segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Lectio Divina - 30/09/13



SEGUNDA-FEIRA -30/09/2013


PRIMEIRA LEITURA: Zacarias 8,1-8


Marcado por um forte contexto messiânico, o profeta convida a retomar a confiança em Deus que salva, no Deus que faz prodígios insuperáveis e incríveis, no Deus que tem feito aliança com seu povo para levá-lo a felicidade e a paz perfeita. No meio de nosso tempo de incerteza econômica e às vezes política, onde podemos em ocasiões ver-nos presos na angústia, desconfiança e desespero, a palavra de Deus “sempre viva e eficaz” nos lembra, como fez com o povo do AT, que hoje mais do que nunca nosso Deus é um Deus próximo, que tem colocado sua “tenda” não unicamente entre nós, mas, em nós mesmos. Jesus está e estará conosco sempre para assistir-nos em nossas necessidades e para fazer de nossa vida uma experiência de amor vivida na paz e alegria do Espírito. A Palavra de Deus hoje nos lembra que por mais que isto nos pareça impossível Deus o realiza e o realizará sempre em nossa vida. A passagem termina com a frase preferida de Deus que nos lembra qual é nossa relação com Ele: “Eu sou teu Deus e tu és meu povo”. Oxalá, e que nunca esqueças isto, que você é não só parte de seu povo, mas sim, seu filho amado e que Ele é teu Deus a quem pode recorrer sempre com confiança.


ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus que manifestas especialmente teu poder com o perdão e a misericórdia; derrama incessantemente sobre nós tua graça, para que, desejando o que nos promete, consigamos os bens do céu. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 9,46-50

O TEXTO ILUMINA. Se anteriormente Lucas nos apresentava como se reuniam os homens em torno de Jesus para reconhecê-lo pela fé, para ouvi-lo e presenciar suas curas, agora se abre uma nova etapa de seu itinerário público. A atenção a Jesus não monopoliza a atitude da multidão, mas, Jesus pouco a pouco vai ensinando e levando-os para ir ao Pai. Este itinerário presume a viagem à Jerusalém. Quando está a ponto de empreender esta viagem, Jesus lhes revela o final que o espera (9,22). Depois se transfigura diante deles como para indicar o ponto de partida de seu “êxodo” para Jerusalém. Porém, imediatamente depois da experiência da luz no acontecimento da transfiguração, Jesus volta a anunciar sua paixão deixando os discípulos na insegurança e perturbados. As palavras de Jesus sobre o fato de sua paixão, “o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”, encontram a incompreensão dos discípulos (9,45) e um temor silencioso (9,43).

JESUS PEGA UM MENINO. O enigma da entrega de Jesus desencadeia uma disputa entre os discípulos sobre a quem corresponderá o primeiro posto. Sem que seja pedido seu parecer, Jesus como o próprio Deus lê em seus corações, intervêm com um gesto simbólico. Em primeiro lugar pega um menino e o coloca junto Dele. Este gesto indica a escolha, o privilégio que se recebe no momento em que alguém passa a ser cristão (10,21-22). A fim de que este gesto não permaneça em significado, Jesus continua com uma palavra de explicação: não se enfatiza a “grandeza” do menino, mas sim a tendência da “acolhida”. O Senhor considera “grande” o que, como menino, sabe acolher Deus e seus mensageiros. A salvação apresenta dois aspectos: a escolha por parte de Deus simbolizado no gesto de Jesus acolhendo o menino, e a acolhida de Jesus (o Filho) e de todo homem por parte daquele que o enviou, o Pai. O menino representa Jesus, e os dois juntos, na pequenez e no sofrimento, realizam a presença de Deus. Porém, estes dois aspectos da salvação são também indicativos da fé: onde a eleição emerge do elemento passivo, do serviço, da ação; são dois pilares da existência cristã. Acolher Deus ou ao Cristo na fé tem como conseqüência acolher totalmente ao “pequeno” por parte do crente ou da comunidade. O “ser grande”, sobre o qual discutiam os discípulos, não é uma realidade mais além, mas, olha o momento presente e se expressa na diaconia do serviço. O amor e a fé vividos realizam duas funções: somos acolhidos por Cristo (pega o menino), e temos o dom singular de recebê-lo (“o que acolhe o menino, acolhe Ele e ao Pai”, v.48). Continuando segue um breve diálogo entre Jesus e João (vv.49-50). Este último discípulo é tido entre os íntimos de Jesus. Ao exorcista, que não é parte do círculo dos íntimos de Jesus, também lhe é confiado a mesma função dos discípulos. É um exorcista que, por uma parte, é estranho ao grupo, porém, por outra, está dentro porque entendeu a origem cristológica da força divina que o assiste (“em teu nome”). O ensinamento de Jesus é evidente: um grupo cristão não deve colocar obstáculos a ação missionária de outros grupos. Não existem cristãos “maiores” que outros, mas sim, só é “grande” pelo fato de ser cada vez mais cristão. Além disso, a atividade missionária deve estar a serviço de Deus e não para aumentar a própria notoriedade. É crucial a frase sobre o poder de Jesus: trata-se de uma alusão à liberdade do Espírito Santo cuja presença no seio da Igreja é segura, porém, pode estender-se mais além dos ministérios constituídos ou oficiais.


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Como crente, como batizado, como você vive suas vitórias e seu sofrimento?
Qual é o tipo de “grandeza” que vive ao servir a vida e as pessoas? É capaz de transformar a competitividade em cooperação?



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 138,3-4)
Hoje começarei a viver como cidadão do povo de Deus, procurando cumprir os Dez Mandamentos. 





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