DIA 13/02/15
PRIMEIRA LEITURA – Gênesis 3,1-8
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O
amor humano entre marido e mulher, valor tão sublime e grande, tem-se tornado
freqüentemente instrumento de dominação e causa de ódio e divisão. Mas “no
princípio não era assim”: Não é esta a intenção de Deus. O homem deve contestar
a realidade presente, e construir uma nova conforme o desígnio de Deus. Diz o
Vaticano II: “Justamente porque um ato eminentemente humano, realizando-se
diretamente de pessoa para pessoa com um sentimento que nasce da vontade, o
amor entre marido e mulher abrange o bem de toda a pessoa e, por isso, tem a
possibilidade de enriquecer com particular dignidade os sentimentos do espírito
e suas manifestações físicas, e de nobilitá-las como elementos e sinais
especais da amizade conjugal. O Senhor mesmo corrigiu e elevou este amor com um
dom especial de graça a caridade”.
ORAÇÃO INICIAL
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Vela,
Senhor, com amor contínuo sobre tua família, proteja-a e defenda-a, já que só
em tem colocado sua esperança. Por Nosso Senhor.
REFLEXÃO à Marcos 7,31-37
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No
evangelho de hoje, Jesus cura um surdo. Este episódio é pouco conhecido. No
episódio da mulher cananéia, Jesus supera as fronteiras do território nacional
e acolhe uma mulher estrangeira que não era do povo e com quem era proibido
conversar. Essa mesma abertura continua no evangelho de hoje.
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Marcos 7,31: A REGIÃO DA DECÁPOLIS. “Andou
pela região de Tiro e veio de novo, por Sidon, ao mar da Galiléia, atravessando
a Decápolis”. Decápolis significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de
dez cidades a sueste da Galiléia, cuja população era pagã.
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Marcos
7,31-35. ABRIR OS OUVIDOS E SOLTAR A LINGUA. Um surdo é levado diante de Jesus.
A maneira de curá-lo é diferente. As pessoas queriam que Jesus apenas impusesse
as mãos sobre ele. Mas, Jesus vai muito mais além do que lhe pedem. Leva o
homem diante da multidão, coloca os dedos nos ouvidos e com a saliva lhe toca a
língua, olha para o céu, dá um gemido e diz: “Effata!”, isto é, “Abre-te!”.
Nesse mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram e o homem começou a falar
corretamente. Jesus quer que as pessoas abram os ouvidos e soltem a língua!
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Marcos
7,36-37: JESUS NÃO QUER PUBLICIDADE. “Jesus mandou que ninguém contasse nada.
Porém, quanto mais proibia, mais eles falavam. E se maravilhavam sobremaneira e
diziam: “Tudo foi bem feito, faz ouvir os surdos e falar os mudos”. Ele lhe
proíbe falar de sua cura, mas não consegue. Aquele que tem alguma experiência
de Jesus, conta aos demais, queira ou não queira! As pessoas que assistiram a
cura começam a proclamar o que tem visto e resumem assim a Boa Nova: “Tudo Ele
faz bem, faz os surdos ouvirem e os mudos falarem!”. Esta afirmação das pessoas
faz lembrar a criação, onde se diz: “Deus viu que tudo era muito bom”(Gn 1,31).
E evoca a profecia de Isaias, onde se diz que no futuro os surdos ouviram e os
mudos falaram (Is 29,28;35,5 cf. Mt 11,5).
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A
RECOMENDAÇÃO DE NÃO CONTAR NADA A NINGUÉM. Às vezes, se exagera na atenção que
o Evangelho de Marcos atribui a proibição de divulgar a cura, como se Jesus
tivesse um segredo que precisa guardar. Na maioria das vezes que Jesus faz um
milagre, não pede silêncio. E uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas
vezes, entretanto, dá ordem de não divulgar a cura (Mc 1,44;5,43;7,36;8,26), porém,
isso obtêm o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se
difunde (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). Proibir, não serve para nada! Pois, a
força interna da Boa Nova é tão grande que se divulga por si mesma!
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ABERTURA
CRESCENTE NO EVANGELHO DE MARCOS. Ao longo das páginas do evangelho de Marcos
existe uma abertura crescente para os demais povos. Assim, Marcos leva aos
leitores e as leitoras a abrir-se à realidade do mundo ao redor e a superar
idéias pré-concebidas que impedem a convivência pacífica entre as pessoas. Em
seu caminho pela Decápolis, a religião pagã, Jesus atende a súplica das pessoas
do lugar e cura o surdo. Não têm medo de contaminar-se com a impureza de um
pagão, pois, cura-o tocando-lhe os ouvidos e a língua. As autoridades dos
judeus e dos discípulos têm dificuldade em ouvir e entender, no entanto, um
pagão era surdo e consegue falar e ouvir graças a Jesus que o toca. Lembra o
cântico de Isaias: “O Senhor Yahvé me abriu o ouvido e não resisti” (Is
50,4-5). Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto
e afirma que o templo tem que ser casa de oração para todos os povos (Mc
11,17). Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão a que a
mensagem se tirará do povo eleito, dos judeus, e se dará aos demais, aos pagãos
(Mc 12,1-12). Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de
um pagão aos pés da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de
Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel que os discípulos
e mais fiel que os judeus (Mc 15,39). A abertura para os pagãos aparece de
forma muito clara na ordem final que Jesus dá aos discípulos, depois da
ressurreição: “Ide por todo mundo, proclamai o Evangelho a toda a criação” (Mc
16,15).
PARA REFLEXÃO PESSOAL
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Jesus
foi muito aberto para as pessoas de outra raça, de outra religião e de outros
costumes. Os cristãos, hoje, têm a mesma abertura?
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Definição
da Boa Nova: “Jesus faz todas as coisas muito bem!” Sou Boa Nova para os
outros?
ORAÇÃO FINAL
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(SALMO
31/32)
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Hoje cuidarei das palavras que saírem de minha
boca, para não blasfemar e não ferir ou lastimar a quem me rodeia.
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