sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Lectio Divina - 26/09/14


SEXTA-FEIRA -26/09/2014



PRIMEIRA LEITURA: Eclesiastes 3,1-11


O Coélet tem expressado: “Existe um tempo para cada coisa”. Desafortunadamente, muitos de nós não aprendemos ainda isto e por isso mal gastamos o tempo ou o ocupamos de maneira equivocada. São tantos os que não desfrutam de uma bela tarde simplesmente contemplando como se põe o sol, ou de um passeio com a família, de uma conversa com os amigos, inclusive de ir acompanhando os filhos em seu crescimento, em seus problemas e alegrias, em seus triunfos e fracassos. Atualmente o homem só tem tempo para trabalhar, para ganhar dinheiro, passa a vida procurando ter mais e, quando se dá conta, é tão pobre que a única coisa que tem é dinheiro. Esta passagem, aplicada a nossos dias, pode ouvir-se assim. Existe tempo para trabalhar e tempo para descansar, tempo para estar com a família, tempo para estar com os amigos, tempo para estar com os pais e com os filhos, tempo para desfrutar o que Deus nos dá cada dia. Aproveitemos hoje nosso tempo, pois, não sabemos se amanhã poderemos gozar deste tempo e da oportunidade que Deus nos brindou hoje.




ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus, que colocaste a plenitude da lei no amor a ti e ao próximo; concede-nos cumprir teus mandamentos para chegar assim a vida eterna. Por Nosso Senhor...



REFLEXÃO

Lucas 9,18-22


O evangelho de hoje retorna ao mesmo assunto do evangelho de ontem: a opinião das pessoas sobre Jesus. Ontem, era a partir de Herodes. Hoje o próprio Jesus é quem pergunta o que é que diz a opinião pública, e os apóstolos respondem dando a mesma opinião que ontem. Em seguida vem o primeiro anuncio da paixão, da morte e da ressurreição de Jesus.
Lucas 9,18: A PERGUNTA DE JESUS DEPOIS DA ORAÇÃO. “Estando uma vez orando a sós, em companhia dos discípulos, lhes perguntou: “O que é que as pessoas dizem que eu sou”?. No evangelho de Lucas, em várias oportunidades importantes e decisivas Jesus aparece rezando: no batismo, quando assume sua missão (Lc 3,21); nos 40 dias no deserto, quando vence as tentações do diabo com a luz da Palavra de Deus (Lc 4,1-13); pela noite, antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6,12); na transfiguração, quando com Moisés e Elias conversa sobre a paixão em Jerusalém (Lc 9,29); no horto, quando enfrenta a agonia (Lc 22,39-46); na cruz, quando pede perdão pelo soldado (Lc 23,34) e entrega o espírito a Deus (Lc 23,46).
Lucas 9,20: A PERGUNTA DE JESUS AOS DISCÍPULOS. Depois de ouvir as opiniões dos demais, Jesus pergunta: “E vós o que dizeis que eu sou?”. Pedro respondeu: “O Messias de Deus!”. Pedro reconhece que Jesus é aquele que as pessoas estão esperando e que vem realizar as promessas. Lucas omite a reação de Pedro tentando dissuadir Jesus a que seguisse o caminho da cruz e omite também a dura critica de Jesus a Pedro (Mc 8,32-33; Mt 16,22-23).
Lucas 9,21: A PROIBIÇÃO DE REVELAR QUE JESUS É O MESSIAS DE DEUS. “Porém lhes mandou energicamente que não dissessem nada disto a ninguém”. Proibiu-lhes que revelassem as pessoas que Jesus era o Messias de Deus. Por que Jesus os proibiu? É que naquele tempo, como já vimos, todos esperavam a vinda do Messias, porém, cada um a sua maneira: uns como rei, outros como sacerdote, outros como doutor, guerreiro, juiz ou profeta! Ninguém parecia estar esperando o messias servo, anunciado por Isaias (is 42,1-9). Quem insiste em manter a idéia de Pedro, isto é, do Messias glorioso sem a cruz, não vai entender nada e nunca chegará a tomar a atitude de um verdadeiro discípulo. Continuará cego, como Pedro, trocando as pessoas por árvores (cf. Mc 8,24). Pois, sem a cruz é impossível entender quem é Jesus e o que significa seguir Jesus. Por isto, Jesus insiste de novo na Cruz e faz o segundo anuncio de sua paixão, morte e ressurreição.
Lucas 9,22: O SEGUNDO ANUNCIO DA PAIXÃO. E Jesus acrescentou: “O Filho do homem deve sofrer muito e ser reprovado pelos anciãos, os sumos sacerdotes e os escribas, ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. A compreensão plena do seguimento de Jesus, não se obtém pela instrução teórica, mas sim, pelo compromisso prático, caminhando com Ele pelo caminho do serviço, desde a Galiléia até Jerusalém. O caminho do seguimento é o caminho da entrega, do abandono, do serviço, da disponibilidade, da aceitação do conflito, sabendo que haverá ressurreição. A cruz não é um acidente de caminho, mas sim, que é parte do caminho. Pois, em um mundo organizado a partir do egoísmo, o amor e o serviço só podem existir crucificados! Quem faz de sua vida um serviço aos demais, incomoda aos que vivem agarrados aos privilégios, e sofre.





PARA REFLEXÃO PESSOAL

Nós acreditamos em Jesus. Porém, alguns entendem Jesus de uma maneira e outros de outra. Hoje qual é o Jesus mais comum na maneira de pensar das pessoas?
A propaganda como interfere em meu modo de ver Jesus? O que é que nos impede hoje de reconhecer e assumir o projeto de Jesus?





ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 144,1-2)
Hoje separarei um momento do dia e passarei na tranqüilidade refletindo tantas coisas belas que tenho perdido na vida pelas tarefas e pela pressa. 





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