quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Lectio Divina - 08/08/12





QUARTA-FEIRA -08/08/2012

PRIMEIRA LEITURA: Jeremias 31,1-7

•    Estas palavras devem ter soado como trombetas de triunfo para aquele povo degredado; eram palavras de esperança: de esperança no Deus da misericórdia, no Deus que por amor, não se lembra mais de nossos pecados, pois, os sepultou no mar. Este é nosso Deus, este é o Deus que nos tem perdoado em Cristo a todos aqueles que, como diz Paulo, em outro tempo havíamos vivido no erro, cheios de ódio e seduzidos por nossas paixões. É por isso que o povo de Deus não deixa de louvar e de bendizer Àquele que, em seu amor, cumpre sua promessa de amor e nos oferece a vida através do precioso sangue de seu Filho amado. Por seu grande amor, nos prometeu como fez em seu momento com o povo de Israel, levar-nos a viver eternamente no céu onde já não haverá mais pranto nem mais dor, onde poderemos contemplar sua glória e extasiar-nos com sua graça. Alegremo-nos irmãos, porém, ao mesmo tempo, não esqueçamos que, a misericórdia de Deus é eterna e não se esquece de suas promessas, nós devemos manter nossa fidelidade à Aliança selada com o sangue do Cordeiro.



ORAÇÃO INICIAL

• Vem Senhor, em ajuda de teus filhos, derrama tua bondade inesgotável sobre os que te suplicam, e renova e proteja a obra de tuas mãos em favor dos que te louvam como criador e como guia. Por Nosso Senhor...




REFLEXÃO

Mateus 15,21-28

•    CONTEXTO. O pão dos filhos e a grande fé de uma mulher cananéia é o tema que apresenta esta passagem do capítulo 15 de Mateus, que propõe ao leitor de seu evangelho um posterior aprofundamento da fé em Cristo. O episódio vem precedido de uma iniciativa dos escribas e fariseus chegados de Jerusalém, que provocam um breve encontro com Jesus, logo depois Jesus se afastou com seus discípulos para a região de Tiro e Sidon. Durante o caminho, o alcança uma mulher que em de lugares pagãos. Mateus apresenta esta mulher com o apelativo de “cananéia”, o qual aparece no AT com toda sua dureza. No Deuteronômio, os habitantes de Canaã são considerados pessoas cheias de pecados por excelência, um povo mau e idólatra.
• DINÂMICA DO RELATO. Enquanto Jesus desenvolve sua atividade na Galiléia e está à caminho para Tiro e Sidon, uma mulher se aproxima e começa importuná-lo com um pedido de ajuda à favor de sua filha enferma. A mulher se dirige à Jesus com o título de “filho de Davi”, um título que “soa estranho” na boda de uma pagã e que poderia encontrar justificativa na extrema necessidade que vive a mulher. Poderia se pensar que esta mulher já acredita de algum modo na pessoa de Jesus como o salvador final, porém isto se exclui posto que só no versículo 28, aparece reconhecido seu ato de fé, justamente por parte de Jesus. No diálogo com a mulher, parece que Jesus mostra a mesma distância e desconfiança que havia entre o povo de Israel e os pagãos. Por um lado, Jesus manifesta à mulher a prioridade de Israel em aceder à salvação e, diante da insistente demanda da interlocutora, Jesus parece ficar a distância, uma atitude incompreensível para o leitor, porém, a intenção de Jesus expressa um alto valor pedagógico. A primeira súplica “Tem piedade de mim, Senhor, filho de Davi”, Jesus não responde. À segunda intervenção, desta vez por parte dos discípulos que o convidam a atender a mulher, só expressa rejeição que sublinha aquela secular distância entre o povo eleito e os povos pagãos (vv.23b-24). Mas, à insistência do pedido da mulher que se prostra diante de Jesus, segue uma resposta dura e misteriosa: “não fica bem tirar o pão dos filhos e joga-los aos cachorrinhos” (v.26). A mulher vai mais além da dureza das palavras de Jesus e se ampara a um pequeno sinal de esperança: a mulher reconhece que o pão de Deus que Jesus leva adiante afeta inicialmente o povo eleito e Jesus pede a mulher o reconhecimento desta prioridade, a mulher explora esta prioridade com o fim de apresentar o forte motivo para obter o milagre: “Os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus amos” (v.27). A mulher superou a prova de fé: “Mulher, grande é tua fé” (v.28); de fato à humilde insistência de sua fé, Jesus responde com um gesto de salvação.
• Este episódio dirige à todo leitor do Evangelho um convite a ter uma atitude de “abertura” para todos, cristãos ou não, isto é, uma disponibilidade e acolhida sem reservas para qualquer homem.



PARA REFLEXÃO PESSOAL

• A palavra devassadora de Deus te convida a romper suas diferenças e teus pequenos esquemas. É capaz de acolher a todos os irmãos que se aproximam de ti?
• É consciente de tua pobreza para ser capaz, como a cananéia, de confiar na palavra salvífica de Jesus?




ORAÇÃO FINAL

• (SALMO 51,13-14)
• Hoje falarei bem do Senhor para alguém que não conheço, de agradecido que estou por estar com Ele e pelo que tem feito na minha vida.




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