terça-feira, 16 de setembro de 2014

Lectio Divina - 16/09/14



TERÇA-FEIRA -16/09/2014



PRIMEIRA LEITURA: 1Corintios 12,12-14.27-31


Depois do problema da desordem nas assembléias, Paulo convida a valorizar o dom com o qual Deus abençoou a cada um dos membros da comunidade e a dar-se conta de que todos, seja qual o dom que tenham, são partes do mesmo corpo de Cristo, que é sua Igreja. É que, na medida em que cada um dos membros da Igreja se coloca a serviço dos demais o carisma ou o dom que Deus lhe deu, o funcionamento é mais harmônico e perfeito. O problema está em que, por um lado, nem todos dão conta dos dons que tem, e por outro, que ainda sabendo, não querem colocá-lo a serviço dos demais. Isto faz que não cresçamos e que o corpo se atrofie. E isto é aplicado não só à “estrutura eclesial”, mas, à todo o povo de Deus. Em nossos centros de trabalho, em nossas escolas, em nossas próprias casas, é necessário que coloquemos à serviço dos demais o que Deus nos tem premiado. Todos nós somos distintos precisamente para que, esta diferença, seja aquilo que ajude e complemente aos demais. Descubra teus dons, rompa teu egoísmo, e coloque-os a serviço dos demais. 


ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus, criador e dono de todas as coisas, olha-nos, e, para que sintamos o afeto de teu amor, concede-nos servir-te de todo coração. Por Nosso Senhor… 



REFLEXÃO

Lucas 7,11-17


O evangelho de hoje narra o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim. É esclarecedor o contexto literário deste episódio no capítulo VII do Evangelho de Lucas. O evangelista quer mostrar como Jesus vai abrindo caminho, revelando a novidade de Deus que avança por meio do anuncio da Boa Nova. Vão acontecendo a transformação e a abertura: Jesus acolhe o pedido de um estrangeiro não judeu (Lc 7,1-10) e ressuscita o filho de uma viúva (Lc 7,11-17). A maneira como Jesus revela o Reino surpreende aos irmãos que não estavam acostumados a tão grande abertura. Até João Batista ficou perdido e mandou perguntar: “És tu o senhor ou devemos esperar outro?” (Lc 7,18-30). Jesus chegou a denunciar a incoerência de seus anfitriões: “Sois como crianças que não sabem o que querem!” (Lc 7,31-35). E no final, a abertura de Jesus para com as mulheres (Lc 7,36-50).
Lucas 7,11-12: O ENCONTRO DAS DUAS PROCISSÕES. “Continuando foi a uma cidade chamada Naim. Iam com ele seus discípulos e uma grande multidão. Quando se aproximava da porta da idade levavam para enterrar um morto, filho único de sua mãe, que era viúva; acompanhava muita gente da cidade”. Lucas é como um pintor. Com poucas palavras consegue pintar o quadro tão bonito do encontro das duas procissões: a procissão da morte que sai da cidade e acompanha a viúva que leva seu único filho para o cemitério, a procissão da vida que entra na cidade e acompanha Jesus. As duas se encontram na pequena cidade, junto à porta da cidade de Naim.
Lucas 7,13: A COMPAIXÃO ENTRA EM AÇÃO. “Ao vê-la o Senhor teve compaixão dele e disse: Não chores!”. É a compaixão que leva Jesus a falar e a agir. Compaixão significa literalmente: “sofrer com”, assumir a dor da outra pessoa, identificar-se com ela, sentir com ela a dor. É a compaixão que aciona em Jesus o poder, o poder da vida sobre a morte, poder criador. 
Lucas 7,14-15: JOVEM, A TI DIGO, LEVANTA-TE!”. Jesus se aproxima, toca o féretro e diz: “Jovem, a ti te digo, levanta-te! O morto se incorporou e começou a falar. E Jesus “o devolveu à sua mãe”. Às vezes em momentos de grande sofrimento provocado pelo falecimento de uma pessoa querida, as pessoas dizem: “Naquele tempo, quando Jesus andava pela terra havia esperança de não perder uma pessoa querida, pois, Jesus poderia ressuscitá-la”. Elas olhavam o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim como um evento do passado que apenas provoca saudade e certa inveja. A intenção do evangelho, no entanto, não é provocar nem saudade nem inveja, mas sim ajudar a experimentar melhor a presença viva no meio de nós. Ele hoje está conosco, e diante dos problemas e do sofrimento que nos assolam, nos diz: “Te ordeno, levanta-te!”.
Lucas 7,16-17: A REPERCUSSÃO. “Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus dizendo: Um grande profeta surgiu entre nós, e Deus veio visitar seu povo”. E que se dizia dele se propagou por toda a Judéia e por toda a região circunvizinha. É o profeta que foi anunciado por Moisés (Dt 18,15). O Deus que veio nos visitar é o “Pai dos órfãos e das viúvas” (Sl 68,6, conf. Jd 9,11).




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Foi a compaixão que levou Jesus a ressuscitar o filho da viúva. O sofrimento dos demais. Produz em nós a mesma compaixão? O que faço para ajudar o outro a vencer a dor e criar vida nova?
Deus visitou seu povo. Percebo as muitas visitas de Deus em minha vida e na vida das pessoas?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 100,2-3)
Hoje praticarei, com muito maior afinco, aquilo em que sei que sou especialmente bom, devido aos dons que Deus colocou em mim, na confiança que eu os utilizarei para o benefício comum.




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