SEXTA-FEIRA -09/11/2012
PRIMEIRA LEITURA: 1Corintios 3, 9-11.16-17
• Talvez uma das experiências mais fortes que o homem pode chegar a ter em sua vida é descobrir-se habitado por Deus, o dar-se conta de que Deus vive dentro dele como em um templo. Quando o homem se da conta disto interiormente, isto, é o que Karl Rahner chama: a “auto-comunicação de Deus com o homem”, sua vida se transforma ESSENCIALMENTE. Por um lado, nosso corpo adquire o valor que Deus lhe tem dado, por isso a embriaguez, o tabagismo, as noitadas freqüentes não tem sentido. Por outro lado, o reconhecer que o corpo de meus irmãos e irmãs é templo de Deus, me leva, não só a respeitá-los, mas sim, inclusive a cuidar deles da mesma forma que cuido de meu corpo e de minha pessoa. Finalmente, me leva a dar-me conta de quanto amor Deus tem por mim que não só tem querido deixar-me sua Palavra, sua Eucaristia, mas sim, inclusive, quer viver nesta humilde casa. Por isso, Paulo dizia: “... somos como vasos de barro que contêm um tesouro incalculável...” (cf. 2Cor 4,7). Ore, e descobrirá esta presença amorosa em teu corpo, em teu coração.
ORAÇÃO INICIAL
• Senhor de poder e de misericórdia, que tens querido fazer digno e agradável por, por favor, teu o serviço de teus fiéis, concede-nos caminhar sem tropeços para os bens que nos prometestes. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO
João 2,13-22
• O CONTEXTO. Esta passagem contém um ensinamento claro e inequívoco de Jesus no templo. Anteriormente, João Batista havia dado testemunho de Jesus dizendo que era o Messias (1,29); os primeiros discípulos trazem a indicação de João Batista, o reconhecem como o Cordeiro de Deus, que era uma nota messiânica: inaugurar uma nova páscoa e uma nova aliança, realizar a definitiva libertação do homem (Jo 1,35-51); em Cana, Jesus faz seu primeiro milagre para manifestar sua glória (Jo 2,1-12): a glória se torna visível, pode ser contemplada, isto é, se manifesta. É a glória do Pai, presente na pessoa de Jesus, manifestada no inicio de sua atividade, como antecipação de sua “hora” (17,1). De que maneira se manifesta sua glória? Deus estabelece gratuitamente como o homem uma nova relação, o une intimamente a Ele dando-lhe a capacidade de amar como Ele por meio do Espírito que purifica o coração do homem e o faz filho de Deus. É necessário, todavia, reconhecer o amor imutável de Deus manifestado em Jesus, respondendo com fé, ou seja, com uma adesão pessoal.
• JESUS E O TEMPLO. Agora Jesus se encontra em Jerusalém, no templo, e, dando cumprimento a profecia de Malaquias (Ml 3,1-3), se proclama messias. Esta presença de Jesus, sobretudo, seu ensinamento produz uma tensão. Agora o leitor compreenderá que as grandes disputas com os judeus sempre tenham lugar no templo; neste lugar Jesus proclama suas denuncias sustentáveis, sua missão é conduzir o povo fora do templo (2,15;10,4). No fundo, Jesus é condenado porque representa um perigo para o templo e para o povo. Jesus vai a Jerusalém pela ocasião da Páscoa dos judeus: é uma ocasião clamorosa para manifestar-se em público e para revelar a todos que Ele é o messias. Naquela festa, Jerusalém está cheia de peregrinos vindos de todas as partes e, portanto, seu procedimento teria ressonância em toda a Palestina. Chegando a Jerusalém vai rapidamente ao templo onde realizam seu trabalho diversos tipos de vendedores e cambistas… O encontro no templo não se realiza com pessoas que buscam a Deus, mas sim, com comerciantes do “sagrado”: o valor para instalar os postos de venda era entregue ao sumo sacerdote. Jesus escolhe esta ocasião (a páscoa) e este lugar (o templo) para oferecer um sinal. Pega um chicote, instrumento que simbolizava o messias castigando os vícios e as más práticas, e expulsa todos do templo junto com as ovelhas e os bois. É digno de notar sua polêmica contra os vendedores de pombas (v.12). A pomba era um animal que se usava nos holocaustos propiciatórios (Lv 1,14-17), nos sacrifícios de expiação e de purificação (Lv 12,8;15,14.29), sobretudo, os que a ofereciam eram os pobres (Lv 5,7; 14,22.30ss). Aqui, os comerciantes vendem as pombas, isto é, vendem por dinheiro a reconciliação com Deus.
