quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lectio Divina - 31/10/12





QUARTA-FEIRA -31/10/2012

PRIMEIRA LEITURA: Efesios 6,1-9

•    Vida cristã em sua cotidianidade é algo que surpreendia aos que conviviam com os primeiros cristãos, pois, as relações entre eles eram marcadas pelo amor. Este amor se expressava nas relações entre pais e filhos e, sobretudo, com os escravos e seu trato com estes e seus patrões. Era um trato em que cada um entendia com clareza seu papel diante do Senhor. Os filhos manifestavam seu amor obedecendo a seus pais e, estes mostravam seu amor educando e corrigindo seus filhos. Esta relação entre pais e filhos é uma das coisas que devemos rever em nossa vida cotidiana, onde vemos uma grande rebeldia por parte dos filhos, a qual, esta baseada em uma falta de educação apropriada, onde se tem procurado dar tudo e algo mais aos filhos. São poucas as famílias, ainda que cristãs que educam na disciplina e na austeridade, que educam aos filhos no “temor de Deus”, para que o respeitem e o amem. Este principio é básico, se queremos que nos obedeçam, pois, se não existe respeito para com Deus, será difícil que exista para conosco. Mostremos nosso amor aos filhos educando-os em uma relação séria e amorosa para com Deus nosso Senhor.



ORAÇÃO INICIAL

• Deus todo poderoso e eterno, aumenta nossa fé, esperança e caridade, e, para alcançarmos tuas promessas, concede-nos amar teus preceitos. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 13,22-30

•    Hoje o evangelho nos relata um episódio acontecido durante o longo caminho de Jesus desde a Galiléia até Jerusalém, cuja descrição ocupa mais de uma terça parte do evangelho de Lucas.
• Lucas 13,22: O CAMINHO DE JERUSALÉM. “Atravessava cidades e povoados ensinando, enquanto caminhava para Jerusalém”. Mais de uma vez Lucas diz que Jesus está à caminho de Jerusalém. Nos dez capítulos que descrevem a viagem até Jerusalém, Lucas, constantemente, lembra que Jesus está a caminho de Jerusalém (Lc 9,51.53.57; 10,1.38; 11,1; 13,22.33; 14,25; 17,11; 18,31; 18,37; 19,1.11.28). E o que é mais claro e é definido desde o começo é o destino da viagem: Jerusalém, a capital, onde Jesus será condenado à morte (Lc 9,31.51). Raramente, informa sobre o ocorrido e os lugares por onde Jesus passava. Só no começo da viagem (Lc 9,51), no meio (Lc 17,11) e no final (Lc 18,31;19,1), sabemos algo a respeito do lugar por onde Jesus estava passando. Deste modo, Lucas sugere o seguinte ensinamento: temos que ter claro o objetivo de nossa vida, e assumi-lo decididamente como fez Jesus. Devemos caminhar. Não podemos parar. Mas, nem sempre é claro e definido por onde passamos. O que é certo é o objetivo: Jerusalém, onde nos espera o “êxodo” (Lc 9,31), a paixão, a morte e a ressurreição.
• Lucas 13,23: A PERGUNTA SOBRE OS POUCOS QUE SE SALVAM. Ao longo do caminho para Jerusalém acontece de tudo: informações sobre os massacres e os desastres (Lc 13,1-5), parábolas (Lc 13,6-9.18-21), discussões (Lc 13,10-13) e, no evangelho de hoje, perguntas das pessoas: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?”. Sempre a mesma pergunta ao redor da salvação!
• Lucas 13,24-25: A PORTA ESTREITA. Jesus diz que a porta é estreita: “Lutem para entrar pela porta estreita, porque, vos digo, muitos querem entrar e não poderão”. Jesus diz isto para encher-nos de medo e obrigar-nos a observar a lei como ensinavam os fariseus? O que significa esta porta estreita? Do que se trata? No Sermão da Montanha, Jesus sugere que a entrada no Reino tem oito portas. São as oito categorias de pessoas das bem-aventuranças: (a) pobres de espírito, (b) mansos, (c) aflitos. (d) famintos e sedentos de justiça, (e) misericordiosos, (f) puros de coração, (g) construtores da paz e (h) perseguidos por causa da justiça (Mt 5,3-10). Lucas as reduz a quatro: (a) pobres, (b) famintos, (c) aflitos e (d) perseguidos (Lc 6,20-22). Somente entram no Reino os que pertencem a uma destas categorias enumeradas nas bem-aventuranças. Esta é a porta estreita. É a nova olhada sobre a salvação que Jesus nos comunica. Não existe outra porta! Trata-se da conversão que Jesus nos pede. Insiste no seguinte: “Lute para entrar pela porta estreita, porque, vos digo, muitos pretenderão entrar e não poderão. Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, os que ficaram para fora dirão: Senhor, abre-nos a porta! E responderei: Não vos conheço”. O tempo até a hora do juízo, é tempo favorável para a conversão, para mudar nossa visão sobre a salvação e entrar em uma destas oito categorias.
• Lucas 13,26-28: O TRÁGICO MAL ENTENDIDO. Deus responde aos que chamam à porta: “Não vos conheço”. Mas, eles insistem e argumentam: Comemos e bebemos contigo e tens nos ensinado! Não basta haver convivido com Jesus, não basta haver participado na multiplicação dos pães e haver escutado seus ensinamentos nas praças das cidades e nos povoados. Não basta haver ido a Igreja e haver participado das instruções do catecismo. Deus responderá: “Não vos conheço! Afastai de mim, todos os malfeitores!”. Trágico mal entendido e falta total de conversão, de compreensão. Jesus declara injustiça aquilo que os demais consideram coisa justa e agradável a Deus. É uma totalmente nova sobre a salvação. A porta é realmente estreita.
• Lucas 13,29-30: A CHAVE QUE EXPLICA O MAL ENTENDIDO. “E virão do oriente e ocidente, do norte e do sul, e se colocarão a mesa no Reino de Deus. Pois os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”. Trata-se de uma grande mudança que se operou com a vinda de Deus até nós em Jesus. A salvação é universal e não só do povo judeu. Todos os povos terão acesso e poderão passar pela porta estreita.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

•    Ter o objetivo claro e caminhar para Jerusalém: meus objetivos são claros ou me deixo levar pelo vento do momento?
• A porta é estreita. Que idéia tenho de Deus, da vida, da salvação?



ORAÇÃO FINAL

• (Salmo 145,10-11)
• Hoje confrontarei minha maneira de ser filho e pai com a maneira de Deus ser e, farei os ajustes necessários para ir imitando cada vez mais sua maneira de ser.





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