DIA
08/05/15
PRIMEIRA
LEITURA à Atos 15,22-31
- A carta conciliar não tem caráter dogmático; é apenas uma orientação pastoral, Quanto às restrições do versículo 29. Lucas salienta o clima de alegria na assembléia ao tomar conhecimento da decisão conciliar. Doravante, não existe mais obstáculo para a expansão da Igreja em ambiente pagão. As decisões do concílio de Jerusalém, contidas na carta enviada aos irmãos de Antioquia, constituem o epílogo de uma controvérsia de que sai a Igreja reforçada na comunhão, purificada na prática; mais dinâmica e eficiente na ação apostólica. O encontro da Igreja com os pagãos (de ontem e de hoje) obriga-a sempre a um esforço de purificação, de busca do essencial; numa palavra, de fidelidade a seu Senhor e fundador. Só uma Igreja missionária é viva, criativa fiel a si mesma. Uma Igreja que defende suas posições internas sem ardor nem audácia é uma Igreja em decomposição. A presença constante e ativa do Espírito preserva a Igreja desse processo de morte, e impele-a sempre a novas direções.
ORAÇÃO
INICIAL
- Senhor Deus
todo poderoso, que, sem mérito algum de nossa parte, nos tem feito passar
da morte para a vida e da tristeza para a alegria, não coloque fim a teus
dons, nem cesse de realizar tuas maravilhas em nós, e concede aos que
forem justificados pela fé, a força necessária para perseverar sempre
nela. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO
à
João 15,12-17
- João 15,12-13:
AMAR OS IRMÃOS COMO ELE NOS AMOU. O mandamento de Jesus é um só: “amar-nos
uns aos outros como Ele nos amou!” (Jo 15,12). Jesus supera o Antigo
Testamento. O critério antigo era: “Amarás teu próximo como a ti mesmo”
(Lv 18,19). O novo critério é: “Amar-vos uns aos outros como eu vos
amado”. Aqui Jesus diz a frase: “Não existe amor maior do que aquele que
dá a vida para seus irmãos!”.
- João 15,14-15:
AMIGOS E NÃO SERVOS. “Sereis meus amigos. Vós sois meus amigos, se fizeres
o que Eu mando”, a saber, a prática do amor até o dom total de si. Em
seguida, Jesus coloca um ideal altíssimo para a vida dos discípulos e das
discípulas. E lhes diz: “Não os chamo de servos, porque o servo não sabe o
que o seu amo faz, chamo-vos de amigos, porque tudo o que ouvi de eu Pai
lhes dei a conhecer”. Jesus não tinha segredos para seus discípulos e suas
discípulas. Tudo o que ouvia do Pai ele lhes contava. É este o ideal
bonito da vida em comunidade: chegarmos a transparência total, ao ponto de
não ter segredos entre nós e de podermos confiar totalmente um no outro,
de podermos compartilhar a experiência que temos de Deus e da vida e,
assim, enriquecermos mutuamente. Os primeiros cristãos conseguiram
realizar este ideal durante alguns anos. Eles “eram um só coração e uma só
alma” (At 4,32; 1,14; 2,42.46).
- João 15,16-17:
FOI JESUS QUEM NOS ESCOLHEU. Não fomos nós que escolhemos Jesus. Foi Ele que
nos encontrou, nos chamou e nos deu a missão de ir e dar fruto, um fruto
que permaneça. Nós necessitamos Dele, porém, Ele também necessita de nós
para poder continuar fazendo o que fez para as pessoas da Galiléia. A
última recomendação foi: “Isto Eu vos mando: que ameis uns aos outros!”.
- O SIMBOLO DA
VIDEIRA NA BÍBLIA. O povo da Bíblia cultivava vinha e produzia um bom
vinho. A colheita da uva era uma festa, com cantos e danças. Foi dali que
teve origem o canto da vinha, usado pelo profeta Isaias. Ele compara o
povo de Israel com uma vinha (Is 5,1-7; 27,2-5; Sal 80,9-19). Antes dele,
o profeta Oséias já havia comparado Israel com uma vinha exuberante que
quantos mais frutos produziam, mais multiplicava suas idolatrias (Os
10,1). Este tema também foi utilizado por Jeremias, que comparou Israel a
uma vinha bastarda (Jr 2,21), dela é que iam ser arrancados os ramos (Jr
5,10;6,9). Jeremias usa estes símbolos porque ele mesmo teve uma vinha que
foi pisada e devastada pelos invasores (Jr 12,10). Durante o cativeiro da
Babilônia, Ezequiel usou o símbolo da videira para denunciar a
infidelidade do povo de Israel. Contou três parábolas sobre a videira:
(a)-A videira queimada que já não serve par nada (Ez 15,1-8); (b)-A
videira falsa plantada e protegida pelas duas águas, símbolos dos reis da
Babilônia e do Egito, inimigos de Israel (Ez 17,1-10). (c)-A videira
destruída pelo vento oriental, imagem do cativeiro da Babilônia (Ez
19,10-14). A comparação da videira foi usada por Jesus em várias
parábolas: os trabalhadores da vinha (Mt 21,1-16); os dois filhos que
devem trabalhar na vinha (Mt 21,33); os que alugaram uma vinha, não
pagaram o dono, espantaram seus servos e mataram seu filho (Mt 21,33-45);
a figueira estéril plantada na vinha (Lc 13,6-9); a videira e os sarmentos
(Jo 15,1-17)
PARA
REFLEXÃO PESSOAL
- Somos amigos e
não servos. Como vivo isto em minha relação com as pessoas?
- Amar como Jesus
nos amou. Como cresce em mim este ideal de amor?
ORAÇÃO
FINAL
- (SALMO 56/57)
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