DIA 09/02/15
PRIMEIRA LEITURA -- Gênesis 1,1-19
- Um
dos grandes problemas que a Igreja tem afrontado é a relação que existe
entre fé e ciência ou fé e razão. Antigamente pensava-se que a Sagrada
Escritura continha inclusive a verdade sobre a ciência, crença que se
manteve até faz alguns poucos séculos. Baseados na Escritura, assim os
homens da ciência pensavam que a Terra era o centro do universo e que o
sol e a lua gravitavam ao redor dela. Hoje sabemos que não é assim e é por
isso que hoje a Igreja reconhece que a ciência tem seu próprio caminho, o
mesmo que a ciência bíblica e em geral a fé. É que a Bíblia nos fala de um
projeto de criação e salvação de Deus, para o qual tem usado as figuras e
elementos que têm a mão dos escritores quando escrevem sobre este projeto
de Deus. Esta passagem concretamente não busca dar-nos dados concretos de
como se realizou a criação do universo, mas sim, simplesmente fazer-nos
conscientes de que tudo é obra de Deus, que Ele, por meios e tempos que
melhor lhe pareceram, criou e deu forma a tudo quanto existe. É o convite
a crer no Deus onipotente e excelso a cuja voz tudo tomou forma e figura.
Fé e Razão, Fé e Ciência, não se opõem, ambas provêm da sabedoria e do
amor infinito de Deus.
ORAÇÃO INICIAL
- Protege
Senhor, com amor minha família, defenda-a sempre, já que só em ti foi
colocada sua esperança. Por nosso Senhor…
REFLEXÃO -- Marcos 6,53-56
- O
texto do evangelho de hoje é parte final do conjunto mais amplo de Marcos
6,45-56 que compreende três assuntos diferentes: (a)-Jesus sobe sozinho à
montanha para rezar (Mc 6,45-46). (b)-Em seguida, ao caminhar sobre as
águas, vai ao encontro dos discípulos que lutam contra as ondas do mar (Mc
6,47-52). (c)- Agora, no evangelho de hoje, já estando em terra as pessoas
procuram Jesus para que cure suas enfermidades (Mc 6,53-56).
- Marcos
6,53-56. As pessoas buscam. Terminada a travessia, chegaram à terra de
Genesaré e atracaram. Apenas desembarcaram, e as pessoas o reconheceram e
em seguida, toda aquela região começou a trazer enfermos em camas para
onde ouviam que Jesus estava. E em qualquer lugar que entrava nas cidades
ou aldeias, as pessoas colocavam seus enfermos nas praças e lhe pediam que
lhe tocassem a orla de seu manto; e todos os que o tocavam ficavam
curados. As pessoas que procuravam Jesus eram numerosas. Vinham de todos
os lados, carregando os enfermos. O que chama a atenção é o entusiasmo das
pessoas que reconhecem Jesus e começam a segui-lo. O que impulsiona esta
busca não é somente o desejo de encontrar ou de estar com Ele, mas sim, o
desejo de que Ele cure suas enfermidades. Onde quer que estivesse, em
povoados, cidades ou aldeias, colocavam os enfermos nas praças e pediam
que tocassem as orlas de seu manto, e quando o tocavam ficavam curados. O
evangelho de Mateus comenta e ilumina este fato citando a figura do Servo
de Yahvé, do qual disse Isaias: “Carregou sobre si todas as nossas
enfermidades” (Is 53,4 e Mt 8,16-17).
- Ensinar
e curar, curar e ensinar. Desde o começo de sua atividade apostólica,
Jesus anda por todos os povoados da Galiléia para falar as pessoas sobre o
Reino de Deus que está para chegar (Mt 1,14-15). Ali onde não encontra
pessoas para ouvi-lo, fala e transmite a Boa Nova de Deus, acolhe e cura
os enfermos, em qualquer lugar: nas sinagogas durante a celebração da
Palavra aos sábados (Mc 1,21;3,1;6,2); em reuniões informais nas casas de
amigos (Mc 2,1.15;7,17;9,28;10,10); andando pelo caminho com os discípulos
(Mc 2,23); ao longo do mar na praia, sentado em um barco (Mc 4,1); no
deserto onde se refugia e onde as pessoas o buscam (Mc 1,45;6,32-34); na
montanha, onde proclama as bem-aventuranças (Mc 5,1), nas praças das
aldeias e cidades, onde as pessoas carregam os enfermos (Mc 6,55-56); no
Templo de Jerusalém, na ocasião das romarias, diariamente, sem medo (Mc
14,49). Curar e ensinar, ensinar e curar era o que Jesus mais fazia
(2,13;4,1-2;6,34). Era o que sempre fazia (Mc 10,1). As pessoas ficavam admiradas
(Mc 12,37; 1,22,27;11,18) e o procuravam.
- Na
raiz desse grande entusiasmo que as pessoas estavam, por um lado, Jesus, que chamava e atraia, e, por
outro, o abandono das pessoas que eram como ovelhas sem pastor (cf. Mc
6,34). Em Jesus, tudo era revelação daquilo que o animava por dentro! E
não somente falava sobre Deus, mas ainda, o revelava. Comunicava algo
daquilo que Ele mesmo vivia e experimentava. Não só anunciava a Boa Nova
do Reino. Ele próprio era uma prova, uma testemunha viva do Reino. Nele
aparece aquilo que acontece quando um ser humano deixa que Deus reine em
sua vida. O que vale não são só suas palavras, mas, todo o testemunho, o
gesto concreto. Esta é a Boa Nova do Reino que atrai!
PARA REFLEXÃO PESSOAL
- O
entusiasmo das pessoas na busca de Jesus, na busca de um sentido para a
vida e uma solução para seus males. Onde existe isso hoje? Existe em você,
ou nas pessoas?
- O
que chama a atenção é a atitude carinhosa de Jesus para os pobres e os
abandonados. E eu, como me comporto com as pessoas excluídas da sociedade?
ORAÇÃO FINAL
- (SALMO
104, 24.35)
- Hoje
me deterei alguns minutos diante de alguma obra tua (o céu, a chuva, as
nuvens, as montanhas, a água, as árvores, etc.) e te darei graças,
comprometendo-me a cuidar do meio ambiente, porque tudo é teu.
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