quarta-feira, 18 de março de 2015

Lectio Divina - 18/03/15



DIA 18/03/15
PRIMEIRA LEITURA à Isaias 49,8-15
  • Essa passagem tem uma estrutura bem equilibrada. Começa com a procissão triunfal de volta a Israel. A parte central da profecia é uma reafirmação para Sião. Depois, o poeta volta à reunião dos exilados, dessa vez, vistos da posição vantajosa de Sião. Finalmente, conclui com dois breves oráculos que afirmam o poder salvífico do Senhor. Os versos mais notáveis desta passagem são com certeza os de 49,15 “Porventura a mulher esquece sua criança de peito...?”. Juntamente com a masculina, a experiência feminina serve de analogia para Deus. A analogia da mãe é, então, transferida para Sião. A abundância de filhos é indicativa da idéia hebraica de salvação – abundância de vida na terra de Israel.
ORAÇÃO INICIAL
  • Senhor, nosso Deus, que concedes aos justos o prêmio de seus méritos e aos pecadores que fazem penitência lhes perdoa seus pecados, tem piedade de nós e dá-nos, por humilde confissão de nossas culpas, tua paz e teu perdão. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à João 5,17-30
  • O evangelho de João é distinto dos outros três. Revela uma dimensão mais profunda que só a fé consegue perceber nas palavras e nos gestos de Jesus. Os Pais da Igreja diziam que o Evangelho de João é “espiritual”, revela aquilo que o Espírito nos mostra nas palavras de Jesus (cf. Jo 16,12-13). Um bonito exemplo desta dimensão espiritual do evangelho de João é a passagem que meditamos hoje.
  • João 5,17-18: Jesus explicita o profundo significado da cura do paralítico. Criticado pelos judeus por haver curado em dia de sábado, Jesus responde “Meu Pai trabalha até agora, e eu também trabalho”. Os judeus ensinavam que no dia de sábado não se podia trabalhar, pois, o próprio Deus descansou e não trabalhou no sétimo dia da criação (Ex 20,8-11). Jesus afirma o contrário. Ele disse que o Pai não parou de trabalhar “até agora”. Por isto, Jesus também trabalha até no dia de sábado. Ele imita o Pai! Para Jesus, a obra criadora não terminou. Deus continua trabalhando, sem cessar, dia e noite, sustentando o universo e a todos nós. Jesus colabora com o Pai dando continuidade na obra da criação, para que um dia todos possam entrar no repouso prometido. A reação dos judeus foi violenta. Queriam matá-lo por dois motivos: por negar o sentido do sábado, e por considerar-se igual a Deus.
  • João 5,19-21: O amor deixa transparecer a ação criadora de Deus. Estes versículos revelam algo do mistério da relação entre Jesus e o Pai. Jesus, o filho, vive em atenção permanente diante do Pai. Aquilo que vê o Pai fazer, o faz também. Jesus é o reflexo do Pai. É a cara do Pai! Esta total atenção do Filho ao Pai, faz com que o amor do Pai possa entrar no Filho, e através do Filho, pode realizar sua ação no mundo. A grande preocupação do Pai é vencer a morte e dar vida. A cura do paralítico foi uma maneira de tirar as pessoas da morte e fazê-las viver. É uma maneira de dar continuidade à obra criadora do Pai.
  • João 5,22-23: O Pai não julga, porém, confia no juízo do filho. O decisivo na vida é a maneira na qual nos colocamos diante do Criador, pois, dependemos radicalmente Dele. O Criador se faz presente para nós em Jesus. Em Jesus habita a plenitude da divindade (cf. Col 1,19). Por isto, expressamos nossa postura diante de Deus Criador na maneira em nos definimos diante de Jesus. O que o Pai quer é que os conheçamos e o honremos na revelação que Ele faz se si mesmo em Jesus.
  • João 5,24: A vida de Deus em nós através de Jesus. Deus é vida, é força criadora. Ali onde Ele se faz presente, a vida renasce. Ele se faz presente mediante a Palavra de Jesus. Quem ouve a palavra de Jesus como enviado de Deus já está ressuscitado. Já recebeu o toque vivificador que o leva além da morte. Já passou da morte para a vida. A cura do paralítico é a prova disso.
  • João 5,25-29: A ressurreição já está acontecendo. Os mortos somos todos nós que, todavia, não nos abrimos a voz de Jesus que vem do Pai. Porém, “chega a hora (já estamos nela), em que os mortos ouviram a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Com a Palavra de Jesus, vinda do Pai iniciou-se uma nova criação. Já está a caminho. A palavra criadora de Jesus vai alcançar todos, também aos que já morreram. Eles ouviram e morreram.
  • João 5,30: Jesus é o reflexo do Pai. “Eu não posso fazer nada por minha conta: julgo segundo o que ouço; e meu juízo é justo, porque não procuro minha vontade, mas sim, a vontade daquele que me enviou”. Esta frase final é um resumo de tudo o que foi refletido anteriormente. Esta era a idéia que as comunidades do tempo de João tinham e irradiavam a respeito de Jesus.
PARA A REFLEXÃO PESSOAL
  • Como imaginas a relação entre Jesus e o Pai?
  • Como vive a fé na ressurreição?
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 144)
  • Hoje procurarei alguém verdadeiramente necessitado de esperança, fé e amor, e lhe direi claramente que Deus lhe ama, que tem um plano para sua vida.





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