a oração de teu povo, e faz que os dias de nossa vida se fundamentem em tua paz. Por Nosso Senhor. Amem.
REFLEXÃO -- Marcos 3,1-6
  • No evangelho de hoje vamos meditar o último dos cinco conflitos que Marcos coloca no começo de seu evangelho (Mc 2,1 a 3,6). Os quatro conflitos anteriores foram provocados pelos adversários de Jesus. Este último é provocado por próprio Jesus e revela a gravidade do conflito entre Ele e as autoridades religiosas de seu tempo. È um conflito de vida e morte. É importante notar a categoria dos adversários que aparece neste último conflito. Trata-se de fariseus e herodianos, isto é, autoridades religiosas e civis. Quando Marcos escreve seu evangelho nos anos 70, muitos lembraram a terrível perseguição dos anos 60, na qual Nero arrasou muitas comunidades cristãs. Agora ao ouvir como o próprio Jesus havia sido ameaçado de morte e como se comportava no meio destes conflitos perigosos, os cristãos encontravam valor e orientação para não se desanimar ao longo do caminho.
  • Jesus na sinagoga em dia de sábado. Jesus entra na sinagoga. Tinha costume de participar nas celebrações da multidão. Havia ali um homem com uma mão atrofiada. Uma pessoa com incapacidade física não podia participar plenamente, já que era considerada impura. Ainda que estivesse presente na comunidade, era marginalizada. Devia manter-se afastada do resto.
  • A preocupação dos adversários de Jesus. Os adversários observavam para ver se Jesus curava no dia de sábado. Querem acusá-lo. O segundo mandamento da Lei de Deus mandava “santificar o sábado”. Era proibido trabalhar nesse dia (Ex 20,8-11). Os fariseus diziam que curar um enfermo era o mesmo que trabalhar. Por isto, ensinavam: “É proibido curar em dia de sábado!”. Colocavam a lei acima do bem estar das pessoas. Jesus os incomodava, porque colocava o bem estar das pessoas acima das normas da lei. A preocupação dos fariseus e dos herodianos não era o ardor pela lei, mas sim, a vontade de acusar e de eliminar Jesus.
  • Levanta-te e venha aqui para o meio! Jesus pede duas coisas ao incapacitado físico: Levanta-te e venha aqui para o meio! A palavra “levanta-te” é a mesma que as comunidades do tempo de Marcos usavam para dizer “ressuscitar”. O incapacitado deve “ressuscitar”, levantar-se, colocar-se no meio e ocupar seu lugar no centro da comunidade! Os marginalizados, os excluídos, devem colocar-se no meio! Não podem ser excluídos. Devem ser incluídos e acolhidos. Devem estar junto com todos os demais! Jesus chamou o excluído para que se pusesse no meio.
  • A pergunta de Jesus deixa os demais sem reposta. Jesus pergunta: Em dia de sábado é permitido fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matá-la? Podia ter perguntado: “Em dia de sábado é permitido curar: sim ou não?”. E todos teriam respondido: “Não é permitido!”. Porém, Jesus  muda a pergunta. Para Ele, naquele caso concreto, “curar” era o mesmo que “fazer o bem” ou “salvar uma vida”, e “não curar” era o mesmo que “fazer o mal” ou “matar uma vida”!. Com sua pergunta Jesus coloca o dedo na ferida. Denuncia a proibição de curar em dia de sábado como um sistema de morte. Pergunta “sabia”!. Os adversários ficaram sem respostas.
  • Jesus fica indignado diante da obstinação dos adversários. Jesus reage com indignação e com tristeza diante da atitude dos fariseus e dos herodianos. Manda o homem que estenda a mão, e ficasse curado. Ao curar o incapacitado, Jesus mostra que Ele não estava de acordo com o sistema que colocava a lei acima da vida. Em resposta a ação de Jesus, os fariseus e os herodianos decidem matá-lo. Com esta decisão confirmam que são, de fato, defensores de um sistema de morte. Não tem medo de matar para defender o sistema contra Jesus, que os ataca e critica em nome da vida.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • O incapacitado foi chamado para colocar-se no centro da comunidade. Em nossa comunidade, os pobres e excluídos tem um lugar privilegiado?
  • Você alguma vez já encontrou com pessoas que, como os herodianos e os fariseus, colocam a lei acima do bem estar das pessoas? O que sentiu naquele momento? Você deu razão a estas pessoas, ou, as criticou?
ORAÇÃO FINAL
  • (Sb 11,23-26)
  • Hoje me aproximarei de modo simples e com humildade daquelas pessoas com as quais por algum motivo não tenho uma relação de paz e começarei a dar passos para conquistá-la.






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