• A CASA DE MEU PAI. A expressão indica que, em seu trabalho, Jesus se comporta como Filho, que Ele representa o Pai no mundo. Transformaram o culto a Deus em comércio. O templo já não é lugar de encontro com Deus, mas sim, um mercado onde impera a presença do dinheiro. O culto se converteu em pretexto para o lucro. Jesus ataca a instituição central de Israel, o templo, símbolo do povo eleito. Denuncia que o templo foi usurpado de sua função histórica: ser símbolo da morada de Deus no meio de seu povo. A primeira reação ao gesto de Jesus vem de parte dos discípulos, que o associam ao salmo 69,10: “o zelo por tua casa me devorará”. A segunda reação vem por parte dos sumos sacerdotes, que reagem em nome dos vendedores: “que sinal nos mostra para fazer estas coisas” (v. 18). Pedem-lhe um sinal; Ele lhes dá o de sua morte: “destruí este templo e em três dias o reedificarei” (v.19). Jesus é o templo que assegura a presença de Deus no mundo, a presença de seu amor, a morte na cruz fará Dele o templo único e definitivo de Deus. O templo construído por mãos de homens cairá; Jesus o substituirá, porque Ele é agora a presença de Deus no mundo; Nele está presente o Pai.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
• Você compreendeu que o sinal do amor de Deus para você não é o templo, mas sim, uma pessoa, Jesus crucificado?
• Você sabe que este sinal lhe é oferecido pessoalmente para a tua libertação definitiva?
ORAÇÃO FINAL
• (SALMO 46,2-3)
• Hoje trabalharei para socorrer Cristo no que pede atenção, meu tempo, consolo, ânimo, compaixão e ajuda material.
PRIMEIRA LEITURA: 1Corintios 3, 9-11.16-17
• Talvez uma das experiências mais fortes que o homem pode chegar a ter em sua vida é descobrir-se habitado por Deus, o dar-se conta de que Deus vive dentro dele como em um templo. Quando o homem se da conta disto interiormente, isto, é o que Karl Rahner chama: a “auto-comunicação de Deus com o homem”, sua vida se transforma ESSENCIALMENTE. Por um lado, nosso corpo adquire o valor que Deus lhe tem dado, por isso a embriaguez, o tabagismo, as noitadas freqüentes não tem sentido. Por outro lado, o reconhecer que o corpo de meus irmãos e irmãs é templo de Deus, me leva, não só a respeitá-los, mas sim, inclusive a cuidar deles da mesma forma que cuido de meu corpo e de minha pessoa. Finalmente, me leva a dar-me conta de quanto amor Deus tem por mim que não só tem querido deixar-me sua Palavra, sua Eucaristia, mas sim, inclusive, quer viver nesta humilde casa. Por isso, Paulo dizia: “... somos como vasos de barro que contêm um tesouro incalculável...” (cf. 2Cor 4,7). Ore, e descobrirá esta presença amorosa em teu corpo, em teu coração.
ORAÇÃO INICIAL
• Senhor de poder e de misericórdia, que tens querido fazer digno e agradável por, por favor, teu o serviço de teus fiéis, concede-nos caminhar sem tropeços para os bens que nos prometestes. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO
João 2,13-22
• O CONTEXTO. Esta passagem contém um ensinamento claro e inequívoco de Jesus no templo. Anteriormente, João Batista havia dado testemunho de Jesus dizendo que era o Messias (1,29); os primeiros discípulos trazem a indicação de João Batista, o reconhecem como o Cordeiro de Deus, que era uma nota messiânica: inaugurar uma nova páscoa e uma nova aliança, realizar a definitiva libertação do homem (Jo 1,35-51); em Cana, Jesus faz seu primeiro milagre para manifestar sua glória (Jo 2,1-12): a glória se torna visível, pode ser contemplada, isto é, se manifesta. É a glória do Pai, presente na pessoa de Jesus, manifestada no inicio de sua atividade, como antecipação de sua “hora” (17,1). De que maneira se manifesta sua glória? Deus estabelece gratuitamente como o homem uma nova relação, o une intimamente a Ele dando-lhe a capacidade de amar como Ele por meio do Espírito que purifica o coração do homem e o faz filho de Deus. É necessário, todavia, reconhecer o amor imutável de Deus manifestado em Jesus, respondendo com fé, ou seja, com uma adesão pessoal.
