terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Lectio Divina - 11/02/14


TERÇA-FEIRA -11/02/2014


PRIMEIRA LEITURA: 1Reis 8,22-23.27-30


Esta bela oração pronunciada por Salomão na festa da dedicação do templo, expressa com toda clareza e profundidade o que Deus pensa sobre seu templo. O templo será diante de tudo, um lugar de oração e de encontro com Deus. Por isso, é triste que venhamos ao templo unicamente aos domingos e talvez, por rotina, cheios de tédio e aborrecimento. É lamentável a atitude de muitos irmãos que trazem seus filhos e não os instruem sobre a realidade do lugar sagrado no qual estão deixando-os correr e gritar, subir nos bancos e brincar neles como se estivessem no parque. No templo devemos encontrar ordinariamente o silêncio e a paz que propiciam a oração e dentro de nossas assembléias, o espaço para o louvor e a comunhão. As imagens e demais adornos, nos convidam a contemplar as realidades celestiais infundindo no cristão santos sentimentos de devoção e reconhecimento. Devemos, pois, recobrar o amor pela casa do Senhor, de maneira que nossos filhos e as futuras gerações voltem a encontrar nele, o espaço ideal para a oração e para a comunhão com Deus. Esforce-te em tudo o que esteja a teu alcance para que a casa de Deus seja um santuário de paz.



ORAÇÃO INICIAL 

Protege Senhor, com amor minha família, defenda-a sempre, já que só em ti foi colocada sua esperança. Por nosso Senhor...


REFLEXÃO

Marcos 7,1-13

O Evangelho de hoje fala dos costumes religiosos daquele tempo e dos fariseus que ensinavam estes costumes as pessoas. Por exemplo, come sem lavar as mãos, ou, como eles diziam, comer com as mãos impuras. Muitos destes costumes estavam desligados da vida e haviam perdido seu sentido. Todavia, conservavam-se ou por medo ou por superstição. O Evangelho nos trás algumas instruções de Jesus a respeito destes costumes.

Marcos 7,1-2: Controle dos fariseus e liberdade dos discípulos. Os fariseus e alguns escribas, vindos de Jerusalém, observavam como os discípulos de Jesus comiam com mãos impuras. Aqui existem três pontos que merecem ser assinalados: (a)-Os escribas eram de Jerusalém, da capital! Significa que haviam vindo para observar e controlar os passos de Jesus. (b)-Os discípulos não lavavam as mãos para comer! Significa que a convivência com Jesus os valorizou para transgredir as normas que a tradição impunha as pessoas, porém, estas normas haviam perdido seu sentido para a vida. (c)-O costume de lavar as mãos, que existe até hoje, e, continua sendo uma norma importante de higiene, tinha para eles um significado religioso que servia para controlar e discriminar as pessoas.

Marcos 7,3-4: A Tradição dos Antigos. “A Tradição dos Antigos” transmitia as normas que deviam ser observadas pelas pessoas para conseguir a pureza exigida pela lei. A observância da pureza era um assunto muito sério para as pessoas daquele tempo. Eles pensavam que uma pessoa impura não podia receber a benção prometida por Deus a Abraão. As normas de pureza eram ensinadas para abrir o caminho até Deus, fonte de paz. Na realidade, no entanto, em vez de ser uma fonte de paz, as normas era uma prisão, um cativeiro. Para os pobres, era praticamente impossível observar muitas normas, os costumes e as leis. Por isto, eles eram desprezados como pessoas ignorantes e malditos que não conheciam a lei (Jo 7,49).

Marcos 7,5: Escribas e fariseus criticam o comportamento dos discípulos de Jesus. Os escribas e fariseus perguntam a Jesus: “Por que é que teus discípulos não vivem conforme a tradição dos antepassados, mas sim, comem com mãos impuras?”. Eles fingem que estão interessados em conhecer o “porque” do comportamento dos discípulos. Na realidade, criticam Jesus porque permite que os discípulos não cumpram com as normas de pureza. Os fariseus formavam uma espécie de irmandade, cuja principal preocupação era a de observar todas as leis de pureza. Os escribas eram os responsáveis pela doutrina. Ensinavam as leis relativas à observância de pureza.

Marcos 7,6-13: Jesus critica a incoerência dos fariseus. Jesus responde citando Isaias: Este povo me honra só com os lábios, porém seu coração continua longe de mim (cf. Is 29,13). Insistindo nas normas de pureza, os fariseus esvaziavam o conteúdo dos mandamentos da lei de Deus. Jesus cita um exemplo concreto. Eles diziam: a pessoa que oferece ao templo seus bens, não pode usá-los para ajudar os pais necessitados. Assim, em nome da tradição esvaziava de conteúdo o quarto mandamento que manda “amar pai e mãe”. Estas pessoas pareciam muito observantes, porém, só eram por fora. Por dentro, seu coração ficava longe de Deus! Como diz o canto: “Seu nome é Senhor e passa fome, e clama pela boca do faminto, e muitos que o vêm passam longe, às vezes, para chegar primeiro ao Templo!”. No tempo de Jesus, as pessoas, em sua sabedoria, não concordavam com tudo o que se ensinava. Esperavam que um dia o messias viesse indicar outro caminho para alcançar a pureza. Em Jesus se realiza esta esperança.




PARA REFLEXÃO PESSOAL

Conhece algum costume religioso de hoje que já não tem muito sentido, porém, continua sendo ensinado?
Os fariseus eram judeus praticantes, porém, sua fé ativa era desligada da vida das pessoas. Por isso, Jesus os criticou. E hoje, Jesus nos criticaria? Em quê?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 8,2.4-5)
Hoje terei alguns momentos de tranqüilidade pessoal para louvar a Deus que habita em meu interior e deixarei que me fale para fazer sua vontade.






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