DIA 02/03/15
PRIMEIRA LEITURA -- Daniel 9,4-10
- Talvez,
um dos grandes problemas com qual o qual a conversão enfrenta é o
reconhecer, a partir do mais profundo de nosso coração, que somos
pecadores. É que não é fácil reconhecer que somos fracos e, por isso,
geralmente procuramos DESCULPAR nossas culpas e isto faz que seja difícil
sair de nosso pecado ou superar nossas debilidades. Nesta passagem que nos
apresenta a Sagrada Escritura, vemos com que humildade e simplicidade o
profeta reconhece, não só o pecado pessoal, mas sim o coletivo. Ele sabe
que o desterro que padecem é o fruto de seu pecado, porém, ao mesmo tempo
sabe que seu Deus é um Deus de misericórdia. Não continuemos mascarando ou
justificando nosso pecado e nossa debilidade, sejamos honestos conosco
mesmo e declaremos diante de Deus e de seu ministro nossa debilidade. Deus
é amor, e por esse amor esse amor nos perdoará, porém, mais ainda, esta
ação é a que nos permitirá superar nosso pecado e viver continuamente na
graça e no amor de Deus.
ORAÇÃO INICIAL
- Senhor
Pai Santo, que para nosso bem espiritual nos mandaste dominar nosso corpo
mediante a austeridade, ajuda-nos a libertar-nos da sedução do pecado e a
entregar-nos ao cumprimento filial de tua santa lei. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO -- Lucas 6,36-38
- Os
três breves versículos do evangelho de hoje constituem a parte final de um
breve discurso de Jesus. Na primeira parte deste discurso, ele se dirige
aos discípulos e aos ricos proclamando para os discípulos quatro
bem-aventuranças e, para os ricos quatro maldições. Na segunda parte,
dirige-se a todos os que não ouvem, a saber, aquela multidão imensa de
pobres e enfermos, vinda de todos os lados. As palavras que diz a esta
multidão e a todos nós são exigentes e difíceis: amar aos inimigos (Lc
6,27), não maldizer (Lc 6,28), oferecer a outra face aos que te golpeiam a
rosto e não reclamar quando alguém toma o que é nosso (Lc 6,29). Como
entender estes conselhos exigentes? As explicações são dadas por três
versículos do evangelho de hoje, de onde tiramos o centro da Boa Nova que
Jesus veio nos trazer.
- Lucas
6,36: Ser misericordioso como vosso Pai é misericórdia. As
bem-aventuranças para os discípulos
e as maldições contra os ricos não podem ser interpretadas como uma
ocasião para que os pobres se vinguem dos ricos. Jesus manda ter uma
atitude contrária. E diz: “Amai vossos inimigos!” (Lc 6,27). A mudança ou
a conversão que Jesus quer realizar em nós não consistem em algo
superficial somente para inverter o sistema, pois, assim nada mudaria. Ele
quer mudar o sistema. A Novidade que Jesus quer construir vem de nova
experiência que tem de Deus como Pai/Mãe cheio de ternura que acolhe a
todos, bons e maus, que faz brilhar o sol sobre maus e bons e faz chover
sobre justos e injustos (Mt 5,45). O amor verdadeiro não depende do que eu
recebo do outro. O amor dever querer o bem do outro independentemente do
que ele ou ela fazem por mim. Pois, assim é o amor de Deus por nós. Ele é
misericordioso não somente para com os bons, mas sim para com todos, até
“com os ingratos e com os maus” (Lc 6,35). Os discípulos e as discípulas
de Jesus devem irradiar este amor misericordioso.
- Lucas
6,37-38: Não julgai e não sereis julgados. Estas palavras finais repetem
de forma mais clara o que ele havia dito anteriormente: “Assim, pois,
tratai aos demais como quereis que eles lhe tratem” (Lc 6,31, conf. Mt
7,12). Se não desejas ser julgado, não julgues! Se não desejas ser
condenado, não condenes! Se queres ser perdoado, perdoe! Não fique
esperando até que o outro tome a iniciativa, tome você a iniciativa e
comece já! E verás que tudo isto ocorre.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
- A
Quaresma é tempo de conversão. Qual é a conversão que o evangelho de hoje
me pede?
- Tem
procurado ser misericordioso como o Pai do céu é misericordioso?
ORAÇÃO FINAL
- (SALMO
79,9)
- Hoje
farei um exame de consciência, colocando maior ênfase nas áreas de minha
vida que mais me custa render à Deus; as apresentarei em oração deixando
de racionalizar, declarando o que delas é pecado e pedindo perdão de
coração.
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