sexta-feira, 29 de maio de 2015

Lectio Divina - 29/05/15


DIA 29/05/15
PRIMEIRA LEITURA à Eclesiástico 44,1.9-13
  •  Este elogio dos homens que foram grandes com Deus será retomado na epístola aos Hebreus (c.11) e permanece na memória que a Igreja faz dos mártires e Santos, que construíram sua história, a história mais profunda e verdadeira, a do homem com Deus. “Em seu dia natalício a Igreja proclama o mistério pascal realizado nos Santos que sofreram com Cristo e com ele são glorificados, e propõe aos fiéis o seu exemplo, que atrai todos ao Pai por meio de Cristo”. A luta pela oração, pela vitória da Igreja. Também da história de nossa vida, o que em verdade permanecerá a história de nosso amor com relação a Deus e aos irmãos.

ORAÇÃO INICIAL
  • Pai, ensina-me a viver a religião pura e agradável a ti. Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver reconciliado, que eu possa rejeitar tudo o que desvirtua a verdadeira religião.

REFLEXÃO à Marcos 11,11-26
  • A figueira simboliza a sociedade que Jesus encontra. Tem folhas, mas não tem frutos, tem aparência de vida, mas não alimenta o povo faminto. A figueira secou: a sociedade que não acolhe a ação transformadora de Jesus morre sem dar frutos.
  • Diante dela Jesus inicia uma comunidade que será o novo templo: comprometida com ele na fé e na confiança em Deus, a comunidade cristã será a semente de nova árvore frutífera para os homens.
  • O comércio no templo deu margem para que a corrupção tomasse conta dele. Jesus interpretou o fato como uma forma de profanação, embora a classe sacerdotal e o pessoal ligado ao culto fossem coniventes com a situação implantada.
  • Criou-se um perigoso conluio entre religião e comércio, a ponto de se operar uma sacralização deste em desprestígio daquela. Os comerciantes, é óbvio, ambicionavam o lucro, esquecendo-se de que sua presença no lugar sagrado só deveria visar a facilitação da vida dos peregrinos. A casa de Deus transformou-se num pólo de exploração.
  • O comércio acentuava ainda mais a distinção entre ricos e pobres. Os primeiros possuíam dinheiro suficiente para comprar animais de grande porte para oferecer em sacrifício, e trocavam grandes somas de dinheiro com os cambistas.
  • Quanto aos pobres, pouco tinham para adquirir o suficiente para a própria oferta. Sendo assim, os verdadeiros fundamentos da religião acabavam sendo olvidados. Antes de mais nada, a vida de oração baseada numa fé sólida, que dá ao orante a certeza de ser atendido.
  • A fé abre o coração para Deus, impedindo a pessoa de confiar na posse dos bens. Pelo contrário, perdão e a reconciliação deixavam de fazer parte das disposições de quem se aproximava de Deus, no templo convertido em um antro de ladrões.
  • O ambiente dispersivo impedia que o peregrino se conscientizasse do dever de buscar a comunhão com o próximo, antes de voltar-se para Deus. O Templo de Jerusalém, desde sua construção por Salomão, sempre teve como anexo o Tesouro, destinado ao depósito das imensas riquezas acumuladas a partir das ofertas e das taxas cobradas do povo.
  • Naquele momento de intenso comércio praticado durante a festa da Páscoa, Jesus denuncia esta corrupção do Templo.
  • A figueira que secou por não dar frutos representa o sistema religioso do Templo, com sua infidelidade a Deus. O monte que com fé é lançado ao mar simboliza o monte Sião, com Jerusalém e o Templo.
  • A verdadeira religião, agradável a Deus, é a do perdão e da misericórdia.

PARA REFLEXÃO PESSOAL
  •          O que acontece com a sociedade que não acolhe a ação transformadora de Jesus?
  •          Em que se transformou a casa de Deus com o conluio entre religião e comércio?
  •          O que Jesus denunciou que estava acontecendo no Templo?

ORAÇÃO FINAL
  •          (SALMO 149)




Nenhum comentário:

Postar um comentário