segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Lectio Divina - 09/02/15


DIA 09/02/15
PRIMEIRA LEITURA -- Gênesis 1,1-19
  • Um dos grandes problemas que a Igreja tem afrontado é a relação que existe entre fé e ciência ou fé e razão. Antigamente pensava-se que a Sagrada Escritura continha inclusive a verdade sobre a ciência, crença que se manteve até faz alguns poucos séculos. Baseados na Escritura, assim os homens da ciência pensavam que a Terra era o centro do universo e que o sol e a lua gravitavam ao redor dela. Hoje sabemos que não é assim e é por isso que hoje a Igreja reconhece que a ciência tem seu próprio caminho, o mesmo que a ciência bíblica e em geral a fé. É que a Bíblia nos fala de um projeto de criação e salvação de Deus, para o qual tem usado as figuras e elementos que têm a mão dos escritores quando escrevem sobre este projeto de Deus. Esta passagem concretamente não busca dar-nos dados concretos de como se realizou a criação do universo, mas sim, simplesmente fazer-nos conscientes de que tudo é obra de Deus, que Ele, por meios e tempos que melhor lhe pareceram, criou e deu forma a tudo quanto existe. É o convite a crer no Deus onipotente e excelso a cuja voz tudo tomou forma e figura. Fé e Razão, Fé e Ciência, não se opõem, ambas provêm da sabedoria e do amor infinito de Deus.
ORAÇÃO INICIAL
  • Protege Senhor, com amor minha família, defenda-a sempre, já que só em ti foi colocada sua esperança. Por nosso Senhor…
REFLEXÃO -- Marcos 6,53-56
  • O texto do evangelho de hoje é parte final do conjunto mais amplo de Marcos 6,45-56 que compreende três assuntos diferentes: (a)-Jesus sobe sozinho à montanha para rezar (Mc 6,45-46). (b)-Em seguida, ao caminhar sobre as águas, vai ao encontro dos discípulos que lutam contra as ondas do mar (Mc 6,47-52). (c)- Agora, no evangelho de hoje, já estando em terra as pessoas procuram Jesus para que cure suas enfermidades (Mc 6,53-56).
  • Marcos 6,53-56. As pessoas buscam. Terminada a travessia, chegaram à terra de Genesaré e atracaram. Apenas desembarcaram, e as pessoas o reconheceram e em seguida, toda aquela região começou a trazer enfermos em camas para onde ouviam que Jesus estava. E em qualquer lugar que entrava nas cidades ou aldeias, as pessoas colocavam seus enfermos nas praças e lhe pediam que lhe tocassem a orla de seu manto; e todos os que o tocavam ficavam curados. As pessoas que procuravam Jesus eram numerosas. Vinham de todos os lados, carregando os enfermos. O que chama a atenção é o entusiasmo das pessoas que reconhecem Jesus e começam a segui-lo. O que impulsiona esta busca não é somente o desejo de encontrar ou de estar com Ele, mas sim, o desejo de que Ele cure suas enfermidades. Onde quer que estivesse, em povoados, cidades ou aldeias, colocavam os enfermos nas praças e pediam que tocassem as orlas de seu manto, e quando o tocavam ficavam curados. O evangelho de Mateus comenta e ilumina este fato citando a figura do Servo de Yahvé, do qual disse Isaias: “Carregou sobre si todas as nossas enfermidades” (Is 53,4 e Mt 8,16-17).
  • Ensinar e curar, curar e ensinar. Desde o começo de sua atividade apostólica, Jesus anda por todos os povoados da Galiléia para falar as pessoas sobre o Reino de Deus que está para chegar (Mt 1,14-15). Ali onde não encontra pessoas para ouvi-lo, fala e transmite a Boa Nova de Deus, acolhe e cura os enfermos, em qualquer lugar: nas sinagogas durante a celebração da Palavra aos sábados (Mc 1,21;3,1;6,2); em reuniões informais nas casas de amigos (Mc 2,1.15;7,17;9,28;10,10); andando pelo caminho com os discípulos (Mc 2,23); ao longo do mar na praia, sentado em um barco (Mc 4,1); no deserto onde se refugia e onde as pessoas o buscam (Mc 1,45;6,32-34); na montanha, onde proclama as bem-aventuranças (Mc 5,1), nas praças das aldeias e cidades, onde as pessoas carregam os enfermos (Mc 6,55-56); no Templo de Jerusalém, na ocasião das romarias, diariamente, sem medo (Mc 14,49). Curar e ensinar, ensinar e curar era o que Jesus mais fazia (2,13;4,1-2;6,34). Era o que sempre fazia (Mc 10,1). As pessoas ficavam admiradas (Mc 12,37; 1,22,27;11,18) e o procuravam.
  • Na raiz desse grande entusiasmo que as pessoas estavam, por um lado,  Jesus, que chamava e atraia, e, por outro, o abandono das pessoas que eram como ovelhas sem pastor (cf. Mc 6,34). Em Jesus, tudo era revelação daquilo que o animava por dentro! E não somente falava sobre Deus, mas ainda, o revelava. Comunicava algo daquilo que Ele mesmo vivia e experimentava. Não só anunciava a Boa Nova do Reino. Ele próprio era uma prova, uma testemunha viva do Reino. Nele aparece aquilo que acontece quando um ser humano deixa que Deus reine em sua vida. O que vale não são só suas palavras, mas, todo o testemunho, o gesto concreto. Esta é a Boa Nova do Reino que atrai!
PARA REFLEXÃO PESSOAL
  • O entusiasmo das pessoas na busca de Jesus, na busca de um sentido para a vida e uma solução para seus males. Onde existe isso hoje? Existe em você, ou nas pessoas?
  • O que chama a atenção é a atitude carinhosa de Jesus para os pobres e os abandonados. E eu, como me comporto com as pessoas excluídas da sociedade?
ORAÇÃO FINAL
  • (SALMO 104, 24.35)
  • Hoje me deterei alguns minutos diante de alguma obra tua (o céu, a chuva, as nuvens, as montanhas, a água, as árvores, etc.) e te darei graças, comprometendo-me a cuidar do meio ambiente, porque tudo é teu.





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