quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Lectio Divina - 26/09/13


QUINTA-FEIRA -26/09/2013

PRIMEIRA LEITURA: Ageu 1,1-8


Nesta leitura podemos dar-nos conta da importância que tem para Deus o templo. Se bem que é certo que em qualquer lugar podemos encontrar e encontrar-nos com Deus, Ele mesmo nos diz precisamente que é no templo que Ele “manifesta sua glória”. Isto é, é no Templo onde de maneira especial podemos não só encontrar-nos com Ele, mas, onde sua presença se faz próxima, onde podemos, com serenidade e paz, dialogar com Ele. É doloroso ver como hoje em dia os templos estão geralmente vazios (até para o culto). Em alguns países inclusive, permanecem fechados todo o dia e só abrem para as celebrações litúrgicas. Se te sentes vazio, triste, faminto de paz, separe um tempo e passe alguns minutos em companhia de Deus em um de seus templos. Ai respirará a corrente vivificante do Espírito, e te asseguro que sairás fortalecido para continuar tua jornada e transmitir aos demais os que no silêncio recebeu.


ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus, que tens colocado a plenitude da lei no amor a ti e ao próximo; concede-nos cumprir teus mandamentos para chegar assim a vida eterna. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 9,7-9

O evangelho de hoje nos apresenta a reação de Herodes diante da pregação de Jesus. Herodes não sabe posicionar Jesus. Havia matado João Batista e agora quer ver Jesus de perto. No horizonte despontam ameaças. 

Lucas 9,7-8: QUEM É JESUS? O texto começa com um balanço das opiniões de pessoas e de Herodes sobre Jesus. Alguns associam Jesus com João Batista e Elias. Outros o identificam como Profeta, isto é, como alguém que fala em nome de Deus, que tem a coragem de denunciar as injustiças dos poderosos e que sabe animar a esperança dos pequenos. É o profeta anunciado no Antigo Testamento como um novo Moisés (Dt 18,15). São as mesmas opiniões que o próprio Jesus coleta dos discípulos ao perguntar-lhes: “O que dizem os demais que eu sou?” (Lc 9,18). As pessoas procuravam compreender Jesus a partir do que eles mesmos conheciam, pensavam e esperavam. Procuravam enquadrá-lo dentro dos critérios familiares do Antigo Testamento, com suas profecias e esperança, e da Tradição dos Antigos, com suas leis. Porém, eram critérios insuficientes. Jesus não cabia ali dentro, era maior!

Lucas 9,9: HERODES QUER VER JESUS. Então, Herodes disse: “João, eu decapitei. Quem é, pois, este de quem ouço tais coisas?”. E procurava encontrá-lo. Herodes, homem supersticioso e sem escrúpulos, reconhece ser o assassino de João Batista. Agora quer ver Jesus. Lucas sugere assim que existem ameaças que começam a despontar no horizonte. Herodes não teve medo de matar João Batista. Nem tampouco terá na hora de matar Jesus. Quando lhe disseram que Herodes procurava prendê-lo, mandou dizer-lhe: “Ide dizer a essa raposa: Eu expulso demônios e curo hoje e amanhã, e no terceiro dia terei consumado!” (Lc 13,32). Herodes não tem poder sobre Jesus. Na hora da paixão, Pilatos manda Jesus para Herodes, para que este investigue sobre Ele, Jesus não lhe dá nenhuma resposta (Lc 23,9). Herodes não merecia resposta.

DE PAI A FILHO. Algumas vezes, se confundem os três Herodes que viveram naquela época, pois, os três aparecem no Novo Testamento com o mesmo nome:-A)-Herodes, chamado o Grande, governou a Palestina do ano 37 a 04 antes de Cristo. Aparece no nascimento de Jesus (Mt 2,1). Matou as crianças de Belém (Mt 2,16). B)-Herodes, chamado Antipas, governou a Galiléia do ano 04 a 39 depois de Cristo. Aparece na morte de Jesus (Lc 23,7). Matou João Batista (Mc 6,14-29). C)-Herodes, chamado Agripa, governou toda a Palestina de 41 a 44 depois de Cristo. Aparece nos Atos dos Apóstolos (At 12,1-20). Matou o apóstolo Tiago (At 12,2).

Quando Jesus tinha mais ou menos quatro anos, o rei Herodes morreu. Aquele que matou as crianças de Belém (Mt 2,16). Seu território foi dividido entre os filhos. Aquelao, um de seus filhos, herdou o governo da Judéia. Eram menos inteligente que pai, porém, mais violento. Somente em sua ocupação de posse foram massacradas quase 3.000 pessoas, na praça do Templo! O evangelho de Mateus informa que Maria e José, quando souberam que Arquelao havia assumido o governo da Judéia, tiveram medo de voltar para lá e foram morar em Nazaré, na Galiléia (Mt 2,22), governada por outro filho de Herodes, chamado Herodes Antipas (Lc 3,1). Este Antipas ficou no poder por mais de 40 anos. Durante os trinta e três anos que Jesus viveu nunca houve mudança no governo da Galiléia.

Herodes o Grande, o pai de Herodes Antipas, havia construído a cidade de Cesaréia Marítima, inaugurada no ano 15 antes de Cristo. Era o novo porto de deságüe dos produtos da região. Devia competir com o grande porto de Tiro no Norte, e assim ajudar para o fomento do comércio na Samaria e na Galiléia. Por isto, desde os tempos de Herodes o Grande, a produção agrícola na Galiléia começava a orientar-se não mais a partir das necessidades das famílias, como era antes, mas sim, a partir das exigências de mercado. Este processo de câmbio na economia continuou durante todo o governo de Herodes Antipas, mais de quarenta anos, e encontrou nele um administrador eficiente. Todos estes governantes obedeciam a um dono. Quem mandava na Palestina, desde os anos 63 antes de Cristo, era Roma, o Império.


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Tenho que perguntar-me sempre: que é Jesus para mim?
Herodes que ver Jesus. Era curiosidade mórbida e supersticiosa. Outros querem ver Jesus, porque querem encontrar um sentido para a vida. Qual é a motivação que me empurra para ver e encontrar Jesus?


ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 90,14-15)
Hoje visitarei um Templo e deixarei uma oferenda espiritual.







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