terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lectio Divina - 30/10/12






TERÇA-FEIRA -30/10/2012

PRIMEIRA LEITURA:Efesios 5,21-33

•    Entre as tantas correntes filosóficas e doutrinais que procuram distorcer a mensagem de Cristo está aquela que pretende que o homem e a mulher sejam iguais. Por isso Paulo, e de maneira especial nesta carta o mesmo que em 1Cor 7 é julgado erroneamente. Certamente nem o homem nem a mulher é maior ou inferior, foram criados ambos “a imagem de Deus”, são, de acordo com Gênesis, um só homem em dois sexos. Por isso nos fez completamente distintos a fim de que pudéssemos ser “COMPLEMENTOS”. O que um em tem falta ao outro e assim, na “doação” mutua de um ao outro, se alcança a perfeição. Esta passagem é muito ilustrativa, pois junto com 1Cor 7, nos dá indicações de quais são as funções básicas na convivência matrimonial. A mulher pede-se como mostra de seu amor o “respeito” ao marido, que aprenda a confiar nele... No entanto, ao marido pede-se como mostra de seu amor que se “ENTREGUE” a si mesmo, inclusive até dar a vida pela esposa (como diz em 1Cor 7) a fim de fazê-la “SANTA”. Por isso, é que o matrimonio cristão, vivido de acordo com a palavra de Deus, é o espaço ideal para alcançar a felicidade perfeita. Procuremos que nossos matrimônios sejam adequados a este projeto de Deus para o homem e a mulher.



ORAÇÃO INICIAL

• Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO
Lucas 13,18-21


•    O CONTEXTO. Ao longo do caminho que o conduz a Jerusalém, Jesus estava rodeado por muitas pessoas (11,29) que se amontoavam ao seu redor. O motivo desta atração das multidões é a Palavra de Jesus. No capítulo 12 aparece a sucessão alternada dos destinatários da Palavra: os discípulos (12,1-12), a multidão (vv. 13,2-12), os discípulos (vv.22,53) a multidão (vv.54-59). Entretanto, em Lc 13,1-35 o tema dominante é o escândalo da morte. Na primeira parte se fala da morte de todos (vv 1-9), enquanto que na segunda fala da morte de Jesus (vv.31-35) e da morte poupada aos pecadores para que possam dispor-se à conversão. Mas, ao lado do tema dominante existe outro: a salvação oferecida aos homens. A cura da mulher curvada: uma filha de Abraão a qual Satanás mantinha amarrada fazia dezoito anos, é libertada por Jesus. Além disso, no coração deste capítulo 13, encontramos duas parábolas que formam uma unidade temática: o reino de Deus comparado com um “grão de mostarda” e com o “fermento”.
• O REINO DE DEUS É SEMELHANTE A UMA SEMENTE DE MOSTARDA. Esta semente é muito comum na Palestina, de modo particular junto ao lago da Galiléia. É conhecida por sua singular pequenez. Em Lc 17,6 Jesus usa esta imagem para expressar sua esperança de que seus discípulos tenham um mínimo de fé: “Se tiveres fé como um grão de mostarda…”. Esta parábola tão simples compara dois momentos da história da semente: quando é enterrada (os inícios modestos) e quando se faz uma árvore (o milagre final). Portanto, a função do relato é explicar o crescimento extraordinário de uma semente que se enterra no próprio jardim, e seu crescimento assombroso ao fazer-se uma árvore. Igual esta semente, o Reino de Deus tem também sua história: o Reino de Deus é a semente enterrada no jardim, lugar que no Novo Testamento indica o lugar da agonia e da sepultura de Jesus (Jo 18,1.26; 19.41); segue depois o momento do crescimento em que chega a ser uma árvore aberta a todos.
• O REINO DE DEUS É SEMELHANTE AO FERMENTO. O fermento se esconde em três medidas de farinha. Na cultura hebraica, o fermento era considerado um fator de corrupção, até o ponto de ser eliminado nas casas para não contaminar a festa da Páscoa, que justamente começava na semana dos ázimos. O uso deste elemento negativo para descrever o Reino de Deus era um motivo de perturbação para os ouvidos judeus. Porém, o leitor percebe sua força convincente: é suficiente colocar uma pequena quantidade de fermento em três medidas de farinha para se conseguir uma grande quantidade de massa. Jesus anuncia que este fermento, escondido ou desaparecido nas três medidas de farinha, depois de um tempo, faz crescer a massa.
• EFEITOS DO TEXTO NO LEITOR. O que dizem a nós estas duas parábolas? O Reino de Deus, comparado por Jesus a uma semente que se converte em árvore, nos aproxima da história de Deus como a história de sua Palavra: está escondida na história humana e vai crescendo; Lucas pensa na Palavra de Jesus (o reino de Deus está no meio de nós) que já está crescendo, entretanto, não se converteu em árvore. Jesus e o Espírito Santo estão dando suporte a este crescimento da palavra. A imagem do fermento completa o quadro da semente. O fermento é o Evangelho que age no mundo, na comunidade eclesial e em cada pessoa que crê.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

•    Você é consciente de que o Reino de Deus está presente no meio de nós e que cresce de maneira misteriosa difundindo-se na história de cada homem, na Igreja?
• O Reino é uma realidade humilde, escondida, pobre e silenciosa, mesclado com as lutas e prazeres da vida. Você aprendeu nas duas parábolas que só verás o reino em ti se adotares uma atitude de serviço humilde e de escuta silenciosa?



ORAÇÃO FINAL

• (Salmo 128,1-2)
• Hoje serei sinal da presença de Deus no mundo, levando consolo ao que sofre, comida ao faminto, bebida ao sedento e solidariedade ao que necessite.



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