segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Lectio Divina - 06/01/14


SEGUNDA-FEIRA -06/01/2014


PRIMEIRA LEITURA: 1João 5,5-3

Vencer o mundo aqui não significa derrotá-lo como inimigo, mas sim, ganhá-lo como amigo, porque Deus quer que todos os homens se salvem e enviou seu Filho para que o mundo se salve por Ele, portanto, devemos entender que vencer o mundo significa ganhá-lo para Deus, assim como Jesus nos é apresentado como salvador de todos. Vence o mundo aquele que acredita que Jesus nos mostra plenamente Deus e não uma parte Dele como os antigos profetas. O testemunho de Jesus a igreja o vê apresentado nos sacramentos do batismo e da eucaristia, por isso, João fala da manifestação de Jesus mediante a água e o sangue, porque são no momento de seu batismo e de sua morte os constitutivos da realidade da Igreja. No entanto, o Espírito Santo é quem dá testemunho da filiação divina de Jesus, por isso, nos dizia Paulo que o Espírito é quem nos impulsiona a chamar Deus de “Abba” e a Jesus de “Senhor”, porque é o Espírito que suscita a fé em nós à pregação de Jesus e ao chamado do Pai. São o Espírito Santo, o batismo e a eucaristia os portadores e sucessores da vida cristã, mas, também são a antecipação da vida eterna que todos os homens são chamados e que podemos fazer nossa mediante a docilidade do Espírito Santo e a fidelidade ao evangelho de Jesus.


ORAÇÃO INICIAL 

Deus todo poderoso e eterno: tu que quis manifestar-te com nova claridade no nascimento de teu Filho Jesus Cristo, concede-nos, te rogamos, que assim como Ele compartilhou conosco, nascendo da Virgem, na condição humana, nós consigamos em seu reino participar um dia da glória de sua divindade. Por Nosso senhor. Amém!


REFLEXÃO

Mateus 2,1-12

O CAMINHO DOS MAGOS: UM CAMINHO DE FÉ. Não é errado pensar, que o realizado pelos Magos tenha sido um autêntico caminho de fé, muito mais, tenha sido o itinerário daqueles que, ainda que não pertencessem ao povo eleito, tenham encontrado Cristo. No começo do caminho existe sempre um sinal que pode ser visto ali onde todo homem vive e trabalha. Os Magos investigaram o céu, para a Bíblia sede da divindade, e dali tinham um sinal: uma estrela. Mas, para começar o percurso da fé não basta investigar os sinais da presença do divino. Um sinal tem a função de suscitar o desejo, que necessita para realizar-se num arco de tempo, um caminho de busca, uma espera. É significativa a expressão com a qual Edith Stein descreve seu caminho de fé: “Deus é a verdade. Quem busca a verdade, busca Deus, conscientemente ou não”.

Um verdadeiro desejo provoca perguntas. Os Magos, por sua vez, encontram Jesus porque tem em seu coração fortes interrogações. Tal experiência do encontro com Jesus é, verdadeiramente, uma provocação para a pastora: impõe-se a necessidade de não privilegiar uma catequese feita de certezas ou preocupada por oferecer respostas pré-fabricadas, quanto despertar no homem de hoje perguntas significativas sobre questões cruciais da humanidade. É o que sugere um bispo do centro da Itália em uma carta pastoral: “Apresentar Cristo e o Evangelho em conexão com os problemas fundamentais da existência humana (vida-morte, pecado-mal, justiça-pobreza, esperança-desilusão, amor-ódio, relações inter-pessoais, familiares, sociais, internacionais...), onde se evita o defasado entre as perguntas da comunidade e nossas respostas” (Mons. Lucio Maria Renna, O Carm.).

A resposta, como ensina a experiência dos Magos, encontra-se na Bíblia. E não se trata só de um conhecimento intelectual ou de um saber sobre o conteúdo das Escrituras, como no caso dos escribas, mas sim, em um aproximar-se dela guiado pelo desejo, pela pergunta. Para os Magos aquela indicação contida nas Sagradas Escrituras foi iluminadora para cumprir a última etapa de seu caminho: Belém. Além disso, a Palavra de Deus lhe permitiu ver nos simples e humildes sinais de uma casa, do menino com Maria, sua mãe, o rei dos judeus, o esperado de Israel.

Os Magos adoram e descobrem em Jesus àquele que haviam com tanta ânsia procurado. O leitor, por um lado se surpreenderá pela desproporção existente entre os gestos e dons dos Magos e a humilde realidade que se apresenta a seus olhos, porém, por outro lado, esta seguro que aquele menino, que os Magos adoram se converte em itinerário de todo leitor que lê esta significativa história dos Magos: quem busca, ainda que pareça que Deus esteja longe, pode encontrá-lo. Aqueles que, pelo contrário, presumem saber tudo de Deus e acreditam ter assegurada a salvação, correm o risco de privar-se do encontro com Ele. Em uma catequese havida em Colônia na ocasião da XX Jornada da Juventude assim se expressou o arcebispo Bruno Forte: “Os Magos representam a todos os que procuram a verdade, atentos em viver a existência como um êxodo, no caminho para o encontro com a luz que vem do alto”. Além disso, a experiência dos Magos nos ensina que em toda cultura, em todo homem existam esperanças profundas que necessitam ser saciadas. Daqui a responsabilidade de ler os sinais de Deus presentes na história dos homens.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

Depois da leitura desta passagem do evangelho, estou disponível a reviver o caminho dos Magos?
Qual é a dificuldade que encontra no profundo conhecimento de Jesus Cristo? Como pode superá-la?
Em tua busca pela verdade, sabe confiar, colocar-se a caminho na escuta de Deus?
A Luz da Palavra, que coisa pode mudar em tua vida?




ORAÇÃO FINAL 

(SALMO 72,1-11)
Hoje serei fiel a Deus servindo a meus irmãos, sobretudo, aos mais próximos de mim.





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