quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Lectio Divina - 03/10/13


QUINTA-FEIRA -03/10/2013



PRIMEIRA LEITURA: Neemias 8,1-4.5-6.8-12

A leitura desta passagem da Escritura traz as nossas mentes imediatamente a celebração da Eucaristia. Podemos ver, por um lado, o choro que emerge do povo ao compreender que não tem vivido conforme a Lei, porém, ao mesmo tempo o júbilo e a festa que emerge da celebração de Deus. Nossas Eucaristias repetem esta celebração, inclusive as tornam plenas, pois, não só está presente a Palavra de Deus, mas, o próprio Deus se faz presente nas espécies Eucarísticas. É, pois, importante que a Palavra de Deus toque nossos corações e confronte nossa vida com a mensagem de Deus, não basta ouvi-la, mas, é necessário ouvi-la com o coração. Ao mesmo tempo nos lembra que o domingo é um dia consagrado a Deus, é o dia de participar da Assembléia Litúrgica e alegrar-nos com ela, mas é também o dia para compartilhar com os demais nossa alegria cristã, especialmente com os de nossa própria família. Não permitamos que nosso mundo dividido e ativista nos separe da comunidade eclesial e muito menos da vida familiar. Busquemos que ao menor o domingo seja um dia verdadeiramente consagrado ao Senhor e vivido na família. 



ORAÇÃO INICIAL 

Oh Deus que manifestas especialmente teu poder com o perdão e a misericórdia; derrama incessantemente sobre nós tua graça, para que, desejando o que nos promete, consigamos os bens do céu. Por Nosso Senhor...


REFLEXÃO

Lucas 10,1-12

O contexto. O capítulo 10, que começa com nossa passagem, apresenta um caráter de revelação. Em 9,51 diz-se que Jesus “confirmou sua vontade de ira Jerusalém”. Este caminho, expressão de seu ser filial, se caracteriza por uma ação dupla: estão estreitamente unidos o “ser tirado de Jesus” (v.51) e sua “vinda” mediante o convite de seus discípulos (v.52); existe uma ligação no duplo movimento: “ser tirado do mundo” para ir ao Pai, e ser enviado aos homens. De fato, às vezes, acontece que o enviado não é atendido (v.52) e, portanto, deve aprender a “entregar-se” sem desistir diante da rejeição dos homens (9,54-55). Três breves cenas ajudam o leitor a compreender o significado do seguimento de Jesus, que vai à Jerusalém para ser tirado do mundo. Na primeira, se apresenta um homem que deseja seguir Jesus onde quer que vá; Jesus o convida a abandonar tudo o que proporciona bem estar e riqueza. Os que querem segui-lo devem compartilhar com Ele sua condição de nômade. Na segunda, é Jesus que toma a iniciativa e chama um homem cujo pai acaba de morrer. O homem pede um prazo para atender seu dever de sepultar seu pai. A urgência do anuncio do reino supera este dever: a preocupação de sepultar os mortos é inútil porque Jesus vai além das portas da morte e isto acontece inclusive com os que o seguem. Finalmente, na terceira cena, apresenta um homem que se oferece espontaneamente para seguir Jesus, porém, coloca uma condição: despedir de seus pais antes. Entrar no reino não admite demora. Depois desta renúncia, a expressão de Lc 9,62, “Ninguém que coloca a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus”, introduz o tema do capitulo 10.

Dinâmica do relato. A passagem objeto de nossa meditação começa com expressões muito densas. A primeira, “Depois disto”, remete à oração de Jesus e a sua firma decisão de ira a Jerusalém. A segunda se refere ao verbo “designar”: designou outros setenta e dois e os enviou...” (10,1), precisando que os envia adiante de si, isto é, com a mesma resolução com a qual Ele se encaminha à Jerusalém. As recomendações que Jesus lhes dá antes de enviá-los são um convite a ser conscientes da missão para qual lhes envia: a messe é grande em contraste com o pequeno número de trabalhadores. O Senhor da messe chega com toda sua força, porém, a alegria de sua chegada se vê impedida pelo reduzido número de trabalhadores. Aqui, o categórico convite à oração: “Rogai ao Dono da messe que envie trabalhadores para sua messe” (v2). A iniciativa de enviar à missão é competência do Pai, mas, Jesus dá a ordem: “Ide”, depois indicando o modo de seguir (VV.4-11). Começa com o equipamento. Nem bolsa, nem alforje, nem sandálias. Estes elementos manifestam a fragilidade do que é enviado e sua dependência da ajuda que vêm do Senhor e dos habitantes da cidade. As prescrições positivas se resumem, em primeiro lugar, na chegada à casa (vv.5-7) e depois no êxito na cidade (v.8-11). Em ambos os casos não se exclui a rejeição. A casa é o lugar no qual os missionários têm os primeiros intercâmbios, as primeiras relações, valorizando os gestos humanos do comer, do beber e do descanso, como mediações simples e normais para comunicar o evangelho. A paz é o dom que precede a missão, isto é, a plenitude de vida e de relações; a alegria verdadeira é o sinal que caracteriza a chegada do Reino. Não é preciso procurar a comodidade, é indispensável ser acolhido. A cidade, entretanto, é o campo mais extenso da missão na qual se desenvolvem a vida, a atividade política, as possibilidades de conversão, de acolhida ou de rejeição. A este último aspecto se une o gesto de sacudir o pó (vv.10-11), como se os discípulos, ao abandonar a cidade que os rejeitou, mostrassem a seus habitantes que não haviam se apoderado de nada, ou também poderia indicar o término das relações. No final, Jesus lembra a culpabilidade da cidade que não aceita a proclamação do evangelho (v.12). 


PARA REFLEXÃO PESSOAL

Todo dia o Senhor te convida para anunciar o Evangelho aos teus íntimos (em casa) e aos homens (na cidade). Você mostra um estilo pobre, essencial, ao testemunhar tua identidade cristã?
Você está consciente de que o êxito de seu testemunho não depende de tua capacidade pessoal, mas, só do Senhor que envia e sua disponibilidade? 



ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 27,8-9)
Hoje praticarei em família e planejaremos como aproveitar melhor o domingo e como dar mais ao Senhor.




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