quinta-feira, 18 de junho de 2015

Lectio Divina - 18/06/15


DIA 18/06/15
PRIMEIRA LEITURA à 2Corintios 11,1-11
  •  Em meio a este mundo cheio de confusão onde se levantam profetas por toda parte, com novas e diferentes doutrinas, como saber qual é a verdade? A resposta é muito simples: a verdade está na Igreja. Jesus não unicamente nos deixou a Escritura, mas, colocou os pastores na figura de nossos bispos, e de maneira particular Pedro na figura do Papa para que, guiados pela luz do Espírito e em concordância com a Tradição, todos tenham discernimento e nos levem sempre à beber das águas que dão Vida. Por isso, quem se separa da Igreja, corre o risco de perder-se e de criar e aceitar doutrinas errôneas. Só na Igreja sabemos que estamos seguindo ao Bom Pastor, e que o Evangelho e sua interpretação é a que Jesus quis e quer para todos e cada um de seus discípulos. Fora da comunhão eclesial com o Bispo, quem pode discernir se o que leio na Escritura é verdade? Inclusive, quem pode esclarecer-me que a própria Bíblia é “Palavra de Deus”? Santo Agostinho dizia: “Eu acredito na Escritura, porque é minha Mãe Igreja quem me ensina e me afirma que é verdade”. Não é fácil aceitar alguns dos ensinamentos da Igreja (sobretudo, na questão de justiça e moral), no entanto, nossa Mãe está unicamente fazendo é ser fiel a mensagem que Jesus lhe encomendou.

