terça-feira, 17 de março de 2015

Lectio Divina - 17/03/15



DIA 17/03/15
PRIMEIRA LEITURA à Ezequiel 47,1-9.12 
  • Jesus veio para fazer tudo novo, para dar-nos uma vida nova. Da mesma maneira como a água da profecia de Ezequiel mudava o mar em água doce, assim o amor e a graça de Deus transformam nossa amargura, solidão e frustração em paz e alegria. Nos fecunda para que nossa vida estéril dê fruto e para que este fruto permaneça. Esta pausa que faz a Quaresma nos “foca” em nossa vida cristã e nos faz desejar com todas as nossas forças que os frutos da redenção se façam presentes em nós, em nossa vida e em nossa família. A Água pura do Espírito vivifica, renova e cura. Se quiseres que este efeito vivificador de Deus vá se realizando em sua vida, incremente um pouco tua oração, verás então grandes e profundas mudanças em tua vida.
ORAÇÃO INICIAL
  • Pedimos-te Senhor, que as práticas santas desta Quaresma disponham o coração de teus fiéis para celebrar dignamente o mistério pascal e anunciar à todos os homens a grandeza de tua salvação. Por Nosso Senhor…
REFLEXÃOà João 5,1-16
  • O evangelho de hoje descreve como Jesus cura um paralítico que ficou esperando 38 anos para que alguém lhe ajudasse a chegar a água da piscina para curar-se. Trinta e oito anos! Diante essa ausência total de solidariedade, o que é que faz Jesus? Não respeita a lei do sábado curando o paralítico. Hoje, faltam pessoas que atendam os enfermos nos países pobres, muita gente experimenta essa mesma falta de solidariedade. Vivem no abandono total, sem ajuda, sem solidariedade por parte de ninguém.
  • JOÃO 5,1-2: JESUS VAI À JERUSALÉM. Na ocasião de uma festa dos judeus, Jesus vai para Jerusalém. Havia ali, próximo ao Templo, uma piscina com cinco pórticos ou passagens. Naquele tempo, o culto no Templo exigia o uso de muita água para os numerosos animais que eram sacrificados, sobretudo, nas grandes festas. Por isto, ao lado do Templo, havia diversas cisternas com mais de um milhão de litros de água. E próximo dali, graças a abundância de água, havia um balneário público, onde os enfermos se aglomeravam à espera de ajuda ou de cura. A arqueologia informa que, naquele mesmo lugar do Templo, havia outro lugar onde os escribas ensinavam a lei aos estudantes. Por um lado, o ensinamento da Lei de Deus. Por outro, o abandono dos pobres. E a água purificava o Templo, porém não purificava as pessoas.
  • JOÃO 5,3-4: A SITUAÇÃO DOS ENFERMOS. Esses enfermos se sentiam atraídos pelas águas do balneário. Diziam que um anjo removia as águas e o primeiro que chegasse depois desse movimento do anjo ficaria curado. Disto com outras palavras, os enfermos se sentiam atraídos por falsas esperanças. Pois, a cura, era só para uma única pessoa. Como as loterias de hoje! Só uma pessoa ganha o prêmio! A maioria somente paga e não ganha nada. E nesta situação de total abandono, ali no balneário popular, Jesus encontra os enfermos.
  • JOÃO 5,5-9: JESUS CURA NO DIA DE SÁBADO. Bem próximo do lugar onde se ensinava a observância da Lei de Deus, um paralítico ficou por 38 anos a espera de alguém que lhe ajudasse a chegar até a água para que se curasse. Este fato revela a absoluta falta de solidariedade e de acolhida aos excluídos. O número 38 indicava a duração de uma geração (Dt 2,14). É toda uma geração que não chega a experimentar nem solidariedade, nem misericórdia. A religião da época não era capaz de revelar o rosto acolhedor e misericordioso de Deus. Diante desta situação dramática, Jesus não observa a lei do sábado e se ocupa do paralítico dizendo: “Toma tua cama e anda!”. O homem agarra sua cama e se vai, e Jesus desaparece no meio da multidão.
  • JOÃO 5,10-13: DISCUSSÃO DO HOMEM CURADO COM OS JUDEUS. Chegam imediatamente alguns judeus e criticam o homem por carregar sua cama no dia de sábado. O homem não sabe responder a pergunta de quem o havia curado. Não conhecia Jesus. Isto significa que Jesus, ao passar por esse lugar de pobres e enfermos, viu aquele homem, percebeu a situação dramática na qual se encontrava, cura-o. Não faz isto para que se converta, nem para que acredite em Deus. O faz, apenas para ajudar-lhe. Queria que o homem pudesse experimentar um pouco de amor e solidariedade mediante sua ajuda e seu afeto.
  • JOÃO 5,14-16: O REENCONTRO COM JESUS. Ao ir ao Templo no meio da multidão, Jesus encontra a mesma pessoa e lhe diz: “Veja, recobrou a saúde! Não peques mais para que não te aconteça pior!”. Naquele tempo, a pessoa dizia: “A enfermidade é castigo de Deus! Se tens paralisia, é sinal de que Deus não está bem contigo”. Jesus não concorda com este modo de pensar. Ao curar o homem, estava dizendo o contrário: “Tua enfermidade não é um castigo de Deus. Deus está contigo”. Uma vez curado, o homem deve tratar de não pecar mais, para que não lhe aconteça algo pior. Porém, ingenuamente, o homem vai dizer aos judeus que Jesus era quem lhe havia curado. Os judeus começam a perseguir Jesus porque faz coisas no dia de sábado. No Evangelho de amanhã veremos como continua.
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Você já teve uma experiência semelhante a do paralítico, ficando algum tempo sem ajuda? Como é a situação de assistência aos enfermos no lugar onde você vive? Existem sinais de solidariedade?
  • O que isto ensina a nós?
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 45)
  • Hoje procurarei alguma oração do Espírito Santo para ser repetida constantemente o dia todo. E, além disso, procurarei ser benção para alguma pessoa a meu redor.





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