quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Lectio Divina - 04/10/12





QUINTA-FEIRA -04/10/2012


PRIMEIRA LEITURA:  Jó 19,21-27

• A esperança de Jó não é outra senão a que nós cristãos temos: “Chegará um dia em que com nossos próprios olhos veremos Deus”. Jesus disse assim: “onde eu estiver, estará também meu servidor”. A vida neste mundo não é fácil, não tem sido e não será jamais, pois, está estragada pela malícia do pecado, pela enfermidade e pela dor. O ensinamento de Jó nos lembra que nossa vida nesta terra é passageira, que como diz o salmo: “somos como a erva que na manhã se semeia e pela noite está seca”, que a plenitude da vida a vivermos na eternidade com Deus. É um convite a abrir-se à esperança e a dizer como Paulo: “Tenho por certo que os sofrimentos desta vida não são nada em comparação da glória que Deus tem preparado para aqueles que os amam” (Rm 8,18). No meio de teus problemas e tribulações, no meio de teus dias pesados e da enfermidade, seja valente, espere em Deus, seu amor se fará presente, e no final, quando tua missão tenha acabado: O verás com teus próprios olhos!



ORAÇÃO INICIAL

• Oh Deus, que manifesta especialmente teu poder com o perdão e a misericórdia; derrama incessantemente sobre nós tua graça, para que, desejando o que nos promete, consigamos os bens do céu. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 10,1-12

• O CONTEXTO. O capítulo 10, que começa com nossa passagem, mostra um caráter de revelação. Em 9,51 se diz que Jesus “afirmou sua vontade de ir à Jerusalém”. Este caminho, expressão de seu ser filial, se caracteriza por uma ação dupla: estão estreitamente unidos o “ser tirado/entregue” de Jesus (v.51) e sua “vinda” mediante o convite dos seus discípulos (v.52); existe uma ligação em duplo movimento.: “ser tirado do mundo” para ir ao Pai, e ser enviado aos homens. De fato acontece, às vezes, que o enviado não é atendido (v.52) e portanto deve aprender a “entregar-se” sem desistir diante da rejeição dos homens (9,54-55). Três breves acontecimentos ajudam o leitor a compreender o significado do seguimento de Jesus, que vai a Jerusalém para ser “tirado” do mundo. No primeiro, apresenta-se um homem que deseja seguir Jesus a onde quer que vá; Jesus o convida a abandonar tudo o que lhe proporciona bem estar e riqueza. Os que querem segui-lo devem compartilhar com Ele sua condição de nômade. No segundo, é Jesus quem toma a iniciativa e chama um homem cujo pai acaba de morrer. O homem pede um prazo para atender o chamado, pois, deve sepultar seu pai. A urgência do anúncio do reino supera este dever: a preocupação para sepultar os mortos é inútil porque Jesus vai mais além das portas da morte e isto o realiza inclusive nos que o seguem. Finalmente, no terceiro acontecimento, apresenta-se um homem que se oferece espontaneamente para seguir Jesus, porém, coloca uma condição: despedir antes de seus pais. Entrar no reino não admite espera. Depois desta renuncia, a expressão de Lc 9,62, “Quem coloca a mão no arado e olha para trás não é apto para o reino de Deus”, introduz o tema do capitulo 10.
• DINAMICA DO RELATO. A passagem objeto de nossa meditação começa com expressões muito densas. A primeira, “Depois disto”, refere-se a oração de Jesus e a sua firme decisão de ir para Jerusalém. A segunda, relativa ao verbo “designar”: “designou outros setenta e dois e os enviou…” (10,1), precisando que os envie adiante Dele, isto é, com a mesma resolução com que ele caminha para Jerusalém. As recomendações que Jesus lhes dá antes de enviá-los é um convite a serem conscientes da missão a qual lhes envia: a messe é grande em contraste com o número mínimo de trabalhadores. O Senhor da messe chega com toda força, porém, a alegria de sua chegada é impedida pelo reduzido número de trabalhadores. Aqui, o convite categórico à oração: “Rogai ao Senhor da messe para que envie trabalhadores a sua messe” (v2). A iniciativa de enviar para a missão é competência do Pai, porém, Jesus dá a ordem: “Ide”, indicando depois o modo de seguir (vv.4-11). Começa com o equipamento. Nem bolsa, nem alforje, nem sandálias. Estes elementos manifestam a fragilidade daquele que é enviado e sua dependência da ajuda que vem do Senhor e dos habitantes da cidade. A prescrições positivas se resumem, em primeiro lugar, na chegada à casa (vv.5-7) e depois no êxito na cidade (v.8-11). Em ambos os casos, não se exclui a rejeição. A casa é o lugar na qual os missionários têm os primeiros intercâmbios, as primeiras relações, valorizando os gestos humanos de comer, de beber e do descanso, como ajuda humilde e normal para comunicar o evangelho. A paz é o dom que precede a missão, isto é, a plenitude de vida e de relações; a alegria verdadeira é o sinal que caracteriza a chegada do Reino. Não se deve buscar a comodidade, é indispensável ser acolhido. A cidade, todavia, é o campo mais extenso da missão na qual de desenvolve a vida, a atividade política, as possibilidades de conversão, de acolhida ou de rejeição. A este último aspecto se une o gesto de sacudir o “pó” (vv10-11), como se os discípulos, ao abandonar a cidade que os rejeitou, dissessem a seus habitantes que não se apoderaram de nada, ou também poderia indicar “suspender” relações. No final, Jesus lembra a culpabilidade da cidade que “fecha” à proclamação do evangelho (v12).





PARA REFLEXÃO PESSOAL

•    Todos os dias o Senhor te convida para anunciar o Evangelho a teus íntimos (a casa) e aos homens (a cidade). Aceita um estilo pobre, essencial, ao testemunhar tua identidade cristã?
• Você é consciente de que o êxito de teu testemunho não depende de suas capacidades pessoais, mas sim só do Senhor que envia e, de tua disponibilidade?



ORAÇÃO FINAL

• (Salmo 27,8-9)
• Hoje serei consciente de que Deu está vivo, aqui, agora, para mim e para o mundo inteiro. Terei atenção e o descobrirei em minhas atividades diárias, observarei como se revela em cada pessoa com a qual encontrar-me, ao descobri-lo demonstrarei que o amo.




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