terça-feira, 5 de maio de 2015

Lectio Dvina - 05/05/15


DIA 05/05/15
PRIMEIRA LEITURA à Atos 14,19-28
  • Algo que é necessário para que recuperemos todos os cristãos, é o zelo pela pregação e pela evangelização; o desejo fervente de que todos os homens conheçam a verdade de Jesus e vivam de acordo com o evangelho. Que recordemos que a vida evangélica e o seguimento a Jesus nascem da pregação e não de uma legislação. É necessário que o homem ouça falar de Jesus e que o aceite pessoalmente, de modo que se converta em um autêntico discípulo de Jesus. Nisto, você e eu temos uma grande responsabilidade, pois, assim como Paulo, devemos aproveitar todo momento e toda circunstância para falar de Jesus, para convidar a nossos amigos e familiares a ter um encontro pessoal com Jesus. Falemos com coragem e, sobretudo, com amor, daquele que mudou nossa vida, da mensagem que ilumina e enche de paz o coração: Não tenhamos medo de anunciar o Evangelho.
ORAÇÃO INICIAL
  • Senhor, tu que na ressurreição de Jesus Cristo nos engendrou de novo para renascermos para uma vida eterna, fortifica a fé de teu povo e afiança sua esperança, a fim de que nunca duvidemos que se realize o que nos tem prometido. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à João 14,27-31
  • Aqui em João 14,27, começa a despedida de Jesus e o final do capítulo 14, Ele encerra a conversa dizendo: “Levantai-vos! Vamo-nos daqui!” (Jo 14,31). Porém, ao invés de sair da sala, Jesus continua falando pelos outros três capítulos: 15,16 e 17. Se lermos estes três capítulos, no começo do capítulo 18 encontra-se a seguinte frase: “Dito isto, Jesus passou com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron, onde havia um horto, onde entraram Ele e seus discípulos” (Jo 18,1). Em João 18,1, está a continuação de João 14,31. O evangelho de João é como um prólogo bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço, ladrilho por ladrilho. Aqui e ali, ficam sinais destes reajustes. De qualquer forma, todos os textos, todos os ladrilhos, formam partem do edifício e são Palavras de Deus para nós.
  • João 14,27: O DOM DA PAZ. Jesus comunica sua paz aos discípulos. A mesma paz se dará depois da ressurreição (Jo 20,19). Esta paz é mais uma expressão da manifestação do Pai, da qual Jesus havia falado antes (Jo 14,21). A paz de Jesus é a fonte de alegria que Ele nos comunica (Jn 15,11; 16,20.22.24; 17,13). É uma paz diferente da paz que o mundo nos dá, é diferente da “Pax Romana”. No final daquele primeiro século a “Pax Romana” se mantinha pela força das armas e pela repressão violenta contra os movimentos rebeldes. A “Pax Romana” garantia a desigualdade institucionalizada entre cidadãos romanos e escravos. Esta não é a paz do Reino de Deus. A Paz que Jesus comunica é o que o AT chama de “Shalôm”. É a organização completa de toda a vida ao redor dos valores de justiça, fraternidade e igualdade.
  • João 14,28-29: O MOTIVO PELO QUAL JESUS VOLTA AO PAI. Jesus volta ao Pai para poder voltar em seguida entre nós. Dirá a Madalena: “Solte-me porque ainda não voltei ao Pai” (Jo 20,17). Subindo para o Pai, Ele voltará através do Espírito que nos enviará (Cf. Jo 20,22). Sem o retorno para o Pai, não poderá estar conosco através de seu Espírito.
  • João 14,30-31ª: PARA QUE O MUNDO SAIBA QUE AMO O PAI. Jesus está terminando a última conversa com os discípulos. O príncipe deste mundo se encarregará do destino de Jesus. Jesus será condenado. Na realidade, o príncipe, o tentador, o diabo, não poderá nada contra Jesus. Jesus faz tudo o que o Pai lhe ordena. O mundo saberá que Jesus ama o Pai. Este é o grande e único testemunho de Jesus que pode levar o mundo a acreditar Nele. No anuncio da Boa Nova não se trata de divulgar uma doutrina, nem de impor um direito canônico, nem de unir todos em uma organização. Trata-se, antes de tudo, de viver e de irradiar aquilo que o ser humano mais deseja e que leva no profundo de seu ser: o amor. Sem isto, a doutrina, o direito, a celebração não passa de ser uma “peruca” sobre uma cabeça sem pelos.
  • João 14,31b: LEVANTAI-VOS, VAMO-NOS DAQUI. São as últimas palavras de Jesus, expressão de sua decisão de ser obediente ao Pai e revelar seu amor. Em uma das orações eucarísticas, no momento da consagração, se diz: “Na véspera de sua paixão, voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém a toma, eu mesmo a dou livremente. Tenho poder para dar a vida e para retomá-la. Este é o mandato que recebi de meu Pai” (Jo 10,17-18).
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Jesus disse: “Vos dou a minha paz”. Como contribuo na construção da paz em minha família e em minha comunidade?
  • Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai, em que ponto poderia melhorar em minha obediência ao Pai?
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 145, 10-11)
Hoje procurarei algum gesto de Jesus no evangelho e o imitarei com todo meu empenho.






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