quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Lectio Divina - 18/09/13


QUARTA-FEIRA -18/09/2013


PRIMEIRA LEITURA: 1Timoteo 3,14-16


Discute-se muito atualmente a importância e validade da Igreja não só como corpo de Cristo, mas sim como estrutura humana. Desde a antiguidade muitos fracassaram em sua vida espiritual e levaram muitos irmãos ao erro por separar-se da Igreja. Paulo sabe bem que a Igreja não é algo etéreo, de caráter unicamente espiritual, mas sim é esta precisamente “a coluna e fonte da verdade”. Santo Agostinho, que viveu no período em que ainda circulavam muitos textos relacionados com a Sagrada Escritura, porém, que não eram os textos aprovados como “Palavra de Deus”, declarou solenemente: “Eu creio na Sagrada Escritura porque é a Igreja que me assegura que é Palavra de Deus”. Deus quis confiar o depósito da fé e da revelação a Igreja, para que todo que aproxime dela beba sempre da fonte de água pura, não adulterada. Não nos deixemos levar pelo caminho fácil da dúvida e dos que nos propõem uma vida mais cômoda à margem da Escritura e da sã interpretação dada pelo magistério da Igreja. 


ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus, criador e senhor de todas as coisas, olhe-nos; e para que sintamos o efeito de teu amor, conceda-nos servir-te de todo coração. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Lucas 7,31-35


No evangelho de hoje vemos como a novidade da Boa Nova foi avançando de tal modo que as pessoas agarradas às formas antigas da fé ficavam como perdidas sem entender nada da ação de Deus. Para esconder sua falta de abertura e de compreensão elas se defendiam e buscavam pretextos infantis para justificar sua atitude de não aceitação, Jesus reage com uma parábola para denunciar a incoerência de seus adversários: “Vocês parecem com crianças que não sabem o que querem!”.

Lucas 7,31: Com quem compararei os homens desta geração? Para Jesus parece estranha a reação das pessoas e diz: “Com quem, compararei, pois, os homens desta geração? E a quem parecem?”. Quando uma coisa é evidente e as pessoas, ou por sua ignorância ou por má vontade não querem vêem ou não querem ver, é bom encontrar comparações que falam por si só.

Lucas 7,32: Como crianças, sem fundamentos. A comparação que Jesus encontra é esta: Vocês parecem a “criançinhas que estão sentadas na praça e gritam uns aos outros dizendo: no mundo inteiro existem crianças minadas e que têm a mesma reação. Reclamam quando os outros não fazem e não agem como eles querem. O motivo da queixa de Jesus é a maneira arbitrária com que, no passado, reagiram diante de João Batista e, agora no presente, diante do próprio Jesus.

Lucas 7,33-34: Sua opinião sobre João e Jesus. “Porque veio João Batista, que não comia pão e nem bebia vinho, e dizeis: Tem um demônio. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Aí tens um comilão e um beberrão, amigo de publicanos e pecadores”. Jesus foi discípulo de João Batista, acreditava nele e foi batizado por ele. Foi no batismo que Ele teve a revelação do Pai a respeito de sua missão como Messias Servo (Mc 1,10). Ao mesmo tempo, Jesus ressalta a diferença entre ele próprio e João. João era mais severo, mas ascético, nem comia, nem bebia. Ficava no deserto e ameaçava as pessoas com os castigos do Juízo Final (Lc 3,7-9). Por isto, diziam que tinha um demônio, que estava possuído. Jesus era mais acolhedor, comia e bebia com todo mundo. Andava pelos povoados e entrava na casa das pessoas, acolhia as prostitutas e aos arrecadadores de impostos. Por isto, diziam que era comilão e que se embriagava. Apesar de generalizar ao falar dos “homens desta geração” (Lc 7,31), provavelmente, Jesus tem em mente a opinião das autoridades religiosas que não acreditavam Nele (Mc 11,29-33). 

Lucas 7,35: A conclusão obvia que Jesus chega. E Jesus termina tirando a conclusão: “A sabedoria é justificada por todos os seus filhos”. A falta de seriedade e de coerência aparece claramente na opinião que emitem sobre Jesus e João. A má vontade é tão evidente que não necessitava de prova. Isto lembra a resposta de Jó a seus amigos que pretendiam ser sábios: “Quem poderia obrigá-los a guardar silêncio? Isto seria o único ato sábio de vocês!” (Jó 13,5).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Quando emito uma opinião sobre os outros, sou como os fariseus e os escribas que opinavam sobre João e Jesus? Eles apenas expressavam suas idéias preconcebidas e nada informavam sobre as pessoas que eram julgadas por eles.
Conhece grupos na igreja de hoje que mereciam a parábola de Jesus?



ORAÇÃO FINAL 


(SALMO 33,12-13)
Hoje orarei pelos sacerdotes de minha comunidade.






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