• JESUS E O TEMPLO. Agora Jesus se encontra em Jerusalém, no templo, e, dando cumprimento a profecia de Malaquias (Ml 3,1-3), se proclama messias. Esta presença de Jesus, sobretudo, seu ensinamento produz uma tensão. Agora o leitor compreenderá que as grandes disputas com os judeus sempre tenham lugar no templo; neste lugar Jesus proclama suas denuncias sustentáveis, sua missão é conduzir o povo fora do templo (2,15;10,4). No fundo, Jesus é condenado porque representa um perigo para o templo e para o povo. Jesus vai a Jerusalém pela ocasião da Páscoa dos judeus: é uma ocasião clamorosa para manifestar-se em público e para revelar a todos que Ele é o messias. Naquela festa, Jerusalém está cheia de peregrinos vindos de todas as partes e, portanto, seu procedimento teria ressonância em toda a Palestina. Chegando a Jerusalém vai rapidamente ao templo onde realizam seu trabalho diversos tipos de vendedores e cambistas… O encontro no templo não se realiza com pessoas que buscam a Deus, mas sim, com comerciantes do “sagrado”: o valor para instalar os postos de venda era entregue ao sumo sacerdote. Jesus escolhe esta ocasião (a páscoa) e este lugar (o templo) para oferecer um sinal. Pega um chicote, instrumento que simbolizava o messias castigando os vícios e as más práticas, e expulsa todos do templo junto com as ovelhas e os bois. É digno de notar sua polêmica contra os vendedores de pombas (v.12). A pomba era um animal que se usava nos holocaustos propiciatórios (Lv 1,14-17), nos sacrifícios de expiação e de purificação (Lv 12,8;15,14.29), sobretudo, os que a ofereciam eram os pobres (Lv 5,7; 14,22.30ss). Aqui, os comerciantes vendem as pombas, isto é, vendem por dinheiro a reconciliação com Deus.
• A CASA DE MEU PAI. A expressão indica que, em seu trabalho, Jesus se comporta como Filho, que Ele representa o Pai no mundo. Transformaram o culto a Deus em comércio. O templo já não é lugar de encontro com Deus, mas sim, um mercado onde impera a presença do dinheiro. O culto se converteu em pretexto para o lucro. Jesus ataca a instituição central de Israel, o templo, símbolo do povo eleito. Denuncia que o templo foi usurpado de sua função histórica: ser símbolo da morada de Deus no meio de seu povo. A primeira reação ao gesto de Jesus vem de parte dos discípulos, que o associam ao salmo 69,10: “o zelo por tua casa me devorará”. A segunda reação vem por parte dos sumos sacerdotes, que reagem em nome dos vendedores: “que sinal nos mostra para fazer estas coisas” (v. 18). Pedem-lhe um sinal; Ele lhes dá o de sua morte: “destruí este templo e em três dias o reedificarei” (v.19). Jesus é o templo que assegura a presença de Deus no mundo, a presença de seu amor, a morte na cruz fará Dele o templo único e definitivo de Deus. O templo construído por mãos de homens cairá; Jesus o substituirá, porque Ele é agora a presença de Deus no mundo; Nele está presente o Pai.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
• Você compreendeu que o sinal do amor de Deus para você não é o templo, mas sim, uma pessoa, Jesus crucificado?
• Você sabe que este sinal lhe é oferecido pessoalmente para a tua libertação definitiva?
ORAÇÃO FINAL
• (SALMO 46,2-3)
• Hoje trabalharei para socorrer Cristo no que pede atenção, meu tempo, consolo, ânimo, compaixão e ajuda material.
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