terça-feira, 23 de outubro de 2012

Lectio Divina - 23/10/12






TERÇA-FEIRA -23/10/2012

PRIMEIRA LEITURA: Efesios 2,12-22

•    O povo judaico consideravam como “pagão” a todos os que não pertenciam a eles, os quais, eram excluídos da salvação de Deus. Esta idéia se estendeu ao cristianismo, por isso esta carta de Paulo pode ser considerada como “a carta magna do Ecumenismo”. É um convite, primeiramente, a sair de nosso “grupinho”. É triste que isto se dê entre cristãos, mas é a realidade. Não faltam em nossa Igreja aqueles que consideram que só os membros de um grupo apostólico ou de uma espiritualidade particular, são os que estão vivendo autenticamente o cristianismo, inclusive que os demais estão em perigo de perder a salvação eterna, pelo que os criticam acidamente ou se dedicam a fazer “proselitismo” entre os demais grupos. Isto não é outra coisa que fazer infrutífera a ação do Espírito Santo, que age em todos de um modo particular e misterioso empurrando a Igreja para a santidade plena. Cada espiritualidade responde a uma necessidade da Igreja e complementa desta maneira os recursos espirituais com os quais Deus a enriquece, de maneira que todos possam encontrar um ambiente e um espaço que lhes ajude a alcançar a santidade. O mesmo poderíamos dizer de nossos irmãos separados. Por isso o concílio Vaticano II expressa: “Na única Igreja de Deus, já desde os primeiros tempos, se efetuaram algumas exceções que o Apóstolo condena com severidade, porém, em tempos sucessivos surgiram discrepâncias maiores, separando-se da plena comunhão da Igreja não poucas comunidades, às vezes não sem responsabilidade de ambas as partes. Porém, os que agora nascem e se nutrem da fé de Jesus Cristo dentro dessas comunidades não podem ser responsáveis do pecado da separação, e a Igreja Católica os abraça com fraterno respeito e amor, posto quem crê em Cristo e recebe o batismo devidamente, ficam constituídos em alguma comunhão, ainda que não seja perfeita, com na Igreja Católica” (UR3). Abramos nosso coração à comunhão, somos uma só família.



ORAÇÃO INICIAL

• Pedimos-te, Senhor, que tua graça continuamente nos preceda e acompanhe, de maneira que estejamos dispostos a trabalhar sempre bem. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Lucas 12,35-38

•    Por meio da parábola, o evangelho de hoje nos exorta a vigilância.
• Lucas 12,35: EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA. “Tenha a cintura cingida e as lâmpadas acesas”. Cingir-se significava amarrar um tecido ou uma corda ao redor da vestimenta, para que não atrapalhasse os movimentos do corpo. Estar cingido significava estar preparado, pronto para a ação imediata. Na véspera de sua saída do Egito, na hora de celebrar a páscoa, os israelitas deviam cingir-se, isto é, estar preparados para poder partir imediatamente. (Ex 12,11). Quando alguém ia trabalhar, ou, executar alguma tarefa cingia-se (Ct 3,8). Na carta aos Efesios, Paulo descreve a armadura de Deus e diz que os rins devem estar cingidos com o cinturão da verdade (Ef 6,14). As lâmpadas deviam estar acesas, pois, a vigilância é tarefa tanto do dia como da noite. Sem luz não se caminha na escuridão da noite.
• Lucas 12,36: A PARÁBOLA. Para explicar o que significa estar cingido, Jesus conta uma pequena parábola. “Sejam como homens que esperam que seu senhor volte da boda, para que, quando chegar, abram-lhe imediatamente a porta”. A tarefa de aguardar a chegada do dono exige uma vigilância constante e permanente, sobretudo, quando é noite, pois, o dono não tem uma hora determinada para voltar. Pode fazê-lo a qualquer momento. O empregado deve estar atento, sempre vigilante!.
• Lucas 12,37: PROMESSA DE FELICIDADE. “Felizes os servos a quem o Senhor, ao vir, encontre despertos: Eu lhes asseguro que se cingirá, os fará colocar-se à mesa e, vendo um e outro, lhes servirá”. Aqui, nesta promessa de felicidade, os papéis se invertem. O patrão se torna empregado e começa a servir o empregado que se torna patrão. Evoca Jesus na ultima cena que, ainda sendo Senhor e mestre, se faz servo e empregado de todos (Jo 13,4-17). A felicidade prometida tem a ver com o futuro, com a felicidade no fim dos tempos, e é o oposto daquilo que Jesus prometeu em outra parábola que dizia: “Quem de vós que tem um servo orando ou pastoreando e, quando retorna do campo, lhe diz:“Já é tarde coloque a mesa?”. Ou, dirá: “Prepara-me algo para cear, e cinja-te para servir-me e logo que eu tenha comido e bebido tu comerás e beberás?. Acaso tem que dar graças ao servo porque fez o que mandaram? Do mesmo modo vós, quando tenhais feito tudo o que mandaram, diga: não somos mais que alguns pobres servos; só temos feito o que tínhamos que fazer (Lc 17-7-10).
• Lucas 12,38: REPETE A PROMESSA DE FELICIDADE. “Que venha na segunda vigília ou na terceira, se os encontre assim, felizes!”. Repete a promessa de felicidade que exige vigilância total. O patrão pode voltar no meio da noite, as três da madrugada, ou a qualquer outro momento. O empregado tem que estar preparado, cingido para poder entrar em ação.




PARA REFLEXÃO PESSOAL


•    Somos empregados de Deus. Devemos estar cingidos, preparados, atentos e vigilantes, vinte e quatro horas do dia. Você consegue? Como?
• A promessa de felicidade futura é o oposto do presente. O que é que nos revela isto, a bondade de Deus para conosco, para comigo?




ORAÇÃO FINAL

•    (SALMO 85, 9-10)
• Hoje procurarei conviver com alguma pessoa que tenho dificuldade de convivência e procurarei ser paciente e respeitoso.



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