segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Lectio Divina - 16/12/13


SEGUNDA-FEIRA -16/12/2013


PRIMEIRA LEITURA: Números 24,2-7.15-17


Nosso mundo, cheio de atividades e imerso no comercialismo, muitas vezes não nos permite perceber que nós, os cristãos, já estamos vivendo os tempos profetizados, que nossa vida já está marcada pela presença do Messias, do Salvador. Isto faz com que nossas festas de Natal tenham unicamente uma nota comercial. É, pois, necessário deter-nos em nossa correria diária e dar-nos conta que o que vamos celebrar nos próximos dias é o acontecimento que mudou a história, que a dividiu e que a fez ser “História de Salvação”. É necessário que em uma profunda reflexão peçamos a Deus que nos ajude com sua graça para entender que o Natal representa para nós o início da vida no Espírito, que possamos descobrir neste acontecimento o cumprimento das profecias e a irrupção do amor de Deus entre nós por meio de Emanuel. Deus tem se feito não unicamente próximo, mas, presente em você, em mim; abra teus olhos como o profeta e o descobrirá em teu coração.


ORAÇÃO INICIAL 



Deus, criador e restaurador do homem, que quis que teu Filho, Palavra eterna, se encarnasse no seio da sempre Virgem Maria, ouça nossas súplicas e que Cristo, teu Unigênito, feito homem por nós, se digne fazer-nos partícipes de sua condição divina. Por Nosso Senhor.


REFLEXÃO

Mateus 21,23-27


O evangelho de hoje descreve o conflito que Jesus teve com as autoridades religiosas da época, depois de haver deixado os vendedores do Templo. Os sacerdotes e os anciãos do povo querem saber com que autoridade Jesus fazia essas coisas ao ponto de entrar no Templo e expulsar os vendedores (cf. Mt 21,12-13). As autoridades consideravam-se donas de tudo e pensavam que ninguém podia fazer nada sem sua permissão. Por isso, perseguiam Jesus tentavam matá-lo. Algo semelhante estava acontecendo nas comunidades cristãs dos anos setenta/oitenta, época em que se escreveu o evangelho de Mateus. Os que resistiam as autoridades do império eram perseguidos. Havia outros que, para não serem perseguidos, procuravam conciliar o projeto de Jesus com o projeto do império romano (cf. Gl 6,12). A descrição do conflito de Jesus com as autoridades de seu tempo era uma ajuda para que os cristãos continuassem firmes nas perseguições e não se deixassem manipular pela ideologia do império. Hoje também, alguns que exercem o poder, tanto na sociedade como na Igreja e na família, querem controlar tudo como se fossem eles os donos de todos os aspectos da vida das pessoas. Às vezes, chegam até perseguir aos que pensam de forma diferente. Com estas idéias e problemas na cabeça, vamos ler e meditar o evangelho de hoje.

Mateus 21,23: A PERGUNTA DAS AUTORIDADES RELIGIOSAS À JESUS. “Chegando ao Templo, enquanto ensinava aproximaram-se os sumos sacerdotes e os anciãos do povo dizendo: Com que autoridade faz isto? E quem te deu esta autoridade?”. Jesus circula, de novo, na enorme praça do Templo. Logo aparecem alguns sacerdotes e anciãos para interrogá-lo. Depois de tudo o que Jesus havia feito, na véspera, eles querem saber com que autoridade faz estas coisas. Não perguntam de onde vem a autoridade (cf. Mt 21,12-13). Pensam que Jesus tem que prestar-lhes conta. Pensam que tem direito de controlar tudo. Não querem perder o controle das coisas.

Mateus 21,24-25ª: A PERGUNTA DE JESUS ÀS AUTORIDADES. Jesus não se nega a responder, porém, mostra sua independência e liberdade e diz: “Eu também vos pergunto uma coisa; se responderem-me, Eu vos direi com que autoridade faço isto. O Batismo de João, de onde era? Do céu ou dos homens?”. Pergunta inteligente, simples como uma pomba, e astuta como uma serpente! (Cf. Mt 10,16). A pergunta vai revelar a falta de honestidade dos adversários. Para Jesus, o batismo de João vinha do céu, vinha de Jesus. O mesmo havia sido batizado por João (Mt 3,13-17). Os homens do poder, pelo contrário, havia tramado a morte de João (Mt 14,3-12). E assim, mostraram que não aceitaram a mensagem de João e que consideravam seu batismo como coisa de homens e não de Deus. 

Mateus 21,25b-26: OBJETIVO DAS AUTORIDADES. Os sacerdotes e os anciãos se deram conta do alcance da pergunta e raciocinavam entre si da seguinte maneira: “Se dissermos: do céu, nos dirá: Então por que não acreditastes?”. E se dissermos: “Dos homens, ficaremos com medo das pessoas, pois, todos têm João por profeta”. Por isto, para não exporem-se, responderam: “Não sabemos”. Resposta oportunista, fingida e interessada. O único interesse deles era não perder sua liderança diante das pessoas. Dentro de si, já haviam decidido tudo: Jesus devia ser condenado à morte (Mt 12,14).

Mateus 21,27: CONCLUSÃO FINAL DE JESUS. E Jesus disse-lhes: “Tampouco Eu vos digo com que autoridade faço isto”. Por sua total falta de honestidade, não merecem a resposta de Jesus.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Alguma vez você se sentiu controlado/a ou observado/a, indevidamente, pelas autoridades, em casa, no trabalho, na Igreja? Qual foi sua reação?
Todos nós temos alguma autoridade. Também em uma simples conversa entre duas pessoas, cada um exerce algum poder, alguma autoridade. Como uso o poder, como exerço a autoridade: para servir e libertar, ou, para dominar e controlar?





ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 25,4-5)
Em meus preparativos para a celebração em família programarei que se reze o Rosário ou que se medite sobre o Mistério do Nascimento de Jesus.





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