ORAÇÃO INICIAL
  • Oh Deus força dos que em ti esperam, ouça nossas súplicas, pois, o homem é frágil e sem ti nada pode, concede-nos a ajuda de tua graça para guardar teus mandamentos e agradar-te com nossas ações e desejos. Por Nosso Senhor...
REFLEXÃO à Mateus 6,7-15
  • O evangelho de hoje nos apresenta a oração do Pai Nosso, o Salmo que Jesus nos deixou. Existem duas redações do Pai Nosso: a de Lucas (Lc 11,1-4) e a de Mateus (Mt 6,7-13). A redação de Lucas é mais breve. Lucas escreve para as comunidades que vinham do paganismo. Procura ajudar as pessoas que estão iniciando o caminho da oração. No evangelho de Mateus, o Pai Nosso está naquela parte do Sermão do Monte, onde Jesus orienta aos discípulos e as discípulas na prática das três obras de piedade: esmola (Mt 6,1-4), oração (Mt 6,5-15) e jejum (Mt 6,16-18). O Pai Nosso é parte de uma catequese para judeus convertidos. Eles já estavam acostumados a rezar, porém, tinham certos vícios que Mateus procura corrigir. No Pai Nosso Jesus resume todo seu ensinamento em sete preces dirigidas ao Pai. Nestes sete pedidos, retoma as promessas do Antigo Testamento e manda pedir ao Pai que Lhe ajude a realizá-las. Os três primeiros falam de nossa relação com Deus. Os outros quatro têm a ver com nossa relação com os demais.
  • Mateus 6,7-8: A INTRODUÇÃO AO PAI NOSSO. Jesus critica as pessoas para quem a oração era uma repetição de fórmulas mágicas, de palavras fortes, dirigidas a Deus para obrigá-lo a responder a seus pedidos e necessidades. Quem reza deve procurar em primeiro lugar o Reino, muito mais que os interesses pessoais. A acolhida da oração por parte de Deus não depende da repetição das palavras, mas sim, da bondade de Deus que é Amor e Misericórdia. Ele quer nosso bem e conhece nossas necessidades, antes que recitemos nossas orações.
  • Mateus 6,9ª: AS PRIMEIRAS PALAVRAS: “Pai Nosso, que estás no céu!”. Abba, Pai, é o nome que Jesus usa para dirigir-se a Deus. Expressa a intimidade que tinha com Deus e manifesta a nova relação com Deus que deve caracterizar ávida da pessoa nas comunidades cristãs (Gl 4,6;Rm 8,15). Mateus acrescenta ao nome do Pai o adjetivo “nosso” e a expressão “estás no Céu”. A oração verdadeira é uma relação que nos une ao Pai, aos irmãos e a s irmãs e a natureza. A familiaridade com Deus não é intimista, mas sim, expressa a consciência de pertencer à grande família humana, da qual participam todas as pessoas, de todas as raças e credos: Pai Nosso. Rezar ao Pai e entrar na intimidade com Ele, é também colocar-se em sintonia com os gritos de todos os irmãos e irmãs. É buscar o Reino de Deus em primeiro lugar. A experiência de Deus como Pai é o fundamento da fraternidade universal.
  • Mateus 6,9b-10: AS TRÊS PETIÇÕES PELA CAUSA DE DEUS: o Nome, o Reino, a Vontade. Na primeira parte do Pai Nosso, pedimos para que se restaure nossa relação com Deus. Para restaurar a relação com Deus, Jesus pede (a)-a santificação do Nome revelado no Êxodo na ocasião da libertação do Egito; (b)-pede a vinda do Reino, esperado pelas pessoas depois do fracasso da monarquia; (c)-pede o cumprimento da Vontade de Deus, revelada na Lei que estava no centro da Aliança. O Nome, o Reino, a Lei: são três eixos tirados do Antigo Testamento que expressam como deve ser a nova relação com Deus. As três petições mostram que é preciso viver na intimidade com o Pai, fazendo com que seu Nome seja conhecido e amado, que seu Reino de amor e de comunhão se torne realidade, e que se faça sua Vontade assim na terra como no céu. No céu, o sol e a estrelas obedecem a lei de Deus e acreditam na ordem do universo. A observância da lei Deus “assim na terra como no céu” tem que ser a fonte e o espelho de harmonia e de bem estar em toda a criação. Esta relação renovada com Deus, se torna visível na relação renovada entre nós que, por sua vez, é objeto de quatro pedidos mais: o pão de cada dia, o perdão das dívidas, o não cair em tentação e a libertação do Mal.
  • Mateus 6,11-13: OS QUATRO PEDIDOS PELA CAUSA DOS IRMÃOS: Pão, Perdão, Vitória, Liberdade. Na segunda parte do Pai Nosso, pedimos que seja restaurada e renovada a relação entre as pessoas. Os quatro pedidos mostram como devem ser transformadas as estruturas da comunidade e da sociedade para que todos os filhos e filhas de Deus vivam com igual dignidade. Pão de cada dia: O pedido do “Pão de cada dia” (Mt 6,11) lembra o maná de cada dia no deserto (Ex 16,1-36). O maná era uma “prova” para ver se a gente era capaz de caminhar segundo a Lei do Senhor (Ex 16,4), isto é, se era capaz de acumular comida só para um dia como sinal de fé que a providência divina passa pela organização fraterna. Jesus convida a realizar um novo êxodo, uma nova convivência fraterna que garanta o pão para todos. O pedido de “perdão das dívidas” (6,12) lembra o ano sabático que obrigava aos credores o perdão das dívidas aos irmãos (Dt 15,1-2). O objetivo do ano sabático e do ano jubilar (Lv 25,1-22) era de desfazer as desigualdades e começar de novo. Como rezar hoje: “Perdoa nossas ofensas assim como nós perdoamos a nossos devedores?”. Os países ricos, todos eles cristãos, se enriquecem graças à divida externa dos paises pobres. Não cair em Tentação: o pedido “não cair em tentação” (6,13) lembra os erros cometidos no deserto, onde o povo caiu em tentação (Ex 18,1-7; Nm 20,1-13; Dt 9,7-29). É para imitar Jesus que foi tentado e venceu (Mt 4,1-17). No deserto, a tentação levava a pessoa a seguir pelos caminhos, a voltar atrás, a não assumir o caminho da libertação e a reclamar de Moisés que o conduzia a liberdade. Libertação do Mal: o mal é o Maligno, Satanás, que procura desviar e que, de muitas maneiras, procura levar as pessoas a não seguir o rumo do Reino, indicado por Jesus. Tentou Jesus para abandonar o Projeto do Pai e que fosse o Messias conforme as idéias dos fariseus, dos escribas e de outros grupos. O Maligno afasta Deus e é motivo de escândalo. Entra em Pedro (Mt 16,23) e tenta Jesus no deserto. Jesus o vence (Mt 4,1-11).
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • Jesus disse “perdoa nossas dívidas”, porém, hoje rezamos “perdoa nossas ofensas”. O que é mais fácil: perdoar as ofensas ou perdoar as dívidas?
  • Como você costuma orar o Pai Nosso: mecanicamente ou colocando toda tua vida e teu compromisso nele?
ORAÇÃO FINAL

  • (SALMO 110)
  • Revisarei os textos que leio, procurarei documentos de autores cristãos, para não separar-me dos ensinamentos de minha Mãe Igreja.





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