DIA 16/02/15
PRIMEIRA LEITURA –
Gênesis 4,1-15.25
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O
relacionamento entre os irmãos Caim e Abel é o oposto daquilo que Deus espera
do relacionamento entre os homens: a fraternidade, em que cada um é protetor do
seu próximo. A auto-suficiência introduz a rivalidade e a competição nesse
relacionamento: a fraternidade é destruída e, em vez de proteger, o homem fere e
mata o seu próximo. A primeira vez que a palavra pecado aparece na Bíblia é num
contexto social (v. 7). Neste texto o autor denuncia não somente os males
existentes na vida familiar do homem, mas também os que dominam a vida social.
Tais males são resultado e manifestação do mal que está na raiz e que é a
ruptura do homem com Deus. Existe uma violência extrema na convivência humana,
motivo pelo qual Caim mata Abel. Desvinculado de Deus e fechado em si mesmo, o
homem não percebe mais o sentido do outro na sua vida. Caim que mata o irmão é
aquele homem que mata o “outro”.
ORAÇÃO INICIAL
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Senhor
tu que tem prazer em habitar nos retos e simples de coração, concede-nos viver
por tua graça de tal maneira, que mereçamos ter-te sempre conosco. Por Nosso
Senhor…
REFLEXÃO -- Marcos
8,11-13
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OS
FARISEUS PEDEM UM SINAL DO CÉU. O evangelho de hoje apresenta uma discussão dos
fariseus com Jesus. Como Moisés no Antigo Testamento, Jesus havia dado de comer
ao povo no deserto, realizando a multiplicação dos pães (Mc 8,1-10). Sinal de
que se apresentava diante do povo como um novo Moisés. Porém, os fariseus não
foram capazes de perceber o significado da multiplicação dos pães. Começaram a
discutir com Jesus e pedem um sinal “vindo do céu”. Não haviam entendido nada
do que Jesus havia feito. “Jesus suspira profundamente”, provavelmente de
desabafo e de tristeza diante de uma cegueira tão grande. E conclui “não se
dará a esta geração nenhum sinal!”. Os deixou e se foi para outra margem do
lago. Não serve de nada mostrar uma linda pintura a quem não quer abrir os
olhos. Quem fecha os olhos não pode ver!
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O
PERIGO DA IDEOLOGIA DOMINANTE. Aqui se percebe claramente a “levedura de
Herodes e dos fariseus” (Mc 8,15), a ideologia dominante da época, fazia as
pessoas perderem a capacidade de analisar com objetividade os eventos. Essa
levedura vinha de longe e afundava suas profundas raízes na vida das pessoas.
Chegou a contaminar a mentalidade dos discípulos e neles se manifestava de
muitas maneiras. Com a formação que Jesus lhes dava, Ele procurava lutar contra
essa levedura e erradicá-la.
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AQUI
ALGUNS EXEMPLOS DESTA AJUDA FRATERNA DE JESUS AOS DISCÍPULOS. (a)-Mentalidade
de grupo fechado. Certo dia, alguém que não era da comunidade, usou o nome de
Jesus para expulsar demônios. João viu e proibiu: “Sim, o impedimos porque não
é dos nossos” (Mc 9,38). João pensava ter monopólio sobre Jesus e queria
proibir que outros usassem seu nome para fazer o bem. Queria uma comunidade
fechada em si mesma. Era a levedura do “Povo eleito, Povo separado!”. Jesus
responde: “Não o impeçais!… Quem não está contra está a nosso favor!” (Mc
9,39-40). (b)-Mentalidade de grupo que se considera superior aos outros. Uma
vez, os samaritanos não quiseram acolher Jesus. A reação de alguns discípulos
foi imediata: “Que um fogo do céu baixe sobre este povo!” (Lc 9,54). Pensavam
que, pelo fato de estar com Jesus, todos deveriam acolhê-los. Era a levedura do
“Povo eleito, Povo privilegiado!”. Jesus os repreende: “Vós não sabeis com que
espírito está sendo animado!” (Lc 9,55). -(c)-Mentalidade de competição e de
prestígio. Os discípulos discutiam entre eles para obter o primeiro posto (Mc
9,33-34). Era a levedura de classe e competitividade, que caracteriza a
religião oficial e da sociedade do império Romano. Infiltrava-se já na pequena
comunidade ao redor de Jesus. Jesus reage e manda ter a mentalidade contrária:
“O primeiro seja o último” (Mc 9,35). (d)-Mentalidade de quem marginaliza o
pequeno. Os discípulos afastavam as crianças. Era a levedura da mentalidade da
época, segundo a qual elas não contavam e deviam ser disciplinadas pelos
adultos: “Quem não recebe o Reino como uma criança, não pode entrar no Reino”
(Lc 18,17).
·
Como
no tempo de Jesus, hoje também a mentalidade neoliberal da ideologia dominante
renasce e reaparece até na vida das comunidades e das famílias. A leitura orante
do evangelho, feita em comunidade, pode ajudar-nos a mudar em nós a visão das
coisas e aprofundar em nós a conversão da fidelidade que Jesus nos pede.
PARA REFLEXÃO
PESSOAL
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Diante
da alternativa: ter fé em Jesus ou pedir um sinal do céu, os fariseus queriam
um sinal do céu. Não foram capazes de acreditar em Jesus. Já ocorreu algo assim
em mim? O que escolhi?
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A levedura dos fariseus impedia aos discípulos
e as discípulas perceberem a presença do Reino de Deus. Existe em mim algum
resto desta levedura dos fariseus?
ORAÇÃO FINAL
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(SALMO 49/50)
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Hoje orarei várias vezes ao longo do dia com o
texto da Sabedoria 9 para pedir a Deus a sabedoria que vem Dele.
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