terça-feira, 16 de junho de 2015

Lectio Divina - 16/06/15


DIA 18/06/13
PRIMEIRA LEITURA à 2Corintios 8,1-9
  • Novamente Paulo nos lembra que o amor não é uma coisa sutil, mas concreta e que se manifesta com ações concretas. Nesta ocasião refere-se a ajuda econômica em favor dos pobres e mais necessitados das comunidades cristãs. Dizia um sacerdote: “quando o evangelho chega a teu bolso, pode estar seguro que já passou por teu coração”. É que, enquanto o fica na cabeça e não desce até o coração tudo vai ficando em belos pensamentos, em grandes discursos, porém, com pouca vida. No meio deste mundo materialista e consumista, onde somos com freqüência presas do egoísmo que nos leva a ENTESOURAR, a vida do Espírito nos liberta para que os dons que Deus criou e dos quais nos tem feito administradores, possam chegar a todos os homens. Recordemos sempre que não existe ninguém tão pobre que não tenha algo que compartilhar com os demais. O dinheiro só tem valor quando produz bem estar, e quando este bem estar é recebido pelos mais necessitados, se converte em benção.
ORAÇÃO INICIAL
  • Oh Deus força dos que em ti esperam, ouça nossas súplicas, pois, o homem é frágil e sem ti nada pode, concede-nos a ajuda de tua graça para guardar teus mandamentos e agradar-te com nossas ações e desejos. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à Mateus 5,43-48
  • No evangelho de hoje chegamos no topo da Montanha das Bem-aventuranças, onde Jesus proclamou a Lei do Reino de Deus, cujo ideal se resume nesta frase lapidária: “Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito” (Mt 5,48). Jesus estava corrigindo a Lei de Deus! Cinco vezes seguida havia afirmado: “Foi-lhes dito, mas Eu vos digo! (Mt 5,21.27,31.33.38). É um sinal de muita coragem de sua parte corrigir, publicamente, diante de toda as pessoas reunidas, o tesouro mais sagrado das pessoas, a raiz de sua identidade, que era a Lei de Deus. Jesus quer comunicar um novo modo de olhar para entender e praticar a Lei de Deus. O segredo para poder ter este novo olhar é a afirmação: Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”. Nunca ninguém poderá chegar a dizer: “Hoje fui perfeito como o Pai celestial é perfeito!”. Estaremos sempre por baixo diante da medida que Jesus nos tem colocado. Por que é que Ele nos colocou diante de um ideal que para nós os mortais é impossível alcançar?
  • Mateus 5,43-45: OUVISTES QUE LHES FOI DITO: AMARÁS TEU PRÓXIMO E ODIARÁS TEU INIMIGO. Nesta frase Jesus explicita a mentalidade com a qual os escribas explicavam a lei; mentalidade que nascia das divisões entre judeus e não judeus, entre próximo e não próximo, entre santo e pecador, entre puro e impuro, etc. Jesus manda terminar com esta pretensão nascida de divisões interessadas. Manda superar as divisões. “Pois Eu vos digo: Amai vossos inimigos e rogai pelos que os perseguem, para que sejais filhos de vosso Pai celestial, que faz nascer o sol sobre maus e bons, e chover sobre justos e injustos. Porque se amais aos que os amam, que recompensa vai ter?”. Aqui encontramos a fonte, onde brota a novidade do Reino. Esta fonte é o próprio Deus, reconhecido como Pai, que faz nascer o sol sobre maus e bons. Jesus manda que imitemos a este Deus: “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito” (5,48). É imitando este Deus que criaremos uma sociedade justa, radicalmente nova:
  • Mateus 5,46-48: SER PERFEITO COMO O PAI CELESTIAL É PERFEITO. Tudo se resume em imitar a Deus: “Porque se amais aos que os amam, que recompensa vai ter? Não fazem isso também os publicanos? E se não cumprimentais mais que vossos irmãos, o que fazeis de particular? Não fazem isto também os gentis? Vós, pois, sede perfeitos como é perfeito vosso Pai celestial” (Mt 5,43-48). O amor é o principio e o fim de tudo. Não existe maior amor que o dar a vida pelos irmãos (Jo 15,13). Jesus imitou o Pai e revelou seu amor. Cada gesto, cada palavra de Jesus, desde o nascimento até a hora da morte na cruz, era uma expressão deste amor criador que não depende do presente que recebe, nem discrimina o outro por motivo de raça, sexo, religião ou classe social, mas, nasce de um querer ao outro, gratuitamente. Foi um crescendo continuo desde o nascimento até a morte na Cruz.
  • A MANIFESTAÇÃO PLENA DO AMOR CRIADOR EM JESUS. Foi quando na Cruz ofereceu o perdão ao soldado que o torturava e o matava. O soldado, empregado do império, tomou o pulso de Jesus e o apoiou sobre o braço da cruz, em seguida colocou um cravo e começou a dar golpes. Várias marteladas. O sangue corria. O corpo de Jesus se contorcia pela dor. O soldado, mercenário ignorante, alheio ao que estava fazendo e ao que estava ocorrendo a seu redor, continuava dando golpes como se fosse um prego na parede da casa para colocar um quadro. Neste momento Jesus dirige ao Pai esta oração: “Pai, perdoa! Não sabem o que fazem!” (Lc 23,34). Por mais que os homens quisessem a falta de humanidade não conseguiram apagar em Jesus a humanidade. Eles o prenderam, o insultaram, cuspiram no rosto, deram-lhe tapas, fizeram-lhe dele um rei palhaço com a coroa de espinhos na cabeça, flagelaram-lhe, torturaram-lhe, fizeram-lhe andar pelas ruas como um criminoso, teve que ouvir os insultos das autoridades religiosas, no calvário o deixaram totalmente nu à vista de todos e de todas.
  • Porém o veneno da falta de humanidade não conseguiu alcançar a fonte da humanidade, que brotava de dentro de Jesus. A água que brotava de dentro era mais forte que o veneno que vinha de fora, querendo de novo contaminá-lo todo. Olhando aquele soldado ignorante e bruto, Jesus teve pena dele e rezou por ele e por todos: “Pai, perdoa!”. E até consegue uma desculpa: “São ignorantes. Não sabem o que estão fazendo!”. Diante do Pai, Jesus se fez solidário dos que o torturavam e o maltratavam. Era como o irmão que vai com seus irmãos assassinos diante do juiz e ele, vitima de seus próprios irmãos, diz ao juiz: “São meus irmãos, sabe. São ignorantes. Porém, melhorarão!”. Era como se Jesus estivesse com medo que a mínima raiva contra o soldado pudesse apagar Nele o pequeno resto de humanidade que ainda tinha dentro. Este gesto incrível de humanidade e de fé na possibilidade de recuperação daquele soldado foi a maior revelação de amor de Deus. Jesus pode morrer: “Está tudo consumado!”. E inclinando a cabeça, entrega o espírito (Jo 19,30). Realizou a profecia do Servo Sofredor (Is 53).
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Qual é a motivação mais profunda do esforço que fazes para observar a Lei de Deus: merecer a salvação ou agradecer a bondade imensa de Deus que te criou, que te mantém vivo e te salva?
  • Como entende esta frase: “ser perfeito como o Pai celestial é perfeito?”.
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 51,3-4)
  • Hoje procurarei algum pobre na rua e lhe darei algo de comer.





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