sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Lectio Divina - 20/09/13


SEXTA-FEIRA -20/09/2013


PRIMEIRA LEITURA: 1Timoteo 6,2-12

Quanta verdade tem a palavra do apóstolo dirigida à Timóteo: “O afã do dinheiro é a raiz de todos os males”. É por dinheiro que o homem chega não só a cometer os crimes mais terríveis, mas, inclusive é capaz de renunciar a sua própria identidade como pessoa. Alguém dizia: “Conheço gente tão pobre, tão pobre que a única coisa que tem é o dinheiro”. O afã de riqueza nos esvazia e nos isola em um mundo privado, rouba pouco a pouco a paz de coração e nos submerge na tristeza e na solidão. E não é que o dinheiro seja mau em si mesmo, mas, é que como bem disse o apóstolo, uma armadilha para que o homem se perca no sentido dos autênticos valores como são: a família, os amigos, o descanso, etc. Se não queremos perder o sentido da vida e com isto a felicidade, devemos aprender a compartilhar, a reconhecer, como disse Jesus, que existe mais felicidade em dar do que em receber. Não permitas que o dinheiro te possua… seja o senhor do dinheiro e faça bom uso do que Deus lhe tem dado.



ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus, criador e senhor de todas as coisas, olhe-nos; e para que sintamos o efeito de teu amor, conceda-nos servir-te de todo coração. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 8,1-3

O evangelho de hoje fala da atitude surpreendente de Jesus para com as mulheres, quando defende uma mulher, conhecida na cidade como pecadora, contra as críticas de um fariseu. Agora no começo do capitulo VIII, Lucas descreve como Jesus ia pelos povoados e pelas cidades da Galiléia, e a novidade é que ia acompanhado não só dos discípulos, mas também pelas discípulas. 

Lucas 8,1: OS DOZE QUE SEGUEM JESUS. Em uma única frase Lucas descreve a situação: Jesus anda por todas as partes, pelos povoados e cidades da Galiléia, anunciando a Boa Nova de Deus e os doze estão com Ele. A expressão “seguir Jesus” (cf. 1,18;15,41) indica a condição do discípulo que segue o Mestre, vinte e quatro horas por dia, procurando imitar seu exemplo e participar de seu destino.

Lucas 8,2-3: AS MULHERES SEGUEM JESUS. O surpreendente é que, ao lado dos homens, existem também mulheres “junto a Jesus”. Lucas coloca os discípulos e as discípulas em pé de igualdade, pois, ambos seguem Jesus. Lucas também conservou os nomes de algumas destas discípulas: MARIA MADALENA, nascida na cidade de Magdala. Havia sido curada de sete demônios. JOANA, mulher de Cuza, procurador de Herodes Antipas, que era governador da Galiléia. SUZANA, e várias outras. Delas se afirma que “servem Jesus com seus bens”. Jesus permitia que um grupo de mulheres seguisse (Lc 8,2-3;23-49; Mc 15,41). O evangelho de Marcos, falando das mulheres no momento da morte de Jesus, informa: “Algumas mulheres olhavam de longe. Entre elas, MARIA MADALENA, MARIA, mãe de Tiago, o menor, e de José, e SALOMÉ. Elas haviam seguido e servido Jesus, desde quando Ele esteve na Galiléia, Junto com elas havia outras mais, que havia subido com Jesus à Jerusalém” (Mc 15,40-41). Marcos define sua atitude com três palavras: seguir, servir, subir até Jerusalém. Os primeiros cristãos não chegaram a elaborar uma lista destas discípulas que seguiam Jesus como fizeram os doze discípulos. Porém, nas páginas do evangelho de Lucas aparecem os nomes de sete discípulas: MARIA MADADELA, JOANA mulher de Cuza, SUAZANA (Lc 8,3), MARTA E MARIA (Lc 10,38), MARIA, mãe de Tiago (Lc 24,10) e ANA, a profetisa (Lc 2,36), de oitenta e quatro anos de idade. O número oitenta e quatro é doze vezes sete. A idade perfeita! A tradição eclesiástica posterior não valorizou este dado do discipulado das mulheres com o mesmo peso que valorizou o seguimento de Jesus por parte dos homens. É uma lástima! 

O evangelho de Lucas sempre foi considerado o evangelho das mulheres. De fato, Lucas é o que trás o maior numero de episódios em que se destaca a relação de Jesus com as mulheres. E a novidade não está só na presença das mulheres ao redor de Jesus, mas, também e, sobretudo, na atitude de Jesus com relação as mulheres. Jesus as toca e se deixa tocar pelas mulheres, sem medo de contaminar-se (Lc 7,39;8,44-45.54). Diferente dos mestres da época, Jesus aceita as mulheres como seguidoras e discípulas (Lc 8,2-3; 10,39). A força libertadora de Deus, atuante em Jesus, faz que a mulher se levante e assuma sua dignidade (Lc 13,13). Jesus é sensível ao sofrimento da viúva e se solidariza com sua dor (Lc 7,13). O trabalho da mulher preparando alimento é considerado por Jesus como sinal do Reino (Lc 13,20-21). A viúva persistente que luta por seus direitos é colocada como modelo de oração (Lc 18,1-8), e a viúva pobre que compartilha seus bens com os demais como modelo de dom e entrega (Lc 21,1-4). Em uma época em que o testemunho das mulheres não era considerado válido, Jesus acolher as mulheres como testemunhas de sua morte (Lc 23,49), sepultura (Lc 23,55-56) e ressurreição (Lc 24,1-11.22-24).



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Em sua comunidade, em seu país, em sua Igreja, como a mulher é valorizada?
Compare a atitude de nossa Igreja com a atitude de Jesus.



ORAÇÃO FINAL 


(SALMO 139,23-24)
Hoje procurarei uma pessoa com verdadeira carência e compartilharei algo de material que Deus me deu e, também compartilharei que é por Deus que o faço